FANFIC: Flash: O homem mais rápido do mundo - PARTE 8




Capitulo 7  Tempo esgotado
Mesmo com o peso das rochas sendo sentido em suas costas, Barry ainda tentava se soltar entre os escombros. Depois de se arrastar de um lado para o outro, sem encontrar uma saída sequer, Barry teria uma ideia. Após respirar para acalmar seu corpo, ele fecharia seus olhos e começaria a vibrar em super velocidade. A cada movimento ele ia sentindo o peso dos escombros sumirem. Sua velocidade teria feito ele vibrar suas moléculas através das rochas sólidas. Desse modo, Barry conseguiria sair da pilha de pedras, finalmente se soltando.
Sem esperar um segundo, Barry se levanta e corre pela cidade, tentando pensar em como poderá resgatar Jay. Ele está muito desesperado, se culpando por ter falhado em salvar seu ídolo. Mal consegue imaginar o que ele deve estar passando nas mãos de Grodd, suspeitando que o vilão deve tê-lo sequestrado para ajudar na finalização do portal do tempo.
Depois de passar minutos rondando a cidade sem sucesso, Barry voltaria para o seu laboratório, onde procuraria os arquivos dos crimes cometidos pela Galeria. Ele daria uma lida em todos eles, buscando uma pista do paradeiro dos vilões. Uma grande raiva toma conta de Barry quando lê até a ultima página dos arquivos, não encontrando nenhuma informação valiosa. Nenhuma pista sequer. Frustrado, Barry joga os arquivos no chão. Ele não tem ideia do que fazer. Se algo acontecer com Jay... Se Grodd conseguir atingir o objetivo, Barry vai carregar a culpa por tudo.



Nessa hora ele escuta umas batidas na porta. Ao se virar para atender, Barry vê Íris entrando no laboratório.
- Oi, tudo bem? - diria Íris, que repararia que há algo estranho no Barry - Você parece cansado.
- Tá... tudo ótimo Íris - disse Barry, passando a mão no seu cabelo e ajeitando suas roupas, tentando esconder sua preocupação - Não esperava você aqui.
- A gente ia jantar hoje, não tá lembrado?
- Não vai dar Íris. No momento tô ocupado.
.- Mais um caso? - disse Íris, que estaria olhando pegando os arquivos no chão - Qual? No que você está...
Rapidamente, Barry tira as folhas da mão de Íris e guarda no armário.
- Isso é confidencial.
- Tá legal. O que está acontecendo com você?
Barry soltou um breve suspiro e tentou pensar em alguma explicação
- É que... eu tô no meio de um grande caso. Um que eu não posso falhar. Desculpa mas não vai dar pra jantarmos hoje?
- Talvez eu possa ajudar. Qual o caso
- Não é só um caso Íris... são todos eles. Todos esses crimes na cidade. Eu tenho que arrumar uma forma de resolver tudo isso. Impedir que eles aconteçam.
- Não dá pra resolver todos os problemas da cidade completamente Barry. Ninguém pode controlar o futuro. Pare de se culpar por tudo de ruim que acontece no caminho e...
- Queria ser capaz disso
- Você não é assim Barry. O que...
Barry voltou sua atenção para Íris, que andou em direção ao quadro de investigações. Ela tiraria uma das fotos.
- Isso tem haver com a morte de sua mãe? - perguntou Íris mostrando a foto que tirou do quadro.
- O que... o que você sabe sobre minha mãe?
- Li sobre ela nos registros policiais, mas não são suas próprias palavras. Quer conversa sobre aconteceu?
- Pra quê Íris? - respondeu Barry frustrado - pra você escrever um artigo sobre isso?
Triste com a rejeição de Barry, Íris e se dirigiu a saída.
- Tchau, Barry.
Barry nem respondeu e Íris já ia saindo, quando ela parou na porta e se virou para ele
- Eu realmente achei que poderíamos ter um futuro juntos. Eu acho que me enganei.
Antes que ela deixe o laboratório, ela escuta um som que impede sua saida.
- ÍRIS, ESPERA...- era Barry, que se voltou sua atenção Íris. - Apenas fique.
Íris se aproximou de Barry, que deu umas leves respiradas, estando bastante nervoso com oque ia falar. - Desculpe... eu não sou muito bom nisso, eu... Quando minha mãe foi morta eu jurei que limpar o nome do meu pai. Foi uma promessa que eu nunca consegui. Desde então tenho tentando ajudar os outros, sempre temendo qual será a próxima pessoa que irei decepcionar com falsas esperanças... Sou idiota ingênuo
- Cala boca - protestou Íris - Você legal...gentil e... sempre tenta dar seu melhor para ajuda as pessoas. Eu vi isso varias vezes. Sei que o futuro pode ser assustador e é normal ficar apavorado com oque pode dar errado. Também fico com medo. Mas para se ter um futuro é preciso confrontar aquilo que está te atrasando. Confie nos outros.
Lentamente Íris segurou a mão de Barry. - Se abra comigo.
Barry sentiu resistência em atender o pedido da Íris, mas ele não podia mais guarda aquilo. Ele precisava de ajuda e não deixaria o medo atrapalhar dessa vez.


