TOP 10 MELHORES HISTÓRIAS DO THOR

 


TOP 10 MELHORES HISTÓRIAS DO THOR

 

Apesar dos elogios que dei ao MCU, não significa que a franquia seja imperfeita e sem erros. Um dos pontos negativos que eu notei é a forma como adaptaram Thor. Já deixo claro que eu não odeio os filmes do Thor do MCU, acho as aventuras bem legais, tendo momentos bem impactantes e legais (os visuais dos mundos, cenas de ação e interações do Thor com Loki e Odin) e Chris Hemsworth se destaca bem atuando nos filmes independente do tom. Porém, seria mentira de minha parte dizer que não vejo o ponto das críticas, principalmente em relação ao Love & Thunder (até eu considero um dos filmes mais fracos e desnecessários na franquia).


No entanto, o grande problema que os filmes do Thor tiveram é nunca terem alcançado o nível de “história grandes épica” presente nas hqs do Deus do Trovão e o destaque dado aos personagens de seu universo mitológico.



O quão épicas eram essas histórias? Bom... para explicar isso, esse é o meu top 10 melhores histórias do Thor:

 

10) O PODER DE PLUTÃO (THOR VOL 1 Nº 128 a 130)



Apesar de ser um personagem da mitologia nórdica, Thor já conheceu outros panteões, incluindo os deuses gregos, com um principais sendo Hercules, filho de Zeus.


Quando introduzido, Hercules foi apresentado como um rival para o Thor, com ambos guerreiros tendo conflitos entre si. Porém logo chegou um momento dessa rivalidade ser colocada de lado: Sendo enganado pelo deus Plutão (ou Hades para os gregos), Hercules acabou assinando o pacto que liberta o deus dos mortos de seu reino, com Hercules sendo obrigado a assumir seu posto. Para salvar a alma do príncipe do Olimpo, Thor interfere, indo ao mundo dos mortos resgatar Hercules.


Além de introduzir um herói novo, essa história do Stan Lee e Jack Kirby ajudou a tornar o Hercules muito mais complexo, mostrando como ele é um reflexo do que o Thor poderia ter se tornado se não tivesse aprendido humildade. O fato dele ajudar Hercules não só resulta no Thor conseguindo um novo aliado, mas mostrando seu crescimento e passando a lição que aprendeu para o semideus orgulhoso.

9) PRESA (THOR VOL 6 Nº 9 a 14)


Por causa das mudanças dos filmes, um fato que muitos não devem é que Thor já possuiu uma identidade secreta. Esse foi Donald Blake, um médico mortal que, nos momentos de perigo, batia sua bengala no chão e se transformava no Thor (tipo o Billy Batson e o Shazam). Com o passar do tempo Blake acabou sendo ignorado por escritores e ficou sumido no limbo...

... isso é, até esse arco. Escrito por Donny Cates, essa história mostra Thor, agora rei de Asgard, lidando com a pressão que vem o cargo. Após decidir querer dar um tempo nessa sua vida heroica, Thor decide voltar a ser Donald Blake. Essa decisão se revela como grande erro, pois Thor acaba ficando preso em outra dimensão enquanto seu lugar é ocupado por um Donald Blake poderoso e enlouquecido devido aos anos que passou preso no limbo, estando obcecado por magia e desejo de vingança contra Odin.



Essa é uma daquelas hqs que coloca o leitor no maior suspense, fazendo ele se questionar não só como o Thor irá escapar de sua prisão mas também questiona os ideais de Blake, com suas ações sendo muito compreensíveis a ponto que é fácil de sentir pena pelo que o coitado passou. Esse questionamento chega a um novo nível na conclusão do conflito dos dois, demonstrando como o papel de rei está afetando Thor.

Destaque também para os aliados do Thor como a Jane Foster, Sif, Odin Loki e até mesmo Doutor Estranho, que também tem um papel de importância tentando deter o Blake enlouquecido.

8) A CANÇÃO DO MJONIR (THOR VOL 1 Nº 380)



Entre os vários autores que deixaram sua marca nas hqs do Thor, um dos mais memoráveis foi Walter Simonson, responsável por escrever várias histórias icônicas do deus do trovão, além de desenhado várias delas.

Um dos maiores auges de sua arte na hq do Thor foi na história “A Canção do Mjonir”, onde Thor luta contra Jormungand, a serpente de Midgard. A edição é só esse confronto do início ao fim, com um quadro grande atrás do outro, com a arte de Simonson dando a sensação maior de intensidade para cena de ação, fazendo cada impacto parecer grande e real.


O conflito fica ainda mais emocionante para quem já sabe da mitologia do Thor e o papel que Jormungand tem na profecia do Ragnarok envolvendo o filho de Odin.

