Johnny Depp - George Jung
Jordi Mollà - Diego
Ray Liotta - Fred Jung
Penélope Cruz - Mirtha
Direção: Ted Demme
O filme começa na infância de George. Através da narração do próprio, é mostrado que seu pai, Fred (interpretado por Ray Liotta), trabalha 14 horas por dia e 7 dias por semana com o objetivo de proporcionar o maior conforto possível para seu filho e esposa. O esforço acaba sendo em vão, a família se afunda em dívidas e George acaba sendo obrigado a conviver com a mãe, Ermine (interpretada por Rachel Griffiths), frequentemente jogando na cara de seu pai (que é visto como um herói pelo filho) seu fracasso.
É lá que a coisa ganha forma. América, início dos anos 70, jovens curiosos, entediados e drogas. George conhece duas novas paixões: Barbara (interpretada por Franka Potente) e a maconha. É através delas que ele conhece Derek (interpretado por Paul Reubens), que viria a se tornar seu principal fornecedor e futuro sócio.
Quando o uso casual de maconha se transforma em rotina, Tuna propõe a seguinte ideia para George: e se eles revendessem a droga? Seria uma alternativa pra sustentar o vício e ganhar dinheiro ao mesmo tempo. A ideia foi virando realidade, Derek se uniu a dupla e eles rapidamente se tornaram uns dos maiores traficantes de maconha do páis.

Eventualmente, George tem problemas com a Justiça e acaba preso. Seria o fim? Muito pelo contrário. Lá ele conhece seu parceiro de cela, Diego (interpretado por Jordi Mollà), que após descobrir o motivo de George estar alí, lhe conta sobre a nova droga que vem despertando interesse social: cocaína. No fim das contas, a prisão acaba servindo como uma escola do tráfico para George, que ensina o que já sabe para os presidiários ao mesmo tempo em que aprende mais sobre sua futura aposta.
Quando George e Diego finalmente se encontram fora da prisão, o protagonista é conduzido ao encontro do senhor da droga colombiano... Pablo Escobar (interpretado por Cliff Curtis). Os dois se dão muito bem, fecham negócio e a cocaína se espalha pelos EUA mais rápido que fofoca.

Nessa época, a droga se popularizou entre todas as classes sociais. Pobres, ricos, anônimos, famosos, políticos, empresários, todo mundo usava. Isso gerou muito dinheiro para Jung, Escobar e os outros envolvidos. Dinheiro gera fama, fama leva a novos contatos, e é aí que o protagonista conhece Mirtha (interpretada por Penélope Cruz), esposa de um de seus sócios que viria a transformar sua vida por completo. A paixão desenfreada somada a uma vida de riqueza e excessos resulta num casamento, uma filha e uma série de reviravoltas dignas de um relacionamento conturbado.
É interessante observar a relação de George com os pais após todos esses acontecimentos. Enquanto a mãe sente vergonha pelo dinheiro e destino sujo do filho, chegando inclusive a denunciá-lo para a polícia, o pai busca ser compreensivo e entender o que o levou a seguir esse caminho, chegando até a aceitar certas decisões de George pelo bem do relacionamento, afinal, o que ele poderia fazer?

O 3º ato é bem reflexivo. O protagonista se esforça pra criar uma melhor relação com a filha e executar uma jogada final no tráfico que o garanta dinheiro o suficiente pra uma vida tranquila. Ao mesmo tempo, assiste todas suas relações desmoronarem, afinal, tudo nesse meio é frágil. Quão longe é válido ir pelo dinheiro? O que você sacrificaria por isso? A riqueza necessariamente significa sucesso e auto satisfação? São alguns pensamentos gerados pelo filme.