Kaiju no. 8 Um manga sem pressa nenhuma, mas que conta o que precisa contar

 


Esse é um manga da Shonen Jump, do seu catalogo online (jump plus) escrito por Naoya Matsumoto, que nos últimos tempos vem ganhando certa repercussão em meio aos ávidos leitores de mangás em lançamentos que se aventuram em histórias desconhecidas em prol de algo novo nesse nicho saturado de isekais malucos, porém esse manga não é um isekai maluco que faz você brochar lendo. Muito pelo contrário é uma obra que chegou marcando gol de bicicleta.

É muito confuso dividir tudo que quero falar em um grande post ( não tão grande assim) sem marcação alguma; sou novo nisso, por mais que a vontade seja de tempos atrás, então vou buscar não deixar tudo confuso.

Enredo


 

Num mundo que sofre ataque de Kaijus como sofremos de pernilongos, um homem de 32 anos bem infeliz com sua atual situação trabalha humildemente como limpador de destroços de Kaijus espalhados por ai, já conformado com o fato de nunca mais poder realizar seu sonho por ser muito velho.

Kafka Hibino acaba conhecendo um dia um cara por volta dos dezenoves anos (Leno Ichikawa) que o questiona do porquê de ter desistido do seu sonho de virar um agente da tropa de defesa do Japão, visando que ele também quer ser um soldado da tropa. Kafka diz que já é velho e que não tem mais como realizar seu sonho de infância e diz que quando Leno envelhecesse mais entenderia, mas o garoto fala que nunca vai desistir do sonho dele e que preferia nunca entender isso.

A relação deles fica num vai e volta engraçado de provocação e admiração.

No trabalho os dois são atacados por um kaiju auxiliar, um Kaiju parasita que fica no corpo do Kaiju principal (diga-se de passagem o mundo desse manga tende a ser muito interessante logo de cara com coisas que se assemelham muito ao nosso e com coisas que vão além).

Os dois têm um diálogo interessante e iluminador para nosso protagonista e nesse momento o Kaiju ataca eles, realmente pegando o leitor de surpresa, mas Kafka salva o garoto mesmo correndo risco de morrer por isso. O velho clichê de salvar o mais novo para realizar o sonho que não conseguiu, mas é interessante já que ele não faz bulhufas nenhuma, e mostra o porquê de sua motivação, algo que até soa fofo.

Ele na infância fez um acordo com uma amiga que iriam entrar na tropa de defesa do Japão e o pequeno casal veria quem seria o membro mais maneiro da tropa, desde então ele lutou pra entrar mesmo nunca conseguindo. Acabou ficando muito velho e perdendo o tempo de realizar seu sonho por causa da idade, coisa que muda pela queda da natalidade, e como eu havia dito, ele não fez nada, só apanhou do Kaiju e claro, Leno volta para apanhar também (não podia faltar isso). E nesse processo os dois são salvos pela famosa líder da tropa de defesa do Japão: Mina Ashiro, a sua fuck amiga de infância.

Daqui as coisas acontecem voando, mas no capitulo um mesmo uma coisa muda tudo. No hospital, sendo tratado dos ferimentos da última treta com o Kaiju sem mais sem menos um bicho estranho entra na boca do Kafka e ele instantaneamente vira um Kaiju.

  Muita coisa acontece dai em diante que vale a pena descobrir por si só e no geral resumi bem resumido o inicio da história: o capítulo um.

Personagens

 

Tem muitos, muitos mesmo, mas destaque para o protagonista e seu amigo Leno que juntos criam tiradas ótimas de humor numa forma bem natural onde a relação deles começa de um jeito e vai ficando de outro, que também cerca a maioria dos personagens com quem Kafka conhece e se relaciona. A chefe da tropa e os intrigantes dela vão também recebendo aos poucos seus devidos desenvolvimentos, mas a histórias segue de forma lenta e não parece se afobar em nenhum momento mesmo com muita ação, tiros e destruição no melhor estilo Michael Bay. A história vai apresentando cada um de forma orgânica e os encaixa bem, mas por ter pouco menos de trinta capítulos é difícil saber o que será de cada um. Diga-se de passagem, a história tem um humor muito bom e mesmo que aparente a principio uma história mais dark fica claro que NÃO conforme você lê, onde acaba rindo muito.

  Mesmo que bem humorada nas horas de tensão passa o perigo real com mestria, os personagens carismáticos torna-os fácil de simpatizar e como os perigos enfrentados nunca são fáceis tem horas que você quase salta da cadeira de ansiedade. Momentos de tensão são tensos e a maioria das piadas funciona, caso você seja um pouco mais ranzinza e mais velho talvez soe uma coisa ou outra besta, mas quase tudo funciona.

Conclusão

 

A arte é muito boa, bem refinada e limpinha. Não esbanja detalhes, mas é boa. A história é um feijão com arroz bem misturado que da um ótimo prato e por mais que não inove em nada é boa no que conta, é plausível e divertida. Fácil, um ótimo entretenimento! Leitura muito suave e com personagens realmente memoráveis acaba sendo difícil desgostar da obra, que realmente entretém.

  Se você busca algo novo para ler ou mais do mesmo acho que lendo Kaiju N. 8 terá os dois.

  A obra ainda está em lançamento e não tem oficialmente no Brasil, mas tem no próprio site da jump e outros meios conhecidos aqui por nos meros mortais que queremos o que não temos.

  Por fim é isso, leiam e deixem sua opinião do que acharam do manga, alertando que esse post foi  mais uma recomendação do que review.

  Deem seu feedack, já que esse é meu primeiro post. Quero melhorar e o que melhora são as criticas, deixem no comentário se já leram ou se pretendem dar uma chance ao não muito heroico Kaiju número 8.

  Obrigado por ler.



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