Texto escrito por Rocket - Sweet Rabbit
"Um super-fã do Batman, apaixonado até a alma no seu herói favorito, usa o manto negro do morcego para salvar sua grande amiga de infância e companheira de muitas brincadeiras da dupla dinâmica. A sua Robin esta em perigo nas garras do perverso Coringa. Para ele a vida real imita a fantasia das aventuras do Batman. Ele não entende que sua ex-parceira Robin cresceu e escolheu caminhos espinhosos, mas no seu coração ele sabe... Ela precisa de ajuda!"
Roteiro: Christopher Golden e Tom Sniegoski
Desenhos: Marshall Rogers
Ano de lançamento: 2002
Desenhos: Marshall Rogers
Ano de lançamento: 2002
Quem nunca fantasiou ser um herói ou personagem querido quando criança? Ao menos os que tiveram a sorte de não crescer na era dominada pela tecnologia. Bastava uma sacola nas costas ou qualquer tipo de máscara no rosto para que nos sentíssemos uma Super-Criança. Amarrar uma blusa preta no pescoço era o suficiente para ser o Batman, um simples gesto 🤟 nos transformava no soltador de teias mais famoso dos quadrinhos, um pano de prato branco amarrado na cabeça e pronto, éramos o protagonista de Karatê Kid. Nossa imaginação era fértil e por vezes servia como um escape da realidade.
Na história, Charlie é um homem de 28 anos que vive uma vida bem comum, trabalha num mercadinho e mora com um senhor chamado Mike. Apesar dos quase 30 anos de existência, sua mente se recusou a acompanhar seu crescimento, fazendo dele uma criança no corpo de um adulto. Mesmo com essa limitação, o personagem é educado, prestativo e muito simpático. Fissurado no Batman, o homem-garoto acredita ser o herói, fantasiando sua vida como se fosse a do próprio morcego. Seu quarto é recheado de brinquedos, bonecos, objetos, revistas e pôsteres do personagem. Tem um calendário que usa para contar os dias restantes para o lançamento do filme do Batman, o qual se refere como "meu filme". Transforma coisas e pessoas que vê e convive em elementos e personagens da história do morcego: o senhor que cuida dele é o Alfred, uma cliente que tem gatos como animais de estimação é a Mulher-Gato, sua patroa é "tia", por ter o mesmo nome que a tia de Bruce Wayne no seriado de TV, Harriet. Sua bicicleta é nomeada bat-cicleta, sua casa é a bat-caverna e sua cidade é a agitada Gotham.
Na história, Charlie é um homem de 28 anos que vive uma vida bem comum, trabalha num mercadinho e mora com um senhor chamado Mike. Apesar dos quase 30 anos de existência, sua mente se recusou a acompanhar seu crescimento, fazendo dele uma criança no corpo de um adulto. Mesmo com essa limitação, o personagem é educado, prestativo e muito simpático. Fissurado no Batman, o homem-garoto acredita ser o herói, fantasiando sua vida como se fosse a do próprio morcego. Seu quarto é recheado de brinquedos, bonecos, objetos, revistas e pôsteres do personagem. Tem um calendário que usa para contar os dias restantes para o lançamento do filme do Batman, o qual se refere como "meu filme". Transforma coisas e pessoas que vê e convive em elementos e personagens da história do morcego: o senhor que cuida dele é o Alfred, uma cliente que tem gatos como animais de estimação é a Mulher-Gato, sua patroa é "tia", por ter o mesmo nome que a tia de Bruce Wayne no seriado de TV, Harriet. Sua bicicleta é nomeada bat-cicleta, sua casa é a bat-caverna e sua cidade é a agitada Gotham.
O núcleo de personagens é dividido entre quem gosta e desgosta de Charlie. As crianças e os idosos o admiram e o incentivam com toda a fantasia de Batman, mas os jovens abusam de sua condição e cometem atos negativos contra o garoto. O chamam de "cruzado retardado", "cérebro de morcego", "lerdão", "tontão", entre outros apelidos de péssimo gosto. Como se a zombaria não fosse o suficiente, o garoto é derrubado e agredido em toda oportunidade.
Quando criança, Charlie tinha uma melhor amiga chamada Clarissa, que em suas brincadeiras heróicas, se fantasiava e brincava sob a alcunha de Robin. O personagem tem um carinho muito grande por ela e o tempo inevitavelmente os afastou. Clarissa foi crescendo e não se interessava mais em brincar de super-herói, e uma relação conturbada entre seus pais fez a personagem se mudar para longe. Depois de anos, ela volta para a cidade e por acaso encontra Charlie no mercadinho em que ele trabalha. Acontece que ela voltou completamente diferente do que um dia foi. Comete furtos, usa drogas e vive uma relação abusiva com um traficante mal caráter do bairro: tudo o que um Robin não faria. Ao perceber toda a situação, nosso Batman se vê determinado a ajudar a amiga e salvá-la das mãos de seu namorado (que Charlie vê como Coringa), embora seus recursos sejam escassos.
Quando criança, Charlie tinha uma melhor amiga chamada Clarissa, que em suas brincadeiras heróicas, se fantasiava e brincava sob a alcunha de Robin. O personagem tem um carinho muito grande por ela e o tempo inevitavelmente os afastou. Clarissa foi crescendo e não se interessava mais em brincar de super-herói, e uma relação conturbada entre seus pais fez a personagem se mudar para longe. Depois de anos, ela volta para a cidade e por acaso encontra Charlie no mercadinho em que ele trabalha. Acontece que ela voltou completamente diferente do que um dia foi. Comete furtos, usa drogas e vive uma relação abusiva com um traficante mal caráter do bairro: tudo o que um Robin não faria. Ao perceber toda a situação, nosso Batman se vê determinado a ajudar a amiga e salvá-la das mãos de seu namorado (que Charlie vê como Coringa), embora seus recursos sejam escassos.
O que é um estigma? É como uma marca, uma cicatriz, algo que nos acompanha até o fim de nossas vidas. Batman aqui não é personagem ativo, muito menos protagonista, mas sim fonte de inspiração, tanto para Charlie quanto para as pessoas que o circulam. O desejo de justiça e a vontade de ajudar o próximo leva as pessoas a arregaçarem as mangas e agirem por conta própria, afinal, o mundo real não é composto por super-heróis, então que nós mesmos sejamos. Uma história pra quem é nostálgico e quer sentir uma leve esperança, além de trazer uma reflexão sobre o tratamento que recebem os que possuem alguma limitação mental. O roteiro é competente e os desenhos de Marshall Rogers são bem sucedidos em definir o sentimento dos personagens através das expressões.
"Bem-vindo ao Mundo Real... Onde as proezas de heróis fictícios inspiram pessoas comuns a tentar realizar feitos impossíveis."
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