7) O ÚLTIMO VIKING (THOR VOL 1 Nº 342 a 343)



Além da arte, outro aspecto presente nas histórias do Walter Simonson foi a incorporação da mitologia nórdica, com várias referências e temas tirados dos mitos e cultura nórdica. Um dos exemplos é apresentado nessa história de duas partes onde Thor encontra um guerreiro viking que busca obter uma “morte honrada” antes que seu tempo de vida acabe e sua alma seja reclamada por Hela. Para realizar esse desejo, o guerreiro se une a Thor para ajudá-lo a derrotar o dragão Fafnir.

O desenvolvimento do guerreiro é muito bem realizado, com a determinação do personagem em querer ajudar o Thor, mesmo sendo um mortal com um corpo frágil, é bem inspirador e ajuda o leitor a criar empatia por ele, levando a um final muito emocionante.

6) CONTOS DE ASGARD



As primeiras histórias do Thor eram bem típicas histórias de super herói da Era de Prata, com o deus do trovão enfrentando super vilões, comunistas, aliens e outras ameaças comuns nas hq da época. No entanto, com a introdução de personagens como Loki, Odin e os asgardianos, Stan Lee e Jack Kirby, foram criando esse reino cheio de personagens com histórias misteriosas e aos poucos estabelecendo um lado mitológico do universo Marvel.

O auge disso foi o “Contos de Asgard”, uma série antológica composta por várias histórias curtas porém muito bem escritas sobre o passado de Asgard, mostrando eventos como Odin se tornando rei dos Asgardianos, a origem do Loki, como Thor conseguiu se tornar digno do martelo e muitas outros que conseguiram dar ao Thor e seu elenco de apoio muito mais complexidade e tornou seu mundo ainda mais fascinante.

 

5)  DEUSES QUE VAGAM (THOR VOL 3 Nº6)



Quando criaram os heróis da Marvel, uma das ideias principais de Stan Lee era dos personagens serem humanizados e com os quais o público poderia se relacionar. Isso criou um desafio quando se trata do Thor, visto que o personagem e muitos de seus aliados são deuses nórdicos. Como aplicar essa caracterização dos personagens para o Thor e seu lado do universo?

Essa foi uma questão que o autor J. Michael Straczynsky trabalhou quando em sua fase do Thor. Além de ressuscitar o deus do trovão (obs: na época Thor tinha morrido na saga Ragnarok) assim como os outros deuses de Asgard, Straczynsky também trouxe uma mudança de status para os asgardianos, que passaram a viver na Terra, com Asgard estando localizada em Broxton, Oklahoma.



O resultado foi essa história bem divertida mostrando a interações dos deuses com os humanos, com eles participando de reuniões da comunidade, ficando amigos dos moradores da cidadezinha ou até mesmo desenvolvendo relacionamento com alguns deles, como no caso da asgardiana Kelda e o mortal Bill.



As relações que os asgardianos formam com os mortais, cria um bom contraste com Thor, que por sua vez está muito mais sério e afastado, com seu foco sendo de ressuscitar os outros deuses e encontrar seu pai Odin.

4) O LAMENTO DO JOVEM THOR (THOR VOL 3 Nº7)



Além de ter salvo o mundo de várias ameaças e ter conhecido amigos e aliados diferentes, Thor se envolveu com várias mulheres, com as mais conhecidas sendo a enfermeira Jane Foster e a asgardiana Lady Sif. No entanto, teve uma que, apesar de ter aparecido em apenas uma história, conseguiu ter um grande impacto na vida do príncipe asgardiano. Essa foi Erika, uma guerreira introduzida por Jason Aaron nessa história do passado do Thor, quando ele ainda era jovem impulsivo e não possuía o Mjonir.



Os dois se conhecem no campo de batalha e rapidamente se apaixonam. Mas como tragédia shakespeariana, a relação dos dois tem um final triste quando Thor retorna de uma batalha e descobre que sua amante faleceu esperando por ele.


A forma como Thor lida com essa perda ajuda a humanizar o herói e explicar sua relação com os mortais e o que ele valoriza tanto neles.

3) BATALHA INFERNAL (THOR VOL 1 Nº 360 a 362)



Um dos vilões do Thor que nunca recebeu tanta atenção foi Skurge, o Executor. Apesar de superficialmente parecer apenas um capanga da vilã asgardiana Encantor, o personagem era movido pelo desejo de se provar como um guerreiro, principalmente para a feiticeira por quem ele nutria uma forte paixão.

