Sorte a Nossa Que o Vírus é Chinês


O intrépido Bolsonaro estava certíssimo quando se referiu ao novo comunavírus e ao quadro de sintomas por ele causado, a covid-19, como uma "gripezinha". As mídias em geral, como de costume, malharam o Mito. Ô gentinha desinformada... Pois, de fato, o comunavírus é um legítimo produto chinês, um vírus de R$ 1,99, um fac-símile, uma falsificação se comparado ao da Gripe Espanhola, pandemia ocorrida em fins da década de 1910. 
O comunavírus causou até agora (dados de uma reportagem da BBC de 10 de julho) cerca de 600 mil mortes pelo mundo; que conta atualmente com população estimada de mais de 7 bilhões de pessoas. Arredondando as mortes para 700 mil, até porque esses números já têm 18 dias, isso corresponde a 0,01% da população planetária. A Gripe Espanhola matou 50 milhões em uma época que a população mundial beirava os 2 bilhões, ou seja, 2,5% do total de humanos. Duzentas e cinquenta vezes mais. E isto numa época em que as cidades eram bem menores, os focos de aglomeração, idem, o ser humano circulava bem menos pelo planeta e o vírus não tinha essas atuais facilidade e comodidade de viajar de avião; se muito, de navio.
Sim, a covid-19 é uma gripezinha!
E  o uso de máscaras faciais não tem nada de atual, nada de fashion. A moda das máscaras é um revival. Peças de um museu de grandes novidades. Moda retrô. Vintage. Cafonérrima. Elas já foram de uso obrigatório durante a pandemia da Gripe Espanhola, como mostram alguns registros fotográficos desta época feitos nos EUA. Como o do condutor de bondes de Seattle a barrar a entrada de um homem sem máscara.
O uso de máscara virou "obrigação patriótica" para os sobrinhos do Tio Sam. 
"Quem usa não apenas se protege, mas também protege as outras pessoas. É obrigação moral", prefeito de Denver (Colorado). 
Não havia, à época, creio eu, a possibilidade do trabalho home office, mas as empresas também obrigavam os seus funcionários a pegarem no batente de máscaras. Como a datilógrafa abaixo, da cidade de Nova York.
Óbvio que muitos reclamavam do desconforto da máscara, desta "camisinha" nasobucal, e também existiram os resistentes ao seu uso. Em 1919, manifestantes da Liga Anti-Máscara se reuniram em São Francisco para protestar contra sua obrigatoriedade.
Revolta que não ficou sem retaliação, que só fez endurecer as medidas legais contra os desobedientes. Jornais de todo o país noticiavam em letras garrafais : "Pessoas sem máscaras serão presas". Até a boa samaritana Cruz Vermelha deixou os pudores de lado e fez publicar anúncios em várias cidades americanas, que diziam : "Qualquer homem, mulher ou criança sem máscara é um perigoso preguiçoso". 
A polícia saía às caça e captura dos insurgentes, como mostra a foto feita no estado da Califórnia.
Cem anos depois : o mesmo problema, o mesmo comportamento do bicho homem. Merecemos a extinção. Cem anos depois : as mesmas técnicas de combate e prevenção à pandemia semelhante. O que só vem a mostrar - e a nos "tranquilizar" - que o conhecimento corrente a respeito de vírus causadores de doenças respiratórias agudas é, na prática, o mesmo de há um século, ou seja, quase nada elevado a porra nenhuma.
Sorte a nossa que o vírus é chinês. Que é um espanhol falsificado.



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