A Metalinguagem e os segredos do universo

    Um roteirista se senta de frente para seu computador e começa a teclar sem parar,  por dentro deste fato tão banal está em jogo,  talvez, os maiores segredos do universo. Quando alguém está disposto a escrever uma história ficcional automaticamente está disposto a ser mais do que apenas uma escritor, ali surge um Deus. O Deus de todo o universo ali criado, um Deus onipresente, onipotente...
    Quando um escritor escreve uma história, tem se em mente que ele está com o futuro de milhares de pessoas em jogo, todos os personagens criados são pessoas normais seguindo com suas vidas. Ao se deitar, o escritor consegue ouvir as preces de suas criações.


     O mais interessante é que todo esse poder metafísico está a alcance de todos , basta fechar os olhos...e imaginar. Tudo proveniente de pensamentos e da imaginação existe, em outros mundos distantes, em dimensões paralelas as forças da realidade, essa teoria tem como base o pensamento platônico e o seu mundo das ideias. Pois ali tudo existe, e é onde os sonhadores criam as primeiras versões de suas histórias, que logo em seguida ganham novas versões em folhas de papel. Se os personagens expressam sentimentos e/ou pensam logo existem, logo, qual a diferença entre eles e você?
    O ápice de tal pensamento tem na metalinguagem seu epicentro cósmico, ao falar sobre uma linguagem dentro de uma linguagem mistura se o real com o falso e o falso se torna real. A perfeita representação disso se da na quebra da 4 º parede, quando um personagem tem consciência de que faz parte de um universo que por si só faz parte de outro universo. Outras grande representação disso é observável em De volta para o futuro II ,  quando é mostrado vários universos alternativos dentro do universo daquele filme e em Donnie Darko ao brincar com realidades que só existem na cabeça do protagonista, mostrando uma história criada por um personagem que está dentro de outra história(assunto para outro texto). E meu exemplo de metalinguagem favorito é o Homem Animal: Spoiler a seguir.  
     Quando Grant Morrison começa a jogar a vida de seu personagem para situações inimagináveis ele está bancando o carpinteiro do universo, mexendo com a vida de todos ali presentes e quando o Homem Animal quebra a quarta parede e percebe que é um personagem de quadrinhos( um filme bem feito levaria o Oscar) ele está de certa forma, revelando para o personagem titulo o sentido da vida e quando Grant Morrison encontra com sua criação nas paginas do mesmo quadrinho ele está revelando os segredos daquele universo criado por ele mesmo.

     Gostaria de compartilhar mais um exemplo com você que leu até aqui, se trata de um curta de minha autoria sobre a metalinguagem, assista e interprete a sua maneira, qualquer coisa, estou disponível para  bater um papo nos comentários,  obrigado.


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