Os Desafios de Ultraman - Review

 


Não é segredo que a Marvel anda uma porcaria há anos, mas não é que Ultraman talvez seja um dos melhores gibis da editora nos últimos tempos? É diversão garantida. Esse Os Desafios de Ultraman, segundo volume das histórias do Ultraman pela Marvel e sequência de A Ascensão de Ultraman, a respeito da qual já escrevi um review neste blog.

https://ozymandiasrealista.blogspot.com/2022/03/a-ascensao-de-ultraman-review.html



Neste volume, a PCU, a organização da qual Shin Hayata é membro, deixa de ser segredo de Estado e é exposta à opinião pública. Como se desgraça pouca fosse bobagem, o pai de Hayata descobre que seu filho é o Ultraman, e isso terá repercussões não muito boas para o herói. Além disso, Dan Moroboshi, o Ultraseven, reaparece na Austrália depois de décadas desaparecido e sem ter envelhecido, aparentemente. Isso causa estranheza para Hayata e seus amigos da PCU, que têm como missão resgatar Moroboshi de uns criminosos. E Moroboshi tem seus segredos, que também não parecem ser coisa boa.


Ao mesmo tempo, uns kaijus mecânicos começam a aparecer, o que sem dúvida é outro mistério a ser desvendado. Além disso, Hayata e os membros da PCU também devem investigar as atividades do professor Nikaido na Islândia, quando outro monstro clássico de Ultraman surge, Zumbular, o Inferno Andante.

 


Ao final da HQ, Moroboshi enfim revela sua verdadeira intenção, que não é nada muito auspicioso para Hayata e o Ultraman, mas finalmente temos o retorno de Ultraseven, o segundo irmão Ultra. Ele é amigo ou aliado? Eis a questão.

Outra HQ com muita referência e muito fanservice, que respeita o background de Ultraman. Apesar da narrativa ocidentalizada, Kyle Higgins e Mat Groom escrevem uma boa história, e os desenhos de Francesco Manna são muito competentes e agradáveis de ver, sendo um tanto "mangalizados", até mesmo porque é um gibi do Ultraman e há uma homenagem oriental na estética. O que talvez incomode o fã mais tradicional de Ultraman seja Hayata ter sido rejuvenescido e agora ser um jovem adulto de 20 anos, mas isso certamente é para conectar o personagem com as gerações mais novas. Kiki, a namorada de Hataya, se assemelha mais a uma ocidental “empoderada”, bem diferente da versão original, mas isso dificilmente poderia ser diferente hoje em dia. Entretanto, nenhum desses elementos estragam a experiência de leitura e o entretenimento. Nota 7,5 de 10.

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