- Eu... tô trabalhando no caso da Galeria de vilões. Eles sequestraram um conhecido meu. Quero ajuda-lo porém não sei por onde começar.
- Eu acho que posso ter a resposta - disse Íris que começou a vasculhar sua bolsa, pegando uma foto de um homem moreno, com olhos azuis e uma barba cerrada. - Reconhece o rosto?
Barry olhou atentamente a foto, tendo uma dificuldade de identificar o sujeito, porém ao observar direito, ele imaginou uns óculos na imagem, reconhecendo o individuo.
- É o Capitão Frio.
- Leonard Snart para ser mais exato. Um ladrão de joias. Parece que ele deixou sua gangue quando alguém fez uma "oferta de emprego" melhor.
- Como conseguiu essa foto?
- Eu tenho minhas fontes. Ia te falar sobre essa foto no jantar de hoje. De acordo com uma delas, parece que Snart tem marcado uns encontros com uns colegas no velho centro de pesquisa nos arredores da cidade.
- Isso  poderia ser a localização do esconderijo deles.
- É uma possibilidade, se bem que não tenho provas. Ia falar sobre isso no nosso jantar pra ver se você poderia...- antes que Íris termine a frase, ela percebe que está sozinha no laboratório - Barry?
Saindo da departamento de policia em super velocidade, Barry coloca seu anel e pressiona um botão, liberando do pequeno objeto o seu uniforme. Em um segundo ele veste seu uniforme, e segue para o centro de pesquisa. Sem perder um minuto, Barry entra pela porta da frente, não vendo ninguém na recepção, concluindo que a pista de Íris estava certa.


Ele se dirigiu ao grande hall onde ele para a ver uma roda gigante e dentro dela estava Jay, sendo forçado a correr como se fosse um hamster.
- Jay!
Ao ouvir seu nome Jay vira seu rosto e  vê Barry se aproximando para ajuda-lo. Notando o movimento dos lábios do seu ídolo, Barry percebe que ele está tentando dizer alguma coisa, porém a roda é feita de um material a prova de som.
- Minha nossa - diria Barry observando a roda, procurando uma forma de liberta o Jay - Grodd tornou você num gera...
-... Um gerador de Força da Aceleração - diria uma voz vinda do fundo da sala. Ao se virar Barry vê Gorila Grodd em frente a um grande arco de metal ligando a inúmeros painéis, deduzindo ser o portal do tempo que o gorila esteve trabalhando.
- Impressionante não acha? - diria Grodd - Por meses a unica coisa que tem me impedido de completar meu portal era a ausência de energia da Força de Aceleração. Bastou me reencontrar com um velho inimigo que eu acharia a chave para obter a peça final para completar algo que apenas um gênio como eu seria capaz de fazer.



- Algo que irá destruir todos nós, incluindo você.
- É um risco, mas que vale tomar - diria Grodd - Você não faria o mesmo?
Embora não tenha respondido, Barry  ficaria intrigado com a pergunta de Grodd.
- Sim. Posso não ser capaz de controla-lo porém pude sentir seus pensamentos. Suas memórias. Suas tragédias. Você também sofreu algo no passado. Algo que desejaria que nunca tivesse acontecido.
Ainda se recusando a responder, Barry sabia que Grodd não estava errado sobre ele. Desde que descobriu sobre a Força da Aceleração e viagens no tempo, uma das primeiras coisas que veio em mente seria a possibilidade de poder salvar sua mãe e restaurar a vida que ele teve com sua família.
- Estamos todos buscando criar um passado melhor para nós.- continuou Grodd - Esse portal é minha chance para isso. Pode também uma chance para você.
Por um breve momento, Barry refletiu sobre a oferta de Grodd, pensando em ter a chance de salvar sua mãe, de se reunir com ela e seu pai. Porém decidiu não se deixa levar pela tentação.
- Uma oferta interessante, mas eu discordo totalmente.
- Que pena - responderia Grodd, ainda confiante. De trás de cada coluna da sala sairia os membros da Galeria, mais uma vez cercando o herói. Sem pensar um segundo, Onda Térmica dispararia suas chamas no Flash, que rapidamente desvia do ataque e começa a correr, com os outros vilões também tentando acertá-lo. O Capitão Frio chegou até disparar no chão fazendo uma pista de gelo para o Barry. Por sorte, o jovem rapaz conseguiu recuperar o equilíbrio  e, como um patinador, ele se aproveitou da falta de atrito para alcançar seu oponente, derrubando ele com uma rasteira.


