Sayaka Nagisa, Minha Primeira Paixão Nipônica

 


Inomináveis Saudações a todos vós, Realistas Leitores!


Quando criança, eu não era muito de sair de casa para brincar com as outras crianças de minha rua. Não era bom em nenhum Esporte e nem no fliperama, acrescentando ainda uma timidez crônica que até hoje me acompanha. Meu interesse pelo sexo feminino começou bem cedo, mas eu também era uma negação com as garotas (continuo sendo até hoje com as mulheres...). Solitário desde pequeno, eu ficava mais em casa com os meus brinquedos, desenhos, revistas, livros, filmes e séries. A estréia da TV Manchete no ano de 1986 marcaria minha vida porque com ela os Tokusatsus no Brasil encontrariam um campo fértil de exploração e valorização no país que dificilmente irá se repetir. Me orgulho de ter assistido ao primeiro dia de exibição tanto de Jaspion quanto de Changeman, que iniciaram a invasão nipônica na TV aberta que é inesquecível até hoje para quem viveu essa época. E entre as atrizes e os atores das duas predições, uma conquistou o meu coração: Hiroko Nishimoto, a intérprete de Sayaka Nagisa, a Change Mermaid de Changeman. Apaixonadas memórias me trazem um raro sorriso no rosto agora ao escrever estas nostálgicas linhas, coisa de Nerd velho caquético mesmo.











O Esquadrão Relâmpago Changeman (Dengeki Sentai Changeman) foi produzido pela Toei Company e originalmente exibido no Japão pela TV Asahi de 02/02/1985 a 22/02/1986, tendo no total 55 episódios. Para os mais jovens que não conhecem a Série, recomendo porque é um festival psicodélico de criatividade e loucuras narrativas que apenas os Super Sentais exibem com um especialíssimo charme. As mulheres deste Gênero de produções japonesas não são, em sua grande maioria, princesinhas precisando de ajuda ou âncoras de apoio dos personagens masculinos. Ousadas e independentes, elas se destacam tanto na inteligência quanto na naturalidade e na porradaria. Sayaka Nagisa era deste naipe de mulheres nos Tokusatsus em geral, o cérebro da Equipe, uma cientista de fina sensibilidade e de grandioso coração. Muito doce e maternal, se transformava em uma verdadeira leoa quando marcialmente agia. Seu estilo suave e doloroso de quebrar ossos contrastava com a ferocidade da porradeira Mai Tsubasa, a Change Phoenix (prefiro esta grafia ao  invés de Fênix para ela, como escrito em alguns sites), interpretada por Mai Ooishi. As duas eram melhores amigas e protagonizaram, na minha opinião, os melhores episódios e as melhores cenas de luta.









Changeman chegou por aqui no ano de 1988, junto com Jaspion. Eu tinha de onze para doze anos e o impacto que me causou foi imenso, algo do qual falarei em um futuro tópico. Aqui é a Sayaka o tema, cujo charme e carisma da atriz são imperturbáveis para mim até hoje. Assim como a figura mitológica que representa, Sayaka emitia um canto de sereia a cada episódio, mesmo naqueles em que não era destaque. Um dos mais aclamados episódios entre  os Fãs se passou em um ambiente simulado de Faroeste. Armada e gatíssima em seu look, Sayaka foi a que mais me chamou a atenção.






Voltando à forma dela lutar, um detalhe que hoje escandalizaria mimizentos de todos os tipos, especialmente as feministas cri-cri da Internet, quero destacar. Por usar saias curtíssimas mostrando as maravilhosas pernas, quando lutava Sayaka não tinha pudores em deixar a calcinha, sempre branca, à mostra. Saltando, chutando, dando cambalhota, se agachando, a calcinha dela aparecendo chamava mais a atenção do que as lutas em si. Japoneses são fetichistas por natureza e a própria atriz, que aceitou tais cenas, provavelmente nem se importou, como os produtores, que a Série tinha como público-alvo principal as crianças. Não posso falar pelas crianças japonesas porque não conheço a realidade cultural e social japonesa; mas, falando como brasileiro, imaginem o impacto em um moleque de onze para doze anos como eu de tais cenas... Quem viveu a época e está lendo esta crônica sabe do que eu estou falando. Sayaka Nagisa é a única culpada por eu hoje ser um tarado libertino pervertido consumidor de Pornografia e Erotismo.




Reparando bem agora, certos movimentos de chute alto da Sayaka lembram muitos dos golpes malucos da Psylocke nos anos 90. Seria Jim Lee um Fã de Changeman e especialmente da Sayaka?




Outros tempos, leitores virtuais, outros tempos... Como dito acima, hoje o mimimi contra Changeman por causa de uma calcinha  seria imenso.  Na época, nem um pingo sequer de escândalo houve e os pais estavam preocupados com coisas mais importantes para eles, como o Dragão da Inflação e tudo caro no mercado (déjà vu agora em 2022). Minha mãe mesmo não policiava o que eu assistia durante o dia na televisão, até que eu tive uma criação liberal. A Sayaka não influenciou nenhuma menina ou mulher a pagar calcinha pelas ruas e nem provocou uma "revolução sexual" no Brasil ao estilo da Leila Diniz (outro mulherão das antigas sem nenhuma frescura). Se duvidar, no Brasil de hoje, Changeman seria "cancelado" e censurado. Regredimos ou progredimos de 1988 para 2022?











Até posso ser acusado de "sexismo" ou "machismo" por causa desta crônica, porém não me arrependo de tê-la escrito e publicado aqui. Descrevi mais uma parte da minha infância solitária de Nerd e relembrei da primeira japonesa que me atraiu como atriz e como mulher. Junto a ela teve a Anri, a Sara, a Motoko... Enfim, Sayaka é apenas a primeiríssima entre as minhas Musas Inspiradoras Nipônicas. E hoje a intérprete dela, Hiroko Nishimoto, aos 59 anos, ainda é gata:




Saudações Inomináveis a todos vós, Realistas Leitores!









💀💀💀💀💀💀💀💀💀💀💀💀💀



Leia também:✒️O Mundo Inominável




Postar um comentário

0 Comentários