TOP 10 MELHORES FASES DAS HQS

 


TOP 10 MELHORES FASES DAS HQS

 

Heróis de quadrinhos como o Superman, Batman, Homem Aranha e outros possuem uma rica mitologia nas hqs atuais. Desde sua criação, eles tiveram inúmeras histórias marcantes feitas por vários roteiristas que deixaram seu nome marcado na memória dos fãs conforme trabalharam numa série de histórias de um herói específico.

Claro que nem tudo era perfeito e tiveram histórias que muitos querem esquecer, como a fase do Homem Aranha do Dan Slott ou o Batman do Tom King, e outras cuja qualidade despencou após um tempo. No entanto, existem também fases que foram muito bem construídas, que desenvolveram conceitos dos roteiristas anteriores e ao mesmo tempo introduziram novos conceitos e personagens, criando uma fase de histórias divertidas e memoráveis.



Mas quais seriam uns exemplos dessas fases icônicas? Quais foram as que revolucionaram as histórias e levaram os personagens a novas direções? Quem roteiristas e artistas por trás delas?

Na minha opinião, as 10 melhores fases das hqs que recomendo para qualquer leitor são...

10) Lanterna Verde do Geoff Johns



Os anos 90 não foram uma década boa para muitos heróis devido a ascensão dos anti-heróis e histórias mais sombrias e pesadas, fazendo com que muitos personagens que não se encaixavam nesse padrão fossem ignorados. Infelizmente, Hal Jordan acabou sendo um dos piores exemplos, com os roteiristas tendo  transformado ele num vilão Parallax e foi substituído pelo jovem artista Kyle Rayner. Embora Hal tenha tido uma redenção no final, se sacrificando para salvar o mundo, muitos fãs não estavam satisfeitos com sua queda para o lado negro.

Um desses fãs foi o escritor Geoff Johns, que, ao assumir os títulos do Lanterna, ressuscitou Hal Jordan, retconizando sua corrupção como resultado dele ter sido possuído pelo spectrum do medo, Parallax. Isso foi o ponto de partida para Johns ir reestabelecendo muitos dos elementos das histórias do Lanterna, dando destaque a cada membro da Tropa, e ao mesmo tempo expandindo sua mitologia, criando novas tropas de lanternas, as variações dos spectrum emocionais e escrevendo várias histórias icônicas do personagem como a “Guerra dos Aneis” e “A Noite Mais Densa”.

Embora sua fase tenha caído de qualidade após os novos 52, a última edição de Johns foi um excelente encerramento para sua saga memorável nas histórias do Lanterna e seus aliados.

9) Flash de Mark Waid



Depois da Crise das Infinitas Terras, uma das grandes mudanças realizadas pela DC foi ter Barry Allen se sacrificando para salvar o multiverso e seu sobrinho sidekick, Wally West, assumindo o manto do seu mentor. Isso representou um desafio para os escritores do Flash, pois alguns fãs, principalmente do Barry, poderiam não gostar da mudança. Como poderiam continuar a história do Wally mas mantê-lo como um personagem interessante para os fãs?

A partir da edição 62 entrou em cena o Mark Waid, que dedicou o foco das histórias no crescimento do Wally como o Flash, mostrando o antigo Kid Flash confrontando suas inseguranças, seu medo de desrespeitar a memória de Barry, e no final superando essas emoções e conseguindo se provar não só como um velocista tão bom quanto seu mentor, como também conseguindo supera-lo.

Waid também soube expandir o relacionamento do Wally com seu elenco de apoio. Além de desenvolver o romance do Wally com a Linda Park, assim sua relação de mentor e aluno com Jay Garrick, ele também introduziu muitos outros velocistas como Johnny Quick e sua filha Jesse, o sábio guru Max Mercúrio e o popular Impulso, neto do Barry Allen, criando oficialmente o conceito da família Flash e sua conexão com a Força da Aceleração.

 

8) X-men de Chris Claremont



Embora sejam atualmente uma das equipes mais populares e diversificadas da Marvel, os X-men não começaram assim. Quando foram criados por Stan Lee na década de 60, os Filhos do Átomo eram um fracasso de vendas, chegando até mesmo terem sua hq cancelada por um bom tempo. Sua salvação veio no Giant Size X-men 1 de Lein Wein e Dave Crockum , que reformularam o time acrescentando novos integrantes de várias partes do globo como Tempestade, Noturno e, o mais icônico de todos , Wolverine. Com o sucesso da hq, Chris Claremont ficou responsável por continuar o trabalho de Wein nas hqs do Uncanny X-men.

O resultado disso foi uma das fases mais longas e épicas dos mutantes. Claremont não só desenvolveu os personagens criados por Wein, tornando-os complexos e humanizados, como também expandiu o universo dos X-men criando novas figuras como os Shiar, a Ninhada os Morlocks, a Vampira, Kitty Pryde, Novos Mutantes e muitos outros. Ao invés de um bando de adolescentes que lidam com o preconceito e discriminação, os X-men se tornaram uma equipe de heróis adultos e profissionais que saem em várias aventuras pelo globo e além.

