Tomoko Uesugi, Minha Quarta Paixão Nipônica

 


Inomináveis Saudações a todos vós, Realistas Leitores!


Este é um domingo no qual ainda estou sob o impacto do falecimento, ontem, do George Perez. E o que isto tem a ver com o assunto desta postagem? Tem tudo a ver porque remete a uma época na qual eu lia muitas obras desenhadas por aquele Mestre. E como me afundava em Tokusatsus pela Rede Manchete, unia duas rotinas que me proporcionavam satisfação e preenchimento totais. O saudosismo sadio é assim e, ao final desta Série aqui no blog com quatro crônicas sobre Musas Nipônicas que marcaram minha infância (os textos anteriores são sobre Sayaka Nagisa, Kiyomi Tsukada e Sara Tokimura), vou fechar com uma postagem diferente das anteriores em parte.


Em que sentido diferente? No sentido da minha sinceridade ao falar de Mika Chiba agora, a intérprete de Tomoko Uesugi, uma grande personagem de Cybercops, o qual, apesar de ter fracassado no Japão, fez bastante sucesso no nosso país. Eu não conheço a carreira anterior e posterior a Cybercops dela; tudo que sei li pesquisando durante uma semana para esta postagem. Eu não conheço a carreira musical dela com profundidade, não ouvi sequer um álbum lançado por ela (semana passada, em minha pesquisa, descobri um blog com a Discografia completa dela, mas não tive paciência para resolver os "desafios" para abrir o Link Protegido) e, como no caso da carreira como atriz, apenas colhi informações em textos. Refleti na forma como escreveria este texto e decidi não replicar o que está disponível em diversos blogs e sites brasileiros sobre ela. Devido a isto, falarei aqui apenas de Cybercops e do papel dela nesta Série.









Gravada em vídeo para poupar gastos, Cybercops foi produzida pela Toho Company e contou com 36 episódios (os dois últimos foram Especiais reunindo melhores momentos dela). Exibida em seu formato original pela Nippon TV de 02/10/1988 a 05/07/1989, Dennō Keisatsu Saibākoppu (Polícia Computadorizada Cybercop em tradução livre) chegou ao Brasil aos 12/10/1990, quando, então, eu tinha quatorze anos. Como bem atento era ao que chegava na Manchete, assisti ao primeiro episódio no dia da estréia da Série na emissora. No começo, estranhei muito a qualidade da produção, com cenários muito artificiais e Efeitos Especiais estranhíssimos. No entanto, o enredo me conquistou e fez com que eu fechasse os olhos para todos os bastante nítidos defeitos da Série. Os atores e a dublagem perfeitas foram adições ao que me fez acompanhá-la. No destaque do elenco estava Mika Chiba como a baixinha invocada, brigona, realista e inteligente da Tomoko.


Junto com ela formando a Unidade Especial da Polícia Metropolitana de Tóquio, denominada ZAC no original (Zero Section Armed Constable ou Policiais Armados da Sessão Zero), na qual inseridos estavam os usuários das Armaduras Cybers, estavam os policiais Shinya Takeda/Z226/Cybercop Júpiter (Tomonori Yoshida), Akira Hojyo/Cybercop Marte (Shogo Shiotani), Ryoiti Mouri/Cybercop Saturno (Tom Saeba), Osamu Sayonji/Cybercop Mercúrio (Roma Sasaki). Takeda foi encontrado pela Interpol desmemoriado e se juntou à Unidade após salvar os acima mencionados no primeiro episódio. Com o passar dos episódios, descobriu-se que ele era advindo do Século XXIII, época na qual o mundo estava totalmente dominado pelas Máquinas da Destrap. No século XX, ano de 1999, a organização tecnológica aterrorizava o Japão, sendo comandada pelo Barão Kageyama (Masaya Sato), o qual usava um Supercomputador (Führer) como suposto Líder para não expor-se demais diante dos comandados. Também advindo do Futuro, Kageyama lutava por tecnologicamente dominar o mundo antes que os Seres Humanos destruíssem-no. No Capítulo 16, surgiu outro advindo do Futuro, Lúcifer ( Takashi Koura), o meu personagem preferido junto com o próprio Kageyama, Takeda, Tomoko e Akira. Lúcifer, assim como o Barão e Júpiter, fizeram parte da Resistência no Século XXIII à Destrap. Lúcifer, que pretendia matar Takeda por acreditar que ele foi o responsável pelas mortes dos companheiros deles, acabou se aliando aos Cybercops após descobrir que Kageyama, ao qual se aliou em 1999 para cumprir sua vingança, fora o culpado.