Então ele cercou os outros criminosos, correndo em círculos ao redor deles, vibrando enquanto corria, criando uma miragem para confundi-los. Ao perceber uma abertura entre os vilões, Barry agiu e acertou o Mestre dos Espelhos com um soco, seguindo depois com outro golpe no Onda Térmica, empurrando ele para o lado, para depois acerta o Mago do Tempo com soco. Ao tentar contra atacar com seu lança chamas, Onda Térmica dispara contra Flash, que rapidamente se abaixa, fazendo o raio atingir a roda, derretendo suas paredes.


Antes que Barry pudesse correr de novo, o Mago Tempo usou sua varinha para conjurar o ciclone. Incapaz de se mover, Barry sentiu seus pés sendo erguidos pelo vendaval, ficando flutuando em pleno ar, estando vulnerável ao ataque dos criminosos. De repente, a varinha do Mago desaparece de sua mão. Quando ele olha para trás, ele é nocauteado por Jay Garrick, não estando mais preso a roda. Logo Barry sente o ciclone desaparecendo e cai de pé no chão.
- Por que demorou tanto? - disse Jay, ajudando Barry a se levantar
- Estava preso no trânsito - diria Barry, feliz por ter ajudado seu herói.
- Bem, nesse caso...- antes que Jay complete a frase, os dois velocista  desviam do raio de gelo do Capitão Frio, que se reune com o Onda Térmica e o Mestre dos Espelhos, ambos disparando nos dois flashes, que também desviam dos raios.
-3 vilões armados e somos apenas dois. Que desvantagem. - disse Jay.
- Verdade... pra eles -respondeu Barry, que começou a correr em direção aos vilões, seguido de Jay. Ambos andando em zigue zague, confundindo a mira dos vilões.


Enquanto Barry distrai o Onda Térmica, Jay se lembra de um velho truque e usa seu elmo como um bumerangue, desarmando o incendiário, que por sua vez é nocauteado por Barry. Quando desvia dos raios de luz do Mestre dos Espelhos, Barry sente um frio nas pernas, indicando que ele foi atingido pelo Capitão Frio. Com sua perna esquerda congelada, Barry cai de costas no chão, vendo Snart se aproximando.
- Parece que você andou em gelo seco - disse Snart, apontando sua arma, preste a disparar em Barry.
Antes que o tiro seja dado, Jay aparece na frente de Barry, tendo em suas mãos uma mangueira de incêndio. Ele lança um jato de agua , repelindo o raio de gelo de Snart, congelando seu corpo
Conforme Barry vibra seu corpo para descongelar sua perna, Jay confronta Mestre dos Espelhos, que joga pequenos espelhos de bolsa no chão.
- Para que fazer isso? Me fazer ter 7 anos de azar? - disse Jay.
- Não, mas vai mexer muito com sua mente. - disse o Mestre dos espelhos, com um sorriso confiante, como se tivesse encurralado o velho flash numa armadilha.
Jay tentaria atacar o inimigo, apenas para seu punho passar por ele, como se tivesse atacado um fantasma. Ao olhar de volta para ele, Jay se espanta ao ver milhares de Mestre dos Espelhos, suspeitando isso ser uma ilusão produzida pelos espelhos no chão.
- Tente me achar, se puder. - desafiou o criminoso.
Tentando pensar numa estratégia, Jay olhou para Barry, já se levantando. O cientista sorriria para Jay, que embora estranhando no inicio, entenderia a reação e responderia com um sorriso também. Em uma fração de segundo, Jay e Barry começam a atacar as copias do Mestre dos Espelhos, uma por uma, tudo em super velocidade. Quando se encontram, eles começam a correr lado a lado em linha reta, acertando as ultimas copias do Mestre dos Espelhos, até que Barry finalmente acerta o verdadeiro com um soco. Em seguida, Jay também dá um soco no vilão ilusionista, bem no queixo,  jogando ele no chão.
Vendo um espelho a sua frente, o Mestre dos Espelhos tenta fugir através do objeto. Jay tenta alcança-lo, porém Barry o impede. Ele rapidamente deixa o local e retorna, trazendo consigo outro espelho. Quando o Mestre dos Espelhos entra no espelho, Barry coloca o objeto que trouxe na frente do outro, fazendo o Mestre dos Espelho voltar e entrar no outro espelho. Barry então coloca mais dois espelhos, formando um circulo onde o Mestre dos Espelhos não consegue escapar. Não importa o espelho que escolha, ele acaba voltando para o mesmo local.
- O que - disse o Mestre dos Espelhos frustrado, antes de atravessar mais um espelho.
- Esse é o "efeito Droste" - explicou Barry  - É um loop infinito reflexivo. Nem mesmo você consegue escapar.


- Muito impressionante - expressou Jay.
Após verem todos os membros da Galeria derrotados, os velocistas procuram por Grodd, vendo ele montado em moto flutuante, que nem as que o Barry viu em Gorila City. Ao virar seu rosto, Grodd vê seus capangas no chão com os dois velocistas reunidos. Fica claro por sua expressão de desaprovação que ele não ficou satisfeito com o fracasso da Galeria em eliminar os Flash.
- Acabou, Grodd. - declarou Jay, tendo certeza que venceram o gorila criminoso
- Verdade - concordou Grodd, oque causou estranheza em Jay e Barry - e infelizmente vocês chegaram tarde.
Ao pressionar um botão, os painéis da máquina ligaram e o grande arco de metal começou a liberar faíscas. Ao colidirem, os raios explodiram formando um circulo de luz. Grodd conseguiu abrir portal do tempo. Mesmo Jay tendo conseguido se liberta da roda, ela tinha passado energia o bastante para o portal funcionar.
Sem pensar por um segundo, Barry e Jay correriam em direção a Grodd, porém ao cruzarem a sala, eles começam a se sentir lentos, pesados. Barry imediatamente reconheceu a sensação e ao olhar para os lados, percebeu dispositivos que liberavam energia inércia que nem a armadura do Tartaruga. Esses dispositivos formaram uma barreira que está paralisando os velocistas.
- Não esperavam que eu dependeria apenas de humanos inferiores. - disse Grodd,  montado na sua moto flutuante, posicionando ela em direção ao portal.
Mesmo com a energia reduzindo a velocidade deles, Jay e Barry não paravam, tentando ao máximo correrem para alcançar o gorila. Enquanto Jay se esforçava, Barry teria uma ideia : tentando vibrar ao máximo seu corpo ele começaria a produzir uma aura de energia numa frequência parecida com a da energia inercia, fazendo ambas forças se repelirem. Vendo a ação de seu sucessor, Jay seguiria seu exemplo e também tentaria vibrar.
- Minhas desculpas pela partida, Flash, mas nos veremos em breve - disse Grodd antes de partir em sua moto em direção ao portal.
Justo nessa hora, Barry começa a sentir seu corpo ficar leve, podendo se movimentar de novo. Ele tenta correr para alcançar Grodd, que já estaria passando pelo arco, desaparecendo em sua luz. Na hora que Barry está chegando no portal, a luz desaparece, e tudo que ele tem em sua frente é uma parede. Confuso, Barry se vira para Jay, que já teria saído da barreira. Até mesmo ele não esconde em seu rosto o abalo que sente.
- Chegamos tarde! - disse Jay arrasado.
Barry voltou sua atenção para o portal, pensando no fato dele ter quase conseguido e temendo imaginar oque Grodd estaria fazendo no passado. Só de pensar no fato que ele falhou fazia seu sangue ferver. Seus punhos tremiam conforme Barry respirava, tentando controlar sua raiva e frustração. Após se acalmar, ele volta sua atenção para Jay.
- E agora?
Antes que a pergunta seja respondida, ouve-se um som de trovão vindo do lado de fora. Ambos velocistas estranham esse fenômeno, visto que o céu estava claro, sem previsão nenhuma de tempestade. De repente as lâmpadas do centro começam a piscar, até que se apagam. Os dois saem do prédio, e vão até o estacionamento, notando toda cidade perdendo energia, sendo coberta pela escuridão profunda do céu nublado, cheio de nuvens escuras como carvão. De repente, cai um relâmpago nos arredores da cidade, seguido por outro que cai na parte oeste, e outros vão caindo também. Observando a tempestade, os dois flashes sentem um vendaval e percebem que as nuvens estão sendo sugadas por um mesmo ponto. Conforme o vento sopra, as nuvens o seguem começando a girar, cada vez mais rápido, parecendo um redemoinho. Os dois então o céu se transformar num grande buraco negro.


- É uma singularidade quântica - disse Barry horrorizado.
Em sua mente, lhe ocorreu um pensamento fazendo perceber oque estava acontecendo. "aquele macaco idiota" ele pensou. Como Grodd alterou o passado ele criou uma sequência de paradoxos temporais na linha temporal, como rachaduras numa vidraça. Se isso continuar, causará uma reação em cadeia que poderá destruir toda a realidade. 
Desesperado, Barry se voltou para Jay.
- O que faremos?
- Só existe uma forma de parar essa singularidade - disse Jay - Nós precisamos...
Antes que pudesse responder, Jay sentiu uma dor insuportável no peito. Mal conseguindo ficar em pé, ele caiu nos braços de Barry, que, segurando firme, levou o corpo levemente de Jay ao chão .
- Jay! Oque aconteceu? Jay - gritou Barry  assustado.
Ao tocar na mão dele, Barry sentiu um frio, como se estivesse segurando um cadaver. Ao olhar para mão de Jay, ele viu que ela estava pálida, Conforme olhava para Jay, Barry se espantou ao ver que a pele dele e roupas todas estavam perdendo suas cores, ficando pálidas, como se a vida dele estivesse sendo sugada. As coisas ficaram ainda mais estranhas quando Barry começou a sentir a mão de Jay desaparecer, vendo que ela estava realmente sumindo.
- Aguente firme! Aguenta! - gritou Barry para seu ídolo, cujas pernas também estavam desaparecendo.
- Não posso... é tarde - disse Jay, sentido-se cada vez mais fraco.
- Eu posso ajudar. Me diz o que fazer. Apenas me diga.
- Você... precisa... voltar ....
Após essas ultimas palavras, Jay desaparece, com ultimo vestígio dele, seu elmo prateado caindo no chão e se transformando em poeira que é sugada pelo vendaval da singularidade. Barry cai de joelhos no chão, curvando sua cabeça com tristeza e desespero. Suas lágrimas caem de rosto no chão onde seu ídolo desapareceu. Após tudo que ele passou para encontrar Jay e resgata-lo, ele apenas o perdeu novamente, talvez para sempre.


Quando olha para suas mãos, Barry percebe que elas também estão ficando pálidas. Ele também está preste a ser apagado. Se recusando a sofrer o mesmo destino de Jay, ele correr para longe do buraco negro. Mas para onde ele poderia correr? Barry se perguntaria, sabendo que não há lugar nenhum onde possa se proteger. Toda realidade que ele conhece está condenada.
Conforme ele corre pela cidade, cujos prédios também vão desaparecendo, Barry se pergunta se esse será seu fim, como um perdedor sozinho, sem seu herói para ajuda-lo, sendo apagado junto com sua cidade e todo o universo.
- NÃO - diria Barry, se recusando a desistir. Se tem algo que seus anos lendo hqs o ensinaram foi a nunca desistir e que até mesmo nas horas mais sombrias existe esperança. Ele só precisa encontra-la. Refletindo sobre oque Jay falou "você precisa voltar", Barry pensaria sobre oque Jay estava falando. Não lugar nenhum para que ele possa voltar. Não tem para onde ele possa ir.
Nesse momento, Barry tem uma grande realização : Jay não se referia a um lugar, mas um tempo. Ele estava dizendo para o Barry voltar no tempo. Mas como Jay nunca o ensinou tanto sobre viajar no tempo, Barry não tinha ideia de como fazer isso, mesmo com seu conhecimento científico. Notando que seus corpo está desaparecendo aos poucos, Barry tenta ignorar as circunstâncias que se encontra e continua correndo, saindo de Central City. Ele fecha seus olhos e tenta se lembrar do ele aprendeu desde que virou o Flash. Ele pensa na noite do seu acidente, na energia que sentiu... A força da Aceleração... a força que flui por seu corpo... que lhe permite quebra dobrar leis da física com super velocidade.
Quando os sons dos relâmpagos começam a sumir, Barry sente como se estivesse correndo sobre nada. Não havia chão ou atrito onde ele estava passando. Ao abrir seus olhos, ele não via mais sua cidade, nem mesmo uma paisagem sequer conhecida. Tudo a sua volta eram incontáveis raios de luz, de inúmeras cores diferentes.  Ele acessou a Força da Aceleração.





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