10 cineastas que gosto de acompanhar


Faz uns anos que eu não paro pra escrever mais dedicadamente sobre cinema, então resolvi listar 10 cineastas que gosto de acompanhar. Já inicio explicando os aspectos levados em consideração. Primeiramente, a lista é puramente pessoal, conforme avança você vai notar que nenhum cinéfilo deixaria alguns diretores que estão no topo acima dos que ficaram na base. Outra questão é que se tratando de caras que gosto de acompanhar, só estão caras vivos! Nada de Stanley Kubrick ou Charlie Chaplin. Caras que não têm sentado a bunda na cadeira de diretor como Cameron e Raimi também não entram. Pra mim é interessante revisar as referências que tenho, caras que em algum momento começaram a me chamar mais atenção. Quem sabe você não fique curioso de conhecer alguns?


TESTEMUNHEEEE!!!!


10-Quentin Tarantino

Sim, décimo lugar, hehe. Eu sou do time que concorda que o Tarantino é superestimado, tem muitas marcas registradas dele que simplesmente não me agradam nada. Porém, desde a minha adolescência pra cá ele lançou filmes muito bons: Bastardos Inglórios, Django Livre, Os Oito Odiados. Apenas o último "Era Uma Vez em Hollywood" que achei fraquinho, mas curto muito os outros. Django e Batardos devem estar entre os 15 filmes que mais curti assistir, então sempre vou conferir o que o cara aprontou em suas novas produções.


Ele é quase a personificação do que chamam de "cult". O visual da Beatrix Kiddo e vários personagens do Pulp Fiction, por exemplo, viraram ícones culturais que quase todo mundo reconhece.


9-Darren Aronofsky

O "Cisne Negro" foi o primeiro que ouvi falar mais, mas não curti tanto, apesar de reconhecer a boa produção. O tema que não me atraía mesmo. Agora "Noé" eu curti bastante, mas "mãe!" foi um verdadeiro fenômeno cultural. Antes do filme sair minha faculdade toda tava comentando. Depois eu e meus amigos realmente saímos do cinema falando incansavelmente do que havíamos visto, e por razões positivas! Um filme que pode não ser muito claro, mas tem seus tributos na produção, não é aqueles...

- Não gostei, não dá pra entender nada.
- Ai, mas você tem que procurar na Internet o que significaaaaaaaava!

Não! Vai se foder! Tem que ser legal assistir o filme! Depois de assistir o filme é extra! No caso do "mãe!", mesmo sem entender você ainda tem uma baita experiência, depois dela o senhor Aronofsky entrou pras minhas referências XD



8-George Miller
Acima, Miller ao lado do melhor designer de videogames até hoje, Hideo Kojima.
O cara me faz "Happy Feet", um dos filmes que eu menos dei moral na minha vida, sobre pinguins dançantes e cantantes, e me mostra um dos trabalhos que mais me surpreendeu e eu saí recomendando pra todo mundo. Aí me faz o último "Mad Max", que é um clipe de música de 2 horas que nem teve roteiro, apenas storyboards. Já tá bom pra mim. Assisto filmagem do aniversário do filho dele se colocar no cinema.

Pensa num cara que tá no lugar certo, na hora certa, sabendo perfeitamente o que está fazendo. É assim que vejo Miller dirigindo Mad Max.


7-Sam Mendes

Esse me surpreendeu pelo 007, que eu sempre odiei e só curti (e tive algum respeito por) os dois que ele fez. Aí ainda vejo "Estrada pra Perdição" e "Beleza Americana". Os filmes dele são tão bem dirigidos que eu não consigo evitar de ficar impressionado com as coisas que ele mostra, da forma que mostra. E pensar que o excelente "Beleza Americana" foi a primeira experiência dele com cinema... Antes era diretor do teatro. Deve ser o único da lista que já vi todos os filmes feitos e só houve um que eu não gostei, todos os outros tenho em alto conceito.



6-Christopher Nolan

Aqui é bem pelos filmes do Batman. Muita coisa respeitada do Nolan eu não gosto, mas a trilogia do Batman é tão legal que quando a pessoa diz que acha ruim eu já passo a desprezar o gosto dela secretamente. A trilogia como um todo é uma concentração de várias ideias interessantes carregadas de energia, eu adoro obras de arte que sinto como um compacto de várias ideias e emoções. A própria mitologia do Batman teve sorte de ter a atenção de um cara como o Nolan, veja como os filmes antigos eram zuados. A dedicação do Nolan pra mim provou que sim, vale a pena se esforçar pra fazer uma sequência de filmes fodões do Batman e o resultado é tão fodão quanto possível. É o tipo de coisa que não consigo discutir opinião. É como os filmes do Homem-Aranha do Sam Raimi, os primeiros X-Men, o Hellboy do del Toro e a série do Demolidor, eu paro pra ver em qualquer momento e me fisga 100%, eu não consigo ficar procurando probleminha.


Se ele não fosse podre de rico eu teria pena do cara. Como o povo gosta de perseguir esse diretor, meu Deus do céu, eu não consigo pensar em outro exemplo igual. Como já disse, não gosto de tudo que ele fez, mas alguns defeitos que tem em todo tipo de filme o povo resolve descer bomba quando é com ele. "Cavaleiro das Trevas Ressurge" e "Interstellar", cara, juro que nunca vi nada igual. Vê se pegam a pouca vergonha do "Vingadores: Ultimato" pra ficar implicando desse jeito? Meu irmão, não ia sobrar nada.