O estilo de histórias também, evoluiu sob os roteiros de Claremont, que sempre plantava detalhes na histórias que vem a culminar em muitas histórias memoráveis dos mutantes, como por exemplo a Saga da Fênix Negra e Dias do Futuro Esquecido.

Claro que roteiristas como Grant Morrison e Jonathan Hickman viriam a desenvolver ainda mais as histórias dos mutantes e sua tensa relação com a humanidade, porém podemos concordar que nada disso seria possível se não fosse por Claremont e sua longa fase nas histórias dos x-men.

 

7) Ms Marvel de G.Willow Wilson



Uma das criações recentes de maior sucesso da Marvel é Kamala Khan, a nova Ms Marvel. Um dos motivos dessa popularidade se deve a sua fase escrita por G.Willow Wilson, que soube tornar a Kamala numa personagem que qualquer fã consegue se relacionar, focando no drama pessoal da Kamala, sua relação com sua família e amigos, e sua jornada para se tornar a defensora de Nova Jersey. Pode-se dizer que as histórias da Ms Marvel foram para a geração atual o que as histórias do Homem Aranha foram para os jovens na década de 60.

6) Gavião Negro de Robert Venditti



Gavião Negro é um dos personagens mais complicados das hqs, com roteiristas sempre fazendo uma versão diferente da origem dele. As vezes ele é a reencarnação de um príncipe egípcio, outras ele é um policial do planeta Thanagar e em algumas ele é uma mistura dos dois.

Apesar dessa cronologia bagunçada, Robert Venditti foi capaz de reformula a origem do Gavião sem apagar o que veio antes mas sim expandindo o conceito de suas reencarnações, colocando o Carter Hall numa jornada de auto-descoberta conforme ele descobre ter tido várias encarnações em vários tempos e lugares diferentes, incluindo outros planetas como Kripton, além de lidar com fato de algumas dessas versões não terem sido heróis justos e nobres como ele é atualmente. Através da escrita de Venditti, o que era antes um conceito divertido de um herói que viveu em muitas épocas se tornou uma história complexa sobre redenção e aprender com os erros do passado, ajudando a tornar o Gavião Negro num personagem muito mais humano e interessante.

5) Quarteto Fantástico de Stan Lee & Jack Kirby



Não tinha como fazer essa lista sem citar a fase icônica do Stan Lee e Jack Kirby no Quarteto Fantástico. Claro que os 4 tem histórias marcantes em fases como a do John Byrne ou do Jonathan Hickman, Stan Lee e Jack Kirby possui uma grande importância, sendo responsável por introduzir não só o Quarteto como também ter iniciado o universo Marvel.

As histórias eram simplesmente épicas, cheias de conceitos sci-fy e aventuras em lugares desconhecidos todos bem representado pela arte criativa e icônica do Jack Kirby. Ao mesmo tempo, os personagens eram bem humanizados, com dramas envolvendo questões como família e relacionamentos, dos quais o público conseguia se relacionar e conectar com a vida real.

Sem falar que foram nas páginas do Quarteto que o Stan Lee e o Jack Kirby foram expandindo ainda mais o mundo dos heróis e do Universo Marvel, introduzindo vários personagens que viriam a se tornar marcantes na editora como Pantera Negra, os Inumanos, os Skrulls, Surfista Prateado e Galactus o Devorador de Mundos.

Confira também TOP 10 melhores histórias do Quarteto Fantástico (Stan Lee e Jack Kirby). Link: https://ozymandiasrealista.blogspot.com/2021/03/top-10-melhores-historias-do-quarteto.html

 

 

4) Demolidor Frank Miller



Outro personagem que teve uma reformulação nas hqs foi o Demolidor, nas mãos do Frank Miller. Antes dele, muitos roteiristas não tinham ideia clara do que fazer com o Homem Sem Medo, colocando-o numa situação diferente atrás da outra. Foi Frank Miller quem deu as histórias dele um tom bem noir e sombrio, focando no papel do Demolidor como um vigilante das ruas e o efeito que isso tem na mente do Matt Murdock, fazendo ele um herói bem atormentado e complexo.

Miller também redefiniu personagens da Marvel e os integrou as histórias do Demolidor, como o Mercenário (que foi de um vilão sem carisma para um psicopata imprevisível e perigoso) e o Rei do Crime (que se tornou o maior inimigo do Demolidor além de virar um dos maiores vilões da Marvel e das hqs em geral), além de também introduzir novos personagens a mitologia do homem sem medo, como seu mentor Stick e ninja assassina Elektra.

Confira também A FASE DEFINITIVA DO DEMOLIDOR. Link: https://ozymandiasrealista.blogspot.com/2021/08/a-fase-definitiva-do-demolidor.html


3) Sociedade da Justiça do Geoff Johns



Se o Lanterna Verde foi a hq que definiu Geoff Johns como um dos melhores roteiristas da DC, sua fase na Sociedade da Justiça foi o que marcou a ascensão de sua fama. Dá pra notar que Johns é um fã do universo DC, principalmente do universo DC clássico, da era de ouro e de Prata, e ele demonstra essa paixão nessa hq onde Johns desenvolve a SJA nos dias modernos, reformulando a equipe como esses heróis veteranos, que lutaram na segunda guerra mundial, e agora agem como mentores para a nova geração que está assumindo seus mantos.

Legal como a história apresenta um equilíbrio de foco entre os membros da equipe, com cada membro tendo seu arco pessoal e momento de destaque, seja Alan Scott lidando com seu drama intenso com seu filho Obsidian, a busca do Senhor Destino por sua esposa e sua relação de aprendiz e aluno com Nabu, a redenção do Adão Negro e o crescimento da Sideral numa heroína mais confiante e reconhecida pelos membros da SJA.

Confira também TOP 10 MELHORES HISTÓRIAS DA SOCIEDADE DA JUSTIÇA (GEOFF JOHNS). Link : https://ozymandiasrealista.blogspot.com/2021/08/top-10-melhores-historias-da-sociedade.html


 

2) Superman Peter Tomasi, Dan Jurgens & Patrick Gleason



Em 2016 a DC relançou suas hqs sob o selo DC renascimento, com a intenção de trazer seu universo de volta ao status anterior ao Ponto de Ignição e início dos Novos 52. Um dos personagens mais afetados por isso foi o Superman. A versão mais sombria dele nos Novos 52 não tinha agradado os fãs, que queriam a volta do herói bondoso e carismático. Portanto, o roteirista Dan Jurgens, que já tinha experiência escrevendo as histórias do Último filho de Kripton na década de 90, trouxe o Superman clássico, junto com a Lois e seu filho Jon, para a Terra principal, onde ele assumiu o lugar do Superman dos Novos 52, após esse ser morto numa luta.

Enquanto Jurgens se responsabilizou pelas aventuras do herói no Action Comics, o título do Superman foi assumido pelo Peter Tomasi e o artista Patrick Gleason, que deram uma abordagem bem humana para o Clark Kent, com ele tentando não só proteger o mundo e ser um herói mas também estar presente para sua família e ajudar seu filho Jon a controlar seus poderes. É essa dinâmica de família combinada com as aventuras épicas e surreais que ajudam a humanizar o Superman e torna-lo um personagem com qual o público consegue se relacionar e se interessar por suas histórias.

 

1) Homem Aranha Stan Lee, Steve Ditko e John Romita Sr



Enquanto a fase do Quarteto Fantástico de Stan Lee foi responsável por dar início ao Universo Marvel, a fase do Homem Aranha dele com o artista Steve Ditko e, mais a frente, John Romita Sr foi a que oficializou o lugar da Marvel na área dos quadrinhos. Já em sua primeira aparição, Lee e Ditko demonstraram que o Peter Parker era um herói bem diferente do que os leitores estavam acostumados. Ele não era um herói poderoso, popular que saia em aventuras épicas. Ele era apenas um garoto comum do Queens, que tinha que lidar não só com super vilões de sua vizinhança como também com problemas pessoais de sua vida, incluindo necessidade de dinheiro, escola e relacionamentos.

Durante toda a fase é mostrado o crescimento do Peter Parker no seu alter ego mascarado, conforme ele vai de um jovem impulsivo e inseguro para aprender com seus erros e se tornar um cara mais confiante e experiente, que confia em sua própria força ao invés de se deixar ser influenciando pela pressão de outros.

O ponto de destaque dessa fase é a relação do Homem Aranha com seu elenco de apoio,. Diferente de outros personagens de suporte da época, o elenco do Aranha era muito mais carismático, com cada personagem tendo uma personalidade única e distinta, e seus relacionamentos com o herói seguiam por direções inesperadas para época. Alguns personagens ligados ao Peter acabavam revelando serem inimigos (ex: Norman Osborn), alguns romances do herói não davam certo (ex Betty Brant), porém alguns antagonistas vinham a se tornar grandes amigos e aliados do herói (ex: Flash Thompson, Harry Osborn) e Peter encontrava novo amor em outras personagens que conhecia (ex: Gwen Stacy e Mary Jane).

Todas essas mudanças ajudavam a tornar o crescimento do Peter mais natural e próximo da realidade, representando o que torna o personagem tão icônico: Sua habilidade de aprender com os erros, aceitar as dificuldades e mudanças em sua vida e seguir em frente, evoluindo como herói e um homem. Por essas razões Homem Aranha do Stan Lee, Steve Ditko e John Romita Sr é a melhor fase das hqs e uma recomendação para qualquer fã do Aranha e de hqs em geral.

Confira também TOP 10 melhores histórias do Homem Aranha (fase Stan Lee e Steve Ditko). Link: https://ozymandiasrealista.blogspot.com/2020/12/top-10-melhores-historias-do-homem.html


Então é isso, Quais são suas fases favoritas das hqs? Sintam-se a vontade para colocar suas opiniões nos comentários abaixo...

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