Restrospectiva melhores histórias do Superman – Fase Renascimento

 


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No meu texto anterior eu expressei como fui de um leitor que não gostava da fase dos Novos 52 para desenvolver uma apreciação com o passar do tempo. Já a fase seguinte, do Renascimento, minha opinião seguiu uma direção oposta.

Para aqueles que não sabem, O Renascimento foi um soft-reboot feito pela DC no ano de 2016, como uma forma de resgatar o interesse dos leitores após os Novos 52 terem provado não serem o sucesso que foram em suas primeiras vendas. 



Pra isso, a editora começou, aos poucos, resgatar o tom e vários elementos da continuidade anterior aos reboot de 2011, como a volta do Wally West e dos Titãs originais, desenvolvendo personagens novos, como a Jessica Cruz, e estabelecendo pistas para um crossover dos heróis da DC com os personagens de Watchmen, com o Doutor Manhattan sendo revelado como o responsável por criar os Novos 52.





Durante esse período, a DC reintroduziu o Superman do pré-novos 52, vivendo na continuidade principal ao lado de sua Lois e filho dele, Jon. Após um arco onde o Superman dos Novos 52 morre em batalha, o Superman do pré-novos 52 assume o lugar dele, se tornando o “novo” Superman dessa continuidade.



A partir daí, DC lançou duas hqs do Superman, seu título solo (escrito pela dupla do Peter Tomasi e Patrick Gleason) e o Action Comics (escrito mais uma vez pelo Dan Jurgens), com o foco sendo no Superman tentando se reestabelecer nesse no universo com sua família, ao mesmo tempo que ele tem que ajudar Jon, que começa a desenvolver seus poderes e entrar nesse mundo de super heróis.



Os quadrinhos foram um sucesso, trazendo uma nova legião de fãs para o homem de aço e, consequentemente, DC lançou um arco “Superman Renasce”, onde o herói e a Lois se fundem as suas versões dos Novos 52 e, junto com eles, as duas continuidades, reintegrando os eventos pré-novos 52 na continuidade.




Na época eu estava no hype. Adorava ver essas histórias do Superman como um pai, tentando ajudar pessoas e estar presente pra sua família, e considerava Jonathan Samuel Kent um dos meus heróis favoritos, com o título dele e do Damian Wayne, os Super Filhos, sendo uma das hqs mais divertidas que li.

Mas, todavia, porém, contudo entretanto, however, but, pero... quando eu reli essas histórias, não senti a mesma emoção que antes. Eu pensava ser questão de não ter mais surpresa com a história, porém, depois de compara-la com outras histórias do Superman, percebi que esses quadrinhos da época, apesar de terem umas ideias divertidas, nunca chegaram a explorar o potencial delas. O drama era bem “seguro” e o Superman era mais próximo da visão idealista que o povo tem dele do que o personagem mais equilibrado, que tinhas tanto boas qualidades e defeitos, de era passadas como a de Bronze e dos Novos 52.


É possível que muitos de vocês pensem que eu passei a odiar a Era Renascimento, mas isso não é verdade. Ainda tiveram algumas histórias boas que representaram bem a relação do Clark com sua família, com um drama bem relacionável.

Essas histórias serão as recomendações que farei nessa parte da retrospectiva.

Sem mais delongas, vamos lá...

 

O filho do Superman (Superman vol.4 nº 1 a 6)



Desde que chegaram na Terra Principal, Clark e sua familia tem tido uma vida tranquila na fazenda de Hamilton County, na Califórnia.



Porém, quando Jon acidentalmente mata o gato da família com sua visão de calor, ele acaba chamando a atenção da Liga da Justiça, que teme o potencial do garoto. Para ajudar seu filho, Clark se responsabiliza por treinar Jon a controlar seus poderes.

No entanto, durante uma missão no ártico, os dois acabam acidentalmente despertando um velho conhecido do homem de aço: O Erradicador.



Vendo Jon é um híbrido de humano e kriptoniano, o Erradicador passa a considera-lo uma anomalia e decide eliminar seus genomas humanos para que juntos possam reconstruir Krypton. Se opondo a isso, Clark confrontaria o androide enquanto tenta proteger sua família.



Tomasi e Gleason não perdem tempo e já começam apresentando todas as tramas dos personagens principais que serão exploradas na fase, desde Jon dando seus primeiros passos como novo Superboy a Clark assumindo um papel de mentor para seu filho, tal como seu pai adotivo foi pra ele.



Lois também não é ignorada, agindo não como a voz da razão na familia como tendo momento badass dela pegando uma armadura do Batman e dando uma surra no Erradicador.



Em sua essência esse arco reestabelece Superman e suas aventuras como uma história sobre família encarando seus dilemas enquanto vivem aventuras sci-fy.



Nossa cidade (Superman vol.4 nº7)



Depois de uma grande batalha com o Erradicador, Superman merecia um certo descanso, não acham?

Pelo visto Tomasi e Gleason concordaram, pois a edição seguinte foca no Clark, após um longo dia de trabalho, convidando sua família para irem juntos na feira da cidade.



E é isso...É uma história mostrando os Kents se divertindo juntos como uma família e interagindo com seus vizinhos, provando que nem toda história de super herói precisa de ação e pancadaria pra ser divertida.



Fuga da ilha dos dinossauros (Superman vol.4 nº8 e 9)



Se o primeiro foi sobre Jon sendo introduzido a vida de super herói de seu pai, o segundo é ele conhecendo o lado aventureiro.

Enquanto trabalham juntos num projeto de ciências, Jon, Clark e Krypto acabam sendo acidentalmente transportados para uma ilha habitada por dinossauros e criaturas pré-históricas. 



