Alessandra Negrini, a Ceci que todo Peri pediu a Tupã


A canalhada esquerdista decretou! Ou melhor, lacrou : índio não é fantasia!
Cara-pálida usar cocar no carnaval, ou tanga, ou pinturas corporais, ou portar arco e flecha, é ofensa e menoscabo ao sofrimento e à luta do povo silvícola. É crime de apropriação cultural!

Igualmente, a seguir o mesmo raciocínio torto e mal-intencionado da esquerda, também não são fantasias, e sim estereótipos preconceituosos e apropriação cultural, quaisquer trajes com referências ou elementos africanos, ciganos, árabes (acabou o carnaval para Sheik e para a Odalisca), nordestinos (esqueçam da folia, Lampião e Maria Bonita) etc etc.
E fantasia de gueixa, e usar uma máscara kabuki (aquela da música Você é Linda, do Caetano), será que é ofensa à milenar tradição japonesa? E usar um sarongue, um colar de flores e duas metades de um coco, uma em cada teta, como sutiã, a clássica fantasia hula-hula, incorrerá em vilepêndio à cultura havaiana, samoana etc?
E a tentativa de censura da esquerda ao comportamento e às vestes das pessoas durante a festa mais democrática do país (e é aí é que se encontra o cerne da censura esquerdista, ela não sabe o que é democracia; para a esquerda, só é democracia se um dos seus estiver autoritariamente no poder) não se restringe aos elementos étnicos, estende-se também aos profissionais e corporativos : fantasia de enfermeira gostosa, de aeromoça sexy, de bibliotecária lasciva e brasa encoberta, de policial feminina dominatrix e outros fetiches dos mais saudáveis, também são sacrílegos ao evangelho fascista da esquerda, também não são fantasias, são representações sexistas das profissionais de cada área, não as valoriza por suas competências em suas funções, sim por seus corpos. Meritocracia em pleno carnaval? É sério isso?
Também fica proibido - ou, esquerda gostaria muito que ficasse - homem se vestir de mulher no carnaval. Ficam censurados os tradicionais e divertidíssimos - que não ofendem a ninguém, a não ser à paranoia ávida por indenizações da esquerda rançosa - Blocos das Piranhas. Motivo : ofensa e constrangