CRITICA: "A MULHER NA JANELA" - MAIS UM SUSPENSE 'DESCARTÁVEL' E 'ESQUECÍVEL' DA NETFLIX!!

 



NETFLIX  mais uma vez investe em uma adaptação de livros, Desta vez do   'aclamado autor A. J. Finn'"A MULHER NA JANELA". Durante um bom tempo criou grande expectativa ao redor do filme, colocando como protagonista a atriz AMY ADAMS. Lançamento feito, apresentamos nossa opinião, porém com base apenas no filme, sem comparações com o livro  ....


Este é um daqueles lançamentos da NETFLIX que vem antecipado por intensa campanha de divulgação. Apresentaram-se teaser trailers, primeiro trailer, trailer final, etc. Mas, confesso que o trailer definitivo já deixa uma sensação de que o filme não corresponderá as expectativas levantadas...


Li alguns comentários de pessoas que leram ou estão lendo o livro, que trata-se de um bom livro e que até estranham as opiniões negativas sobre o filme baseado nele. Não li o livro, não posso afirmar o que foi mudado ou se alguma coisa foi mudada, mas tenho de concordar com as criticas feitas. 


O filme, em seu inicio lembra e muito (parecendo ser na realidade uma nova versão) o filme "A JANELA INDISCRETA", do mestre ALFRED HITCHCOOK porém desprovido de seu charme... e suspense. 


"A Mulher na Janela" gira em torno da psicóloga infantil Anna Fox (Amy Adams), que sofre de um distúrbio de agorafobia cuja causa só nos é explicada na parte final do filme. Como em "A Janela Indiscreta", a personagem principal gasta seu tempo olhando o que se passa na vida dos vizinhos.


A Dra. Anna alega que é casada e que esta separada do marido, que mantem em sua guarda a filha dos dois. Como é bastante comum nos EUA, Anna alugou o porão de sua casa para um inquilino, David Winter (Wyatt Russel, o ex-novo Capitão América agora Agente Americano).




Para que a história aconteça, muda-se para a casa da frente a família Russel, composta pelo pai Alistair (Gary Oldman), Jane (Jennifer Jason Leigh, que não reconheci) e o adolescente Ethan (Fred Hechinger). Claro que Anna começa imediatamente a vigiar os novos moradores.  




Vivendo a vida dos outros, Anna acaba concluindo que Alistair é um homem violento que abusa fisicamente da esposa e do filho. Isto porque ela tem contato com Ethan e com uma suposta Jane (Julianne Moore, que infelizmente repete o mesmo papel de desequilibrada de sempre). 




Sempre desconfiada de Alistair, Anna vigia constantemente a casa até que um dia ela ve Jane (a suposta) sendo assassinada...Como isto acontece no meio do filme, não é difícil para ninguém saber o que acontece. Ela chama a policia e acaba sendo taxada de louca, pois a suposta vitima esta bem ali na sua frente! Sendo que não é a mesma pessoa que conheceu! 


(Juro que não reconheci Jennifer Jason Leigh)




Faltou dizer que Anna sofre de um trauma que custamos a descobrir o que é (somente depois do meio do filme é que temos a 'revelação bombástica')! Assim, ele bebe o tempo todo, além de consumir inúmeros comprimidos contra ansiedade, depressão, melancolia e sabe-se mais o que! Ou seja: isto faz com que sua credibilidade seja zero! 


O maior problema do filme é ser absolutamente confuso, como o diretor quis manter para a parte final todas as revelações, o estado mental de Anna em vez de provocar empatia, acaba irritando o expectador. Além disto algumas coisas são absolutamente previsíveis! 


Durante a década de 80 e 90, uma das características de filmes que traziam assassinatos era jogar a desconfiança de quem assistia em personagens propositalmente dúbios. O assassino era geralmente aquele que menos aparecia (ou o que dava apoio a vitima ou a pessoa injustamente acusada).


O diretor Joe Wright preferiu seguir este caminho, enquanto se assiste o filme, ele faz com que as reações de Alistair (Oldman) e David (Russel) se tornem  extremas e sem  a menor explicação. Do meio do filme para lá, é a hora das revelações: temos o assassinato (ou não?); temos os policiais duvidando de Anna  e revelando a origem de seu trauma; a descoberta de que a Jane assassinada não era a Jane, esposa de Alistair; revelações sobre o passado de David...




Na parte final, há finalmente o conflito entre Anna e o assassino. Mas nada, nem as revelações nem o confronto, causa alguma reação mais forte no telespectador. É tudo muito frio e sem algo verdadeiramente surpreendente. A explicação das motivações são ainda mais vazias do que o filme em si! 


Claro, que muitos irão gostar do filme. Nem vou me surpreender se o filme estiver no "Top 10" dos mais assistidos e em primeiro lugar!! Porém, todo aquele que for um pouco mais exigente em matéria de enredo, não terá a mesma opinião. Não verá o filme como um bom exemplar de suspense ou mesmo drama...E se o filme chegar ao primeiro lugar dos mais procurados, provará mais uma vez que a lista da NETFLIX não reflete a verdade ou a qualidade do que apresenta. 






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