O politicamente correto e o assassinato da lógica...



Leandro Narloch após ser demitido da CNN Brasil Afirmou que foi vítima da cultura do cancelamento. É importante notar o contexto que precedeu sua demissão, o jornalista comentou sobre a decisão judicial que permite que homens gays doem sangue, desde de que como qualquer outra pessoa, se fizesse notar as regras, uma delas o comprometimento de que essas pessoas se fizessem sexo com mais de um parceiro com frequência ( o que no sistema é considerado comportamento promiscuo, para homens e mulheres héteros que se comprometam a doar sangue) não fizessem a doação.


Narloch disse que os homossexuais que quisessem doar não poderiam ser promíscuos, e pronto: a formula para sua demissão estava pronta (ainda que o mesmo não tenha manifestado em momento algum ser contra a opção de homossexuais doarem sangue). Depois da demissão ele disse que deveria mesmo ter escolhido melhor as palavras na hora de sua fala, porém o mesmo reiterou que falar algo que é obvio não deveria ser digno de punição, afinal tanto héteros quanto homossexuais devem seguir as mesmas regras. E é aqui que entramos na questão central: o que está acontecendo com a lógica em nossos tempos modernos? Para Stuart Mill “a lógica não é apenas conhecimento, a lógica pelo fato de se estender por todos os cantos do conhecimento é quem deveria agir como juiz, ou árbitro de todas as manifestações sociais e individuais, a lógica não se preocupa em ser a prova de algo, ela se preocupa em afirmar se isso foi achado ou não.”

O domínio da lógica nos permite entender as inferências de verdades anteriormente postas em nosso mundo (no caso do Narloch a verdade de que para se doar sangue, não se pode ter comportamento promiscuo).


A cultura do cancelamento está matando a lógica, e por isso se tornou perigosa para a liberdade de expressão e até mesmo para o fortalecimento das lutas pautadas em ideologias. Ela é um câncer, que vem matando a criatividade e o senso crítico em ambos os lados na direta e na esquerda, inicialmente era algo da esquerda, começou na esquerda essa história de cultura do cancelamento, um a espécie de “revisionismo histórico ultraradical” e em nível menor. Porém, hoje ela se estende a direta também e vem crescendo, nomes de influenciadores conservadores como Allan dos Santos e Bernardo Kuster e até Nando Moura estão sendo atacados pelo fato de terem criticado pautas e ações do governo Bolsonaro. Sobrou até para o Danilo Gentili que é um humorista e vive de fazer piadas, agora imaginem se essa gente descobre que Edmund Burke era ateu? ou se descobrem que José Bonifácio era aluno de Voltaire? Cultura do cancelamento é fuga para o éden da ignorância...




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