Este é mais um post de reviews curtos de HQs e mangás. Nem sempre uma leitura que faço rende muito assunto, e às vezes prefiro só fazer comentários breves. Sem mais delongas, vamos aos reviews.
Sakamoto Days – Mangá bem divertido, cujo enredo é sobre um ex-assassino
lendário, o tal do Sakamoto, que se casa, tem uma filha e se torna um dono de
mercadinho. Logo, antigos colegas do crime voltam a procurá-lo; entre eles,
Shin, o telepata, e Lu Shaotang, lutadora de tai chi tuan e ex-membro da
Tríade chinesa. Nota 7 de 10.
A Ordem Mágica – Dessa vez, Mark Millar resolveu abordar o
mundo da magia. O protagonista dessa HQ é Leonard Moonstone, um Mandrake
genérico, que tem três filhos, Gabriel, Regan e Cordélia. Quando a insana
Madame Albany reivindica o Orichalcum, o livro dos feitiços proibidos, começa
uma guerra no reino da magia. Mark Millar tem escrito muitas HQs medianas, com
vistas a vender os direitos para a Netflix, mas essa até que tem um plot twist
interessante. A arte é de Olivier Coipel, velho conhecido dos fãs das HQs da
Marvel dos anos 2000.
Snikt! – Escrita e desenhada por Tsutumu Nihei, Snikt! é uma HQ em que
o roteiro não é muito importante. A arte é que vale a conferida. Nihei é muito
criativo ao fazer design de criaturas futuristas e pós-apocalípticas. No
enredo, Wolverine é transportado por uma garota chamada Fusa para enfrentar as
criaturas do Mandato, uma bactéria que criou um exército de criaturas mutantes.
A história é só isso mesmo. De resto, há a arte de Nihei, que é superdetalhista
no design das criaturas. E as criaturas são vulneráveis a adamantium; é
por essa razão que pediram a ajuda de Logan. Autor de Blame! e Knights
of Sidonia, Nihei tem um estilo único e que cai bem no Wolverine, apesar de
o herói ter ficado mais rejuvenescido no seu traço. Para quem é fã do Wolverine
e, também, para quem gosta de anime e mangá cyberpunk, indico essa HQ.
Nota 7 de 10.
Lady
Snowblood – Este mangá tem como protagonista uma "Lobo
Solitário de saias". Não é à toa que foi também escrito por Kazuo Koike.
Yuki é uma criança nascida depois de sua mãe transar com todos os homens da
penitenciária feminina, com o objetivo de gerar um filho que vingasse o
assassinato de seu marido e filho e seu estupro. Yuki quando cresce se torna
uma assassina de aluguel, mas seu propósito é conseguir recursos para se vingar
dos algozes de sua mãe. A arte de Kazuo Kamimura é um tanto caricata, mas se
adequa bem ao mangá. É também um retrato histórico do Japão na Era Meiji. Lady
Snowblood tem um apelo sexual forte, resvalando na pornografia. Em várias
sequências, Yuki fica nua enquanto mata seus adversários. Há um capítulo que é
basicamente um bacanal. Apesar da violência e do apelo sexual, infelizmente o
mangá não fez o sucesso esperado na época e não durou muito tempo. Nota 7 de
10.
Jujutsu Kaisen 0 – O mangá Jujutsu Kaisen é um dos que mais têm feito sucesso com a molecada otaku, e essa edição tem o prólogo da história e foi inclusive adaptada para um filme. O protagonista é Yuuta, um moleque que foi amaldiçoado por um "encosto", sua ex-namoradinha de infância, Rika, que teve a cabeça esmagada após ter sido atropelada. Yuuta é encaminhado para a escola de Jujutsu e fica aos cuidados do professor Satoro. Ele também conhece seus colegas de classe Maki, Toge e Panda, este último é um Panda antropomorfizado. Yuuta então passa a participar de missões com seus colegas feiticeiros jujutsu, e o espírito rancoroso de Rika é que se torna seu trunfo e salva sua vida. A história engrena mais quando aparece um vilão, Suguro, que é um feiticeiro jujutsu que odeia os humanos. O mangá tem uma óbvia inspiração em X-Men, pois nesse mundo os feiticeiros jujutsu são meio que oprimidos e Suguro seria uma espécie de Magneto, enquanto Satoro seria o professor Xavier. O problema é que Suguro não tem tanto carisma como Magneto. A história é bacana e a arte é competente, nesse estilo shonen. Não tem nada de muito inovador, mas entretém e os personagens principais até que são carismáticos. Nota 7 de 10.
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