5-Edgar Wright

A primeira vez que eu li "Watchmen", do Alan Moore, eu passei a ler qualquer coisa que tivesse o nome do escritor nos créditos, porque havendo a chance dele causar aquele efeito em mim novamente, ou qualquer coisa proporcional, eu não queria perder de jeito algum. A mesma coisa quando ouvi a música "Amerika" do Rammstein. Foi assim também com o Edgar Wright quando assisti a adaptação que ele fez do quadrinho "Scott Pilgrim Contra o Mundo". Continua sendo um dos filmes com o qual eu mais dei risada na minha vida e ver os outros filmes do Wright valeu a pena. "Heróis de Ressaca" foi um pouquinho mais fraco, mas ainda divertido e diferenciado. Porém, o último, "Baby Driver", me convenceu a assistir os próximos filmes dele por uns anos ainda.



4-Jordan Peele

Terror é um gênero que eu desprezo, muitas vezes deixo de assistir um filme só por causa disso. Experiências da juventude com Hora do Pesadelo, Sexta-Feira XIII, Halloween, Jogos Mortais e Exorcista não me empolgaram. Eis que assisti o "Corra" porque estava sendo muito bem avaliado por todo mundo. Gostei pra caramba, mais um filme que eu achei meio fenômeno assim, marcou a época que eu vi, e o mais legal: por ter realmente muitos elementos bem trabalhados, e não uma devoção religiosa fanática do público, como os blockbusters recentes de super-heróis. Um amigo então me avisa do "Nós", que será do mesmo diretor.


Puta que pariu, esse é um cara que aproveitou que estava chamando a atenção e deve ter pensado "vou aproveitar pra caprichar, é agora ou nunca". O "Nós" é marcante na trilha sonora, a composição, a atuação dos atores. Tanto que enquanto via aquela cena de luta com aquela montagem super louca no final, eu fiquei feliz e ao mesmo tempo invocado. Comentei com a minha namorada que ia ser legal ter caras desses fazendo filmes de super-heróis, colocando ideias novas e ousadas, não essas comédinhas adolescentes.


3-Clint Eastwood

Sempre me surpreende o cara ter feito uma imagem como ator na juventude em filmes de ação, como faroestes e policial, aí velho toma papel na direção de um monte de filmes dramáticos e sérios. Tenho nada contra filmes de ação, na verdade eu adoro. Mas todos os últimos filmes que ele fez me impactaram dando uma sensação de gratidão pelo cara ter feito aquele filme. Deixa eu explicar melhor, é uma sensação meio "caramba, você me mostrou um detalhe da realidade realmente importante de eu conhecer, fico feliz de ter entrado em contato com isso". Dentro da cultura que ele vive, a norte-americana, ele mostra situações onde é muito interessante ver a condição, muitas vezes até psicológica, dos seres humanos envolvidos nelas. É o caso de "Sully: O Herói do Rio Hudson", "Sniper Americano", meu favorito "Gran Torino", "Menina de Ouro" e o último, "A Mula", que prometeu aposentar o cara pelo menos como ator, e com certeza saiu por cima. É interessante de ver como aparentemente alguns representantes da Direita política em outros países são inteligentes, já que aqui no Brasil parece um manicômio. Tudo que vejo dele gosto, muito mais do que quando vejo os clássicos antigos, como Dirty Harry. Sempre se reafirma como um cara que vale a pena eu acompanhar.




2-Irmãos Coen
O da direita parece o Neil Gaiman
Esses aqui também me lembram uma sequência de boas experiências cinematográficas logo que ouço o nome. Eles fazem coisas bem diferentes, alguns filmes são super humorados, como "O Grande Lebowski" (única vez que gostei de uma personagem feminista) e "E aí, meu irmão, cadê você?", já outros bem sérios e até pesados, como "Fargo" e "Onde Os Fracos Não Tem Vez". Por fim fica a sensação de serem uma boa referência para eu ver filmes, não tem falhado. Alguns eu gosto menos, me desaponto com um ou outro aspecto, mas de forma geral o saldo é positivo (porra, deixei em segundo lugar). São uma dupla que eu tô sempre querendo pegar um momento e dar uma limpa, como já fiz com o Sam Mendes. O último filme pra Netflix não foi perfeito, mas muito interessante em vários aspectos, teve até cena que virou meme, kk.



1-Martin Scorcese
Com certeza, o ator que mais merecia dividir a foto com o diretor
Esse não tem erro. É quase uma unanimidade que ele é o melhor diretor dos Estados Unidos, ver os filmes dele é quase que um acerto atrás do outro. Ele no caso eu nunca fui seguindo, quando descobri quem ele era, tinha feito um monte de filmes que eu adorava e nem sabia. Você pensa em uma parte generosa dos filmes com o Robert de Niro que entraram pra história do cinema no século XX e quase todos tiveram Scorcese na cadeira de diretor. E ainda tem vários outros que às vezes não ficaram tão cultzinhos assim. O último... PUTA MERDA! Nem saiu no cinema aqui nos arredores onde eu moro! Pensei, "não é possível! Não lançaram um filme do Scorcese!?".

Fiquei triste.
Pensei na possibilidade de ter sido por se tratar de evangelizações católicas no Japão feudal. Mas depois eu baixei, assisti e vi que tinha nada tão polêmico não, continuou um mistério pra mim porque os desgraçados não lançaram no cinema. Se chama "Silêncio" e achei muito bom, recomendo. É o fim da minha lista! 

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Menções honrosas

Guillermo del Toro
Spike Lee
Mel Gibson
Paul Thomas Anderson

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