Tomoko não usava uma Unidade Cyber (conforme li em um blog durante minha pesquisa, a Produtora não teve dinheiro suficiente para arcar com a construção de uma quinta armadura; não acredito muito nisto, mas deixa para lá...), era operadora dos dispositivos que providenciavam o revestimento metálico de seus parceiros. Júpiter era o único que dispensava o auxílio dela, posto que a partir de um Vórtice Dimensional materializava a que revestia-lhe o corpo. Mesmo sem ter uma armadura, ela se virava muito bem com sua Pistola Laser e representava o espírito de união da equipe. Seus esporros, em muitos momentos, abriam os olhos dos demais para a realidade, principalmente em relação ao Takeda, pelo qual era apaixonada. Protagonista de diversos episódios, foi fundamental e preciosa em muitos momentos da história.


Em um episódio, A Revolta de Tomoko, ela se revoltou por não ter uma Unidade Cyber e abandonou a equipe, indo dar aulas para aspirantes femininas a policiais na Academia de Polícia de Tóquio. Somente o Capitão Hisayoshi Oda (Masaaki Daimon) , chefe da Unidade, convenceu-lhe a retornar usando a mesma desculpa mequetrefe que a Produtora da Série usou na vida real: o Departamento de Polícia não tinha dinheiro para construir uma quinta unidade... Para mim, Tomoko merecia ser uma combatente ativa com armadura e a Unidade Vênus foi uma realidade no Mangá que resumiu os episódios da Série e e em uma revista produzida aqui no Brasil no auge do sucesso de Cybercops (Edição 16 da Heróis da TV, na qual o roteirista Gérson Teixeira e o desenhista Aluir Amancio desenvolveram a Unidade Vênus).







Muitos no Brasil não conseguiram assistir aos quatro últimos episódios na época, que foram até dublados. Cybercops repetia, repetia, repetia infinitamente... E eu não deixei de acompanhar porque queria assistir aos episódios finais. Não foram liberados pela Sato Company na época, mas informo aos interessados que aqui se encontra a Série completa para o vosso deleite. Em meio a uma Tóquio futurista (em 1988, no qual a Série começou a ser produzida, o ano de 1999 era considerado "futurístico demais") dominada pela violência, a Ficção Científica aqui foi tratada com conceitos inovadores que são até hoje bastante interessantes. Sou contra a onda atual de remakes a rodo, mas  Cybercops merecia um com uma qualidade melhor em Filmagem, Edição e Efeitos Especiais.


Mas, não vejo nenhuma outra atriz no papel da Tomoko, que, tal como as Musas citadas no primeiro parágrafo, conquistou no Brasil milhares de apaixonados que até hoje não esqueceram-na. Me deparei com Páginas no Facebook em minha pesquisa, tanto dela quanto das demais envolvidas nestas Crônicas Seriadas sobre as Musas Nipônicas de minha infância/pré-adolescência. Nos dias atuais, Mika Chiba ainda eventualmente atua e continua sendo uma mulher muito bonita, como demonstra a foto abaixo.





Bom, leitores virtuais, assim encerro as lembranças em Crônicas das Paixões que marcaram minha Nérdica tenra idade. Paixões do Japão, um país que quero muito visitar (aliás, é o país do mundo que mais me interessa visitar, junto com China, Coréia do Sul, Coréia do Norte, Tailândia e Índia; Estados Unidos e Países Europeus não me atraem muito). Outras Paixões dentro e fora do Japão tenho, relacionadas à Subcultura Nerd/Geek. E se me bater na telha, faço futuras postagens aqui sobre elas.

Saudações Inomináveis a todos vós, Realistas Leitores! 



ANEXO


A versão completa de Shooting Star, música de encerramento de Cybercops performada por Mika Chiba.





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