No caminho para encontrar o disposto que pode leva-los de volta para casa, o pai e filho vão aprendendo mais sobre esse lugar misterioso e sua conexão com um grupo de soldados: Os Perdedores.

Como alguns devem ter percebido, toda essa história é uma grande homenagem a obra “DC – A Nova Fronteira”, com Clark e Jon estando na ilha dos Dinossauros (o Centro) e se deparando com vários cenários da história de Darwynn Cooke, todos representados pela arte do Doug Mahnke.




Mas não pensem que esse fan-service faz o Tomasi se esquecer da história, pois o arco mostra como Jon, apesar de seus poderes, é ainda um garoto de 10 anos, com inseguranças e ansiedades, com Clark, como um bom pai, assegurando seu filhos que eles vão voltar para casa sãos e salvos.



O Julgamento dos Super Filhos (Superman vol.4 nº10 e 11)



Com Superman tendo um filho, é natural que a DC iria ter os dois se encontrando com Batman e seu filho, Damian Wayne. Tal como seus pais, Jon e Damian, em seu primeiro encontro não se dão bem e acabam tendo seus conflitos.



Para tentar melhorar a relação entre eles, Batman e Superman colocam os dois garotos em um treinamento que os leva a aprenderem a trabalhar juntos e, aos poucos formar uma grande amizade.



Além da amizade divertida do Jon com o Damian e seu crescimento como uma dupla, o legal desse arco é o paralelo feito entre Superman e o Batman, com os Melhores do Mundo sendo pais e tentando ser mentores para seus filhos. São arcos como esse que mostram que deixar personagens de hqs envelhecerem e ter filhos pode resultar em boas histórias.



Homens de aço (Action Comics 967 a 972)



Durante o final dos Novos 52, Lex Luthor passou por um arco de redenção, se tornando membro da Liga da Justiça e auxiliando os heróis contra ameaças como o vírus Amazo e Darkseid. Quando o Superman dos Novos 52 morreu, ele decidiu se dedicar a ser o protetor de Metrópolis.



Lógico que, por causa de seu passado como criminoso, Luthor não foi aceito por todos, principalmente o Superman, apesar de dar a Luthor a chance de se provar, sempre desconfiava que, cedo ou tarde, seu grande inimigo voltaria a ser o vilão que ele era.

Em “Homens de aço” a preocupação de Clark é levada para o próximo nível quando dois guerreiros alienígenas vem a Terra e sequestram Lex Luthor. 



O motivo disso, de acordo com um deles é que, no futuro, Lex assumiria o lugar de Darkseid como soberano de Apokolips e dominaria o universo.



No final Superman tem que fazer uma escolha: Seguir seus ideiais e salvar Luthor ou permitir que os aliens o executem e evitem esse futuro apocalíptico.

Muita gente (principalmente as Snydivas) gostam de insistir que Superman deveria matar seus inimigos, usando o argumento de que “se ele não mata-los, eles continuarão a matar inocentes”. É possível ver os aliens como uma alegoria a essas pessoas, usando a visão deles do futuro, para justificar eliminar Lex, seguindo a lógica de “uma vida por outras”. Mas, como contraponto, temos Superman, que apesar de suas próprias preocupações, escolhe demonstrar compaixão pelos outros e acreditar nos vários futuros que eles podem criar, sejam bons ou ruins.



Imperius Lex (Superman vol.4 nº33 a 36)



Se “Homens de aço” foi Lex tendo que responder por erros que ele poderia cometer no futuro, Imperius Lex é ele tendo que lidar com as consequências de seu passado.

Durante a “Guerra de Darkseid”, Luthor conheceu um grupo de Apokolips, que passaram a vê-lo como um lider e “salvador”. No final dessa saga, Darkseid foi derrotado e dado como morto (na verdade ele foi transformado num bebê e criado por sua filha). Com Apokolips sem seu deus, o mundo se divide em várias facções lutando pelo trono. Como alguém precisa ocupar o lugar de Darkseid, o grupo de Luthor o escolhe como seu novo lider.



Para salva-lo desses fanáticos, Lex decide pedir ajuda para o Superman, usando um dispositivo para transporta-lo para Apokolips. Infelizmente ele, sem saber, acaba transportando Lois e Jon, que são jogados em partes distintas de Apokolips, tentando sobreviver para que possam se reunir e salvar tanto Lex quanto Clark.



Esse é mais um arco onde a dinâmica da Super-familia é mostrada em seu melhor, com cada personagem tendo seu momento de destaque, desde Jon libertando cães de guerra a Lois se unindo as Fúrias Femininas para salvar seu marido.




Mas o ponto principal dessa história é o desenvolvimento da dinâmica do Superman e Lex, que se despedaçar conforme ambos percebendo que nenhum dos dois confia um no outro após todo esse tempo, levando a Luthor retornando ao seu papel como um vilão.

Boa noite lua (Superman vol.4 nº39)



Ser super herói não envolve apenas bater em criminosos ou salvar pessoas de catástrofes. As vezes requer fazer algo simples como visitar um fã ou amigo.

Digo isso porque essa é o que Superman em “Boa noite luta”. Nessa breve história, o ultimo filho de Krypton, visita um grupo de pacientes na luta contra câncer os convida para um passeio a Torre de Vigilância. Com a ajuda do resto da Liga da Justiça, Superman torna o passeio algo especial para essas crianças.



Essa é uma história bem tocante, que segue o exemplo de obras como O menino que colecionava Homem Aranha, mostrando como esses heróis podem não ser deuses ou perfeitos, mas ainda assim são pessoas tentando fazer o melhor pelos necessitados.



Então é isso! Quais são suas histórias favoritas do Superman do Renascimento? Sintam-se a vontade para colocar suas opiniões e ideias nos comentários abaixo.