A Bruxa: Parte 1. A Subversão

 



Coréia do Sul

2018

Cor

125 minutos

​​​​Título original ~ The Witch: Part 1. The Subversion; em Hangul: 마녀; em Romanização Revisada: Manyeo

Direção & Roteiro: Park Hoon-jung

Produção: Park Hoon-jung e Yeon Young-sik

Elenco: Kim Da-mi, Jo Min-su, Choi Woo-shik, Park Hee-soon,  Go Min-si e Choi Jung Woo

Cinematografia: Kim Young-ho e Lee Teo

Edição: Kim Chang-ju

Música: Mowg

Companhia Produtora: Gold Moon Film Production

Distribuição: Warner Bros.

Gêneros: Ficção Científica, Drama, Suspense e Ação 

Idioma: Coreano



Sinopse


A vida aparentemente normal de uma adolescente com um passado misterioso se transforma quando um grupo de estranhos aparece provocando transtornos indesejáveis.








Inomináveis Saudações a todos vós, Realistas Leitores!


Foi pesquisando por filmes para assistir via Telegram que encontrei este filme, cuja existência eu ignorava completamente por pura falta mesmo de atualização da minha parte em relação à filmes. Algo que estou agora corrigindo indo em busca de selecionar as temáticas que me agradam, como a desta película sul-coreana de 2018. Nas informações sobre o filme espalhadas pela Internet, assim como no local onde no fim da tarde à noite de hoje o assisti, ele está enquadrado no Gênero Terror, o que considero uma classificação errada que acima corrigi na Ficha Técnica dele. Fiquei aguardando as habituais condições de sequências que definissem-no como daquele Gênero, que os sul-coreanos e o Cinema do Sudeste Asiático dominam com grande autoridade, superando em tudo os ocidentais. Não se trata de um Filme de Terror este A Bruxa coreano, mas de uma salada mista agradabilíssima misturando Ficção Científica, Suspense, Drama e Ação com uma graciosidade peculiar em seu desenvolvimento bem trabalhado.


As primeiras cenas do filme já fazem um impactante anúncio do que se trata realmente o enredo deste filme. São pelo menos três minutos de slides com fotos de experiências com Seres Humanos da Antiguidade até épocas históricas mais recentes. Entre as fotos, muitas crianças vítimas das atrocidades de homens e mulheres que diziam "agir em nome da Ciência e do Progresso da Humanidade". Apareceram registros de prisioneiros dos Nazistas, as quais muitas eu já conhecia e vocês podem conferir dois textos que indico sobre o tema: O experimento nazista que raptava crianças em busca da "Raça Superior", 8 experimentos cruéis do nazista Josef Mengele em Auschwitz10 experimentos nazistas super cruéis em seres humanos e As Experiências Médicas Nazistas. O Império Japonês, durante a Segunda Guerra Mundial, também praticou crueldades em experimentos usando prisioneiros, como poderão se informar sobre em Unidade 731: O Projeto Cruel De Experimentos Humanos Do Japão Na Segunda Guerra. Textos que melhor lhes fundamentarão acerca dos objetivos do Diretor, Roteirista e Produtor Park Hoon-jung ao posicionar a temática de atrozes experimentos como esses neste filme. A Coréia foi um dos países vitimados pelo Imperialismo Japonês tendo mulheres escravizadas sexualmente levadas para diversos países conquistados e alguns de seus habitantes serviram como cobaias de cientistas japoneses. As proporções da natureza desta obra, como podem ver, são bastante profundas e caras aos coreanos até hoje.


E o incômodo que me causou o tratamento do tema no filme descrevo como uma das piores sensações que já passaram a afetar-me. Utilizadas para fins que se destinam ao desenvolvimento de Seres Humanos Aprimorados, crianças são geneticamente modificadas e treinadas para tornarem-se Assassinos de Elite com Poderes Sobre-Humanos. Coordenado pela Doutora Baek (Jo Min-su) em um laboratório secreto, a organização para a qual ela trabalha chega a um resultado máximo de suas buscas pela Perfeição Sobrehumana com uma menina de oito anos de idade (Kim Ha-na). Esta, logo após o início do filme acima descrito, é mostrada fugindo daquele, deixando para trás um amontoado de cadáveres por ela empilhados. Acreditando que ela morreria isolada na floresta para onde fugira, a Professora, como era conhecida a asquerosa e repugnante Baek (nojo imenso desta vilã, interpretada com grande talento pela atriz que lhe deu vida, sempre com um sorriso escroto no rosto e ironia nas falas), não insistiu na busca dela. Só que a criança não morreu e foi encontrada na fazenda do casal  (Choi Jung-woo e Oh Mih-he), ferida e desmemoriada, onde foi salva da morte e adotada por eles, passando a possuir o nome de Koo Ja-yoon. Dez anos se passam e a atriz Kim Da-mi dá rosto, voz e personalidade à fugitiva daquela organização já aos 18 anos. 


Aos que aguardam sempre assistir em um filme que tenha em sua descrição a palavra "Ação" muito sangue derramado de modo gratuito e enlouquecido, A Bruxa irá decepcionar bastante. Elementos de Dorama se fazem presentes no desenvolvimento da história, concentrados na relação de Koo com os pais, estando a mãe a manifestar os sinais iniciais do Mal de Alzheimer. Passando por dificuldades financeiras sérias junto com a família, ela é convencida pela única amiga dela, Do Myung-he (Go Min-Si) a participar de um Concurso de talentos em Seul a fim de concorrer a um prêmio equivalente a ₩500.000 (Wons, a Moeda Oficial Sul-Coreana, o que atualmente equivale a R$ 2.040,00 na cotação do dia). Foi durante um programa especial do Concurso que ela dez demonstração de um "talento especial" que a fez ser descoberta pelos membros do grupo do qual fugira. A Professora a reconhece e envia outros Agentes Super-Humanos contra ela, sendo o principal um dos sobreviventes do massacre que a mesma causara antes da fuga, um frio e impiedoso assassino com traços psicóticos chamado apenas de Nobleman (Choi Woo-shik). A partir daqui, então, o clima do filme cresce até um ultraviolento ápice de adorável plasticidade com sangue para todos os lados.


O Roteiro prega uma peça inesperada e surpreendente antes do sangue escorrer que me deixou maravilhado com a objetividade dentro do mesmo. Não soa como algo que destoe de todo passo anterior do filme, mas justifica e explica sem exagero narrativo muitas passagens que giraram em torno de Ja-yoon. Como eu descrevi no parágrafo anterior por alto, o ritmo do filme até o sanguinário clímax é muito lento e pode afastar a quem aguarda diversão sem compromisso descerebrada, babaca e imbecil. Hoon-jung conta uma história e o faz de uma maneira peculiar preciosamente metódica, construindo como um artesão dos mais hábeis a definição de toda a linha narrativa em uma sequência final que usa e abusa da sofisticação de cenas de batalha com personagens possuidores de Habilidades Super-Humanas.  Não é um filminho de Super-Heróis como alguns textos que li por alto pesquisando para esta minha Resenha diz, visto que os objetivos da protagonista passam muito longe de ser uma "Super-Heroína a lutar pela salvação da Humanidade". Falar nisto aqui é entregar um baita de um Spoiler e quero concluir indicando aos que assistirem este excelente filme com o qual me deparei por um acaso para prestarem atenção no trabalho de Kim Da-mi, a intérprete de Ja-yoon adulta, destaque absoluto do Elenco. Um prisma de emoções e situações ela incorpora em cena mudando naturalmente o tom da voz, a postura e o olhar, sendo uma característica sombria, por causa do que se revela no ato final da obra, o sorriso. Um sorriso que faz valer a pena dentro do balé a incorporar a natureza do Cinema Extremo Oriental na catarse imagética da ultraviolência final.


Há uma continuação do filme que estreou aos 15 de Junho deste ano de 2022 na Coréia do Sul, intitulada The Witch: Part 2. The Other One (A Bruxa: Parte 2. A Outra Única). Ao chegar por aqui, alternativamente em meios não-oficiais, o assistirei e Resenharei para o blog.


E o motivo desta Franquia ser intitulada A Bruxa naturalmente explica-se com o decorrer do filme e é algo de explodir crânios literalmente...


Saudações Inomináveis a todos vós, Realistas Leitores!































MATE COMO UMA GAROTA:
SORRIDENTE,
BELA,
IMPLACÁVEL
& FODASTICAMENTE




💀💀💀💀💀💀💀💀💀💀💀💀💀




Leia também:✒️O Mundo Inominável







Postar um comentário

0 Comentários