AL PACINO ROUBA O IRLANDÊS PARA SI – E SÓ NÃO LEVA O OSCAR PORQUE


---Brad Pitt, bem é Brad Pitt.

Giovanni Ribisi
Você já ouviu a piada sobre Giovanni Ribisi? A piada dizia que Ribisi sempre interpretava o mesmo personagem. E olha que ele foi um coadjuvante meio covarde, meio engraçado em O Mensageiro, de e com Kevin Costner; foi um coadjuvante meio covarde, meio engraçado em Mod Squad; foi um coadjuvante meio covarde e não tão engraçado em 60 Segundos, com Nicolas Cage e Angelina Jolie. 
Hoje, quem é Giovanni Ribisi, você pode perguntar--- pouca gente sabe.

Brad Pitt, por outro lado, é um astro! Tem uma carreira robusta, com alguns sucessos, indicações a prêmios e filmes consagrados, mesmo sem uma bilheteria para se escorar.

Lembro-me que, em 2003, após o sucesso de Homem-Aranha, os holofotes apontaram para filmes de super-herois. E Avi Arad, na época, o rei da cocada preta da Marvel, queria desenvolver os filmes de Capitão América e Homem de Ferro. A ideia era ter Tom Cruise como o Vingador Dourado e, adivinhe quem surgiu como provável Steve Rogers? Ele mesmo, o Pitt.
Brad, porém, rapidamente desmentiu o boato.


(Quando esses rumores surgiram, acredito que não havia essa ideia de Iniciativa Vingadores, ou seja, os personagens não se encontrariam)

Cartaz de O Sucesso A Qualquer Preço
Enfim, Pitt é o Pitt e, embora seus personagens tenham uma mesma camada, ele consegue ser indicado a prêmios e até ganhar.

Já Al Pacino--- Al Pacino é uma força da natureza! Quando entra em cena, leva tudo consigo. E quando sai, deixa o vazio. Exatamente como o seu personagem em O Irlandês, Jimmy Hoffa. 

Tem um filme estrelado por ele, com Jack Lemmon, Alan Arkin, Alec Baldwin e Kevin Spacey, chamado O Sucesso A Qualquer Preço. Filmaço, por sinal! No entanto, o filme pertence a Jack Lemmon e Alan Arkin, com uma participação espetacular de Alec Baldwin. Al Pacino apenas empresta o seu prestígio. 

Em O Irlandês é mais ou menos assim; Robert de Niro é O Irlandês. Ele está ali o tempo todo, mas quem brilha é Al Pacino.

Seu Jimmy Hoffa é tão trambiqueiro, cínico, político, envolvido até o pescoço na maracutaia; todavia, posa de santo e se diz um perseguido político, por “Boobie” Kennedy. Se você conhece um pouquinho da política brasileira, vai perceber certas nuances em Hoffa.


Keitel bem enturmado!
O Irlandês peca em dois pontos: é arrastado,principal-mente em seu final e desperdiça os talentos de Ana Paquin e Harvey Keitel. Você sente vontade de ver Keitel mais tempo em cena, interagindo com outros veteranos. 

E Ana Paquin, com apenas dois diálogos durante todo o filme.

Al Pacino viveu uma maré de filmes ruins algumas décadas atrás e, um Oscar, pode corrigir a carreira de muita gente. 
Ana Paquin

E digo mais: caso Pacino não vença, outro cara com um nível de interpretação avassalador deveria ser premiado: Christian Bale, com seu Ken Milles em Ford vs. Ferrari.
Mas quem deve levar é mesmo Brad Pitt, como um dublê de Steve Mcqueen.





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