Seu grande momento de destaque veio nesse arco do Walter Simonson onde Thor, acompanhado de guerreiros de Asgard vai ao reino de Hel, resgatar almas de mortais que foram capturados pela deusa da Morte Hela. Na fuga, os herói são interceptados pelas forças da Deusa da Morte. Para dar tempo para Thor e seus amigos fugirem, Skurge fica para trás, encarando sozinho o exército inimigo, morrendo em batalha como um verdadeiro guerreiro asgardiano.



Mesmo não sendo um personagem tão icônico comparado a Balder, Sif ou os Três Guerreiros, Skurge recebeu um grande desenvolvido nesse arco, com sua morte tendo um grande impacto para Thor e os asgardianos (até mesmo Encantor sofre com a perda do guerreiro mais fiel a ela, admitindo seus sentimentos).

2) O CARNICEIRO DOS DEUSES/ BOMBA DIVINA (THOR DEUS DO TROVÃO Nº 1 a 11)



Um desafio que muitas hqs recentes tem é criar vilões novos, com muitos se tornando copias de vilões anteriores ou personagens chatos e esquecíveis. No entanto, Jason Aaron escapou desse problema quando criou Gorr, o carniceiro dos deuses.

Nesses primeiros dois arcos da fase de Aaron, Gorr é introduzido como um assassino que busca livrar o universo dos deuses, julgando-os como seres egoístas, por não terem interferido diante o sofrimento de sua família. Eventualmente, o caminho Gorr acaba o levando a se encontrar Thor (na época ainda jovem), que se tornou o único a conseguir sobreviver ao matador, fazendo com que o vilão desenvolve-se uma rivalidade pessoal com o herói.



Nos dias atuais, Thor descobre que seu inimigo retornou e, conforme vai seguindo suas pistas, ele indo parar numa aventura envolvendo viagem no tempo e se unindo a versões dele mesmo (o Jovem Thor do passado e o Rei Thor do futuro) para impedir o plano mestre de ainda mais Gorr de eliminar deuses em toda realidade, seja no passado, no presente e no futuro.



Embora o destaque da história para muitos seja o Gorr, ambos arcos tem outros aspectos importantes, como a forma como a história usa elementos como viagem no tempo e espaço, as temáticas abordadas na história envolvendo questões sobre religião e a relação dos deuses com os mortais, além do desenvolvimento do Thor, conforme ele vai interagindo com suas versões do passado e do futuro, superando o medo e trauma que Gorr causou e no processo acaba inspirando os outros Thors a fazer o mesmo.

1) A SAGA DE SURTUR (THOR VOL 1 Nº 341 a 353)



O ponto alto da fase do Walter Simonson. Desde sua primeira edição, o autor reservou uma página ou duas estabelecendo que Surtur, o demônio de fogo, estava forjando sua Espada Crepúsculo e montando seu exército. A cada edição o suspense aumentava, com os personagens começando a notar as ações de Surtur e se preparar para seu eventual ataque até que... acontece.


Após um arco enfrentando o elfo negro Malekith, Thor é convocado a Asgard, sendo informado por Odin sobre seu passado com Surtur e como o vilão está retornando para invadir a Terra e em seguida Asgard, buscando banhar sua Espada Crepúsculo na Chama Eterna e causar o ragnarok, o fim de toda existência. Diante dessa grande ameaça, Thor reúne todos os aliados possíveis, desde os asgardianos como Sif e os três guerreiros, aos heróis como Vingadores e até mesmo aliados novos como Beta Ray Bill para juntos protegerem Terra e Asgard contra a invasão do demônio gigante.


Isso leva a uma das histórias mais épicas não só do Thor mas também da Marvel, com todos personagens dando seu melhor para derrotar os invasores, com cada um tendo um momento de destaque, seja Lady Sif e Beta Ray Bill desenvolvendo seu romance, Balder aceitando viver com a rainha feiticeira Karnilla em trocar dela ajudar seus amigos ou até mesmo a rainha Frigga, esposa de Odin, tentando proteger as crianças de Asgard.


No entanto, o ponto alto dessa história é a batalha final entre Surtur contra Odin, Thor e Loki. Por trás das batalhas épicas, lutas com visuais grandiosos e aventuras em reinos de fantasia, as histórias do Thor, em sua essência, são um drama de família envolvendo o relacionamento do Thor com Odin e seu irmão Loki. Muitas ocasiões, Thor enfrentou seu irmão e não se deu bem com seu pai. Mas, nesse momento em que a existência de todo universo estava em jogo, esses três deixam suas diferenças de lado e lutam juntos, como uma família.



É esse equilíbrio de uma saga grande épica com momentos emocionantes e pessoais que torna esse arco a melhor história do Thor de todas (e uma das minhas histórias favoritas de hqs em geral).

Então é isso! Quais são suas histórias favoritas do Thor? Sintam-se a vontade para colocar suas opiniões nos comentários abaixo.



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