Aqui Estou eu novamente, não demorou tanto quanto o retorno do Henry Cavill, mas o Máskara Cientista Político vem dar o seu ar da graça nessa reta final de eleições. Eleição um tanto quanto… recheada de exageros.
Vamos virar uma Venezuela?, Bolsonaro vai tentar um golpe ?Teremos guerra civil? (Essa parte eu até acho interessante, mas só se for parecida com a do Brian Michael Bendis). Brincadeiras à parte, nesse tempo que estive "fora" do mundo dos debates políticos das comoções sociais entre outras coisas, busquei conhecimento de diversas fontes e até me alienei de forma saudável a outras.
Me tornei um ser cético enquanto a política assim como o fez David Hume. Mas ao passo que me tornava cético enquanto política, observava sempre o crescente potencial do progresso humano, da evolução de cada indivíduo da sociedade, e notava que esses indivíduos evoluíam apesar do governo, das leis, das normas etc. Nisto pude concluir que cada indivíduo é uma potência em si mesmo, e também concluí que: essa potência é sempre e forçadamente encarcerada dentro desse indivíduo. Seja pelo Estado, pelos políticos ou pelas autoridades que de 4 em 4 anos afirmam que vão trazer o melhor de cada um para o crescimento da sociedade… Irônico.
Nas minhas andanças tive o prazer de conhecer o pensamento de Henry David Thoureau, ao qual uma das máximas trouxe para minha vida:
“O melhor governo é aquele que menos governa".
Digo mais: O melhor governo é aquele que não governa de modo algum, e quando os homens estiverem preparados esse será o tipo de governo que eles terão.
Dito tudo isso acima, vou entrar em um assunto extremamente delicado, esse assunto sim, no meio geek/nerd causa tretas maiores que qualquer eleição. Vou falar de Batman vs Superman e como de certa forma, todos somos o Superman posto no banco dos réus.
Goste ou não goste de Batman vs Superman, é inegável que o filme traz questões interessantes para qualquer debate. Para mim uma das cenas mais emblemáticas em filmes de super-heróis, é a cena onde a humanidade debate acerca do Superman, cenas com os prós e os contras da existência de um praticamente "deus'' voando pelos céus.
Sempre que vejo aquela cena e o filme em si, me vem a ideia de controle na mente, o governo dos Estados Unidos queria controlar o Superman, Lex luthor que controlar o Superman, Batman queria controlar o Superman ( pois todos queriam definir o que era o Superman, e ao tentar definir o que é algo ou alguém, você de certa forma se apropria do ser/objeto em questão).
Quando o jornalista pergunta a senadora "você diria tranquilamente para um pai em prantos: o Superman poderia ter salvo o seu filho, mas por princípios, preferimos que ele não agisse", ele apenas salienta como a divisão de "certo" e "errado" instituída pelo Estado pode ser nociva, até mesmo para o homem de aço.
O Estado enxergava potência no Superman assim como vê potência em cidadãos proeminentes, e de forma direta (como nas ditaduras) ou indiretas (como é mais comum nas democracias), trata de calar esses indivíduos, ou controlá-los.
No próprio filme "O Homem de Aço", Superman já estava destinado a ser o "libertador" das potências individuais, na cena em que Kal-el começa a descobrir sobre sua origem, vemos que ele foi a primeira criança em Krypton que não nasceu no sistema de fecundação artificial que escolhia que cada um faria na sociedade.
Pelo contrário, ele nasceu de parto normal para ter o fator de liberdade de escolha, e nesse ponto lhe é apresentado o símbolo da casa EL: "Esse símbolo significa esperança, e nessa esperança habita a crença fundamental de que cada pessoa pode ser uma força para o bem", querem algo mais anárquico que isso?
Vejam, Ainda no debate acerca do Superman em "Batman vs Superman" temos a fala de um comentarista : " talvez ele não seja alguém como o Diabo ou Jesus, talvez ele só seja alguém que está tentando fazer a coisa certa". E Afinal, ser alguém que está tentando fazer a coisa certa, não é o que nós somos todos os dias?
Todos somos supermans, potências individuais, infinitas por dentro, não vamos deixar ninguém nos convencer do contrário. Todas as mudanças começam pelo individual, quando você se sente feliz por amar alguém, você conquistou isso, quando você se sente triste por magoar ou perder alguém, você conquistou isso, quando você realiza um sonho, você conquistou isso (não foi o político, a assistência do estado, os auxílios, os impostos ou as leis).Tudo que você sente começa e termina em si mesmo, ou seja, independente de quem ganhar a eleição, não se esqueça que você é maior que todos eles.
Fecho com mais um emblemático discurso do filme amado e odiado de Zack Snyder:
"A humanidade ainda é boa, nós lutamos… matamos, traímos uns aos outros. Mas podemos reconstruir !,podemos fazer melhor, Nós vamos...Precisamos!"
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