Precisamos de um PACIFICADOR? SIM!


Antes de assistir O Esquadrão Suicida eu já tinha lido uma notícia sobre uma futura série do Pacificador pelo HBO Max, aí durante o filme eu o vejo ser baleado e ficar preso nos escombros de um prédio. Na minha cabeça ficou o “Como assim?” e veio a cena pós-créditos mostrando o personagem internado no hospital e os agentes indo visita-lo dizendo que o mundo iria precisar dele novamente.

Fiquei com a sensação de ‘Forçaram a barra’ e ‘Para! O cara morreu!’, mas é de James Gunn que estamos falando! O cara que fez do Tubarão-Rei o personagem MAIS DIVERTIDO de Esquadrão Suicida, partindo daí tudo seria possível até chegarmos a janeiro de 2022 e uma das séries de herói mais louca e divertida que já vi na vida fazer uma estreia alucinada no HBO Max.

Depois de shows como The Flash, Gotham, Superman & Lois, Arrow e etecetera tornarem os heróis DC mais caricatos para os tempos atuais chegou O Pacificador mandando tudo pelos ares e mandou muito bem por sinal! Vemos o que houve com o personagem após a saída do hospital, como ele foi contatado por uma equipe secreta do governo para combater uma ameaça à segurança mundial denominada de “Borboleta”, o nome soa bobo para um inimigo da humanidade, só que a série mostra que é definitivamente perigoso e que pode nos erradicar levando ao nosso fim.

 

Inicialmente não revelam tudo ao Pacificador, apenas deixam-no ciente que é a única chance de acabar com o inimigo e os agentes o colocam no caminho para agir, parece que recrutaram o Hulk: só mostra onde tem que esmagar e solta ele! Só que Christopher Smith, nosso herói, não é um gigante verde descontrolado, ele tem sentimentos e inteligência, de vez em quando derrapa, mas nisso está boa parte da diversão da série.

O Pacificador foi criado em 1966 na editora Charlton Comics em uma série que durou pouco mais de quarenta edições, a DC comprou os direitos do personagem anos depois e o evento Crise (1986) trouxe-o de volta aos holofotes se tornando um personagem de aparição e qualidade irregulares. O filme do Esquadrão Suicida fez dele um dos mais populares e Gunn teve a ideia da série durante as filmagens, possivelmente ele teria morrido na luta contra o Sanguinário, aí Gunn entrou na parada e mudou seu destino, para muito melhor.



A série tem uma qualidade muito alta em termos de efeitos e personagens, fica claro que James Gunn não brinca em serviço, prova disto é a abertura fodástica! Aquela coreografia ao som de “Do Ya Wanna Taste It” da banda Wig Wam´s é sensacional, quando você imaginou ver uma abertura daquelas em uma série de heróis? Nunca meu caro! Tem duas aberturas que eu nunca pulo: das séries Star Wars e essa, um espetáculo e que já dá o clima de porralouquice do episódio.


E temos personagens sinistros como o próprio pai do Pacificador, o cult  no papel do vilão Dragão Branco, sujeito xenófobo, racista, machista e todo tipo de ‘ista’ que é politicamente incorreto nos tempos atuais. Temos O Vigilante interpretado pelo Freddie Stroma, que fez um aluno sebento de Hogwarts na série Harry Potter e aqui interpreta Adrian Chase, essa é a minha única discordância com a série de Gunn: O Vigilante de Chase foi um cara barra-pesada, problemático e violento que se suicidou, aqui virou um Robin alucinado pelo Pacificador, único ponto baixo, mas se você esquecer esse fato o personagem fica divertido.



E aquela águia do Pacificador? Ela rouba o show sempre que aparece! Até eu fiquei com vontade de ter uma como animal de estimação. O animal é todo em CGI, Gunn até tentou usar uma de verdade, mas o diretor disse que o animal ficou incomodado demais no set de filmagem. E imaginem o problema se o animal decide agarrar alguém e machucar? Elas não são de brincadeira na vida real e um ator gravemente ferido renderia muito problema.

E como não elogiar o canastrão total John Cena como O Pacificador? Ele vestiu a camisa do personagem, parece que foi feito para alguém como ele onde tem momentos em que você quer dar um soco na cara dele e outros queremos sentar em uma mesa de bar e rir muito das insanidades que ele dispara, mesmo assim o personagem carrega um trauma trágico do passado envolvendo seu pai e seu irmão que ainda não foi totalmente explorado, certamente a verdade virá à tona nos episódios finais.


Todo o resto da equipe é muito bom e dá para notar que eles se divertem com a série, eu viveria rindo se trabalhasse com eles! Atualmente a série está perto de encerrar a temporada, espero que não demore muito para confirmar uma próxima, é diversão total e vale a pena assistir. Valeu Gunn!
 


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