Pois é, até He-Man tem seu multiverso. E essa HQ, publicada pela DC Comics, é muito divertida. Uma das mais divertidas que li nos últimos tempos, na verdade. O enredo de Tim Seeley inicia-se quando o Anti-He-Man, uma espécie de versão "Bizarro" de He-Man aparece em diferentes realidades para se apoderar das espadas dos He-Man e dos poderes de Grayskull.
Paralelamente, o príncipe Keldor, o tio do
Adam e irmão do Rei Randor do universo do Anti-He-Man, o equivalente ao
Esqueleto dos outros universos, não quer saber de responsabilidades e só se
interessa por farras. Porém, ele é recrutado pelas versões de He-Man do
universo de Dolph Lundgren, do filme Mestres dos Universo, e pelo He-Man
do joguinho de celular Android.
Os He-Men alertam Keldor para a
ameaça do Anti-He-Man, que se aproveitou do Orbe dos Horrores para viajar pelo
Multiverso e se apoderar das espadas dos He-Men, assassinando a muitos deles no
processo. O relutante Keldor é convencido por Gwildor, também do filme Mestres
do Universo, a acompanhar as versões dos He-Men de Dolph Lundgren e do
joguinho para deter o Anti-He-Man, visto que em todos os outros universos ele é
o vilão.
O roteiro simples da HQ a rigor só
serve mesmo para proporcionar referências e fanservice ao leitor. Essa
HQ é uma homenagem deliciosa a todas as versões de He-Man em todas as mídias.
Keldor e os outros He-Men encontram o He-Man da segunda série animada, de 1989,
e também a respectiva versão do Esqueleto. Também viajam até o universo do
He-Man da animação de 2002. O He-Man do desenho da Filmation? Eles também
encontram essa versão clássica. O confronto de Keldor com os He-Men contra o
Anti-He-Man inclusive desemboca no universo do He-Man dos minicomics que
vinham com os bonecos, a versão original do personagem.
E se você acha que já há He-Men demais, ao final da HQ surge uma nova versão do He-Man. Um He-Man nasce e alguns He-Men morrem, como em um ciclo, mas duvido que você sabia que existiam tanto He-Men assim.
Quem não tem muito background a respeito do personagem nas diversas mídias de que faz parte pode ficar meio perdido, mas nada que prejudique muito a compreensão. Os competentes desenhos de Dan Draga e Tom Derenick garantem a imersão do leitor. Apesar de tanta história com multiversos ter cansado, essa é uma das poucas que vale a pena ler. Nota 8 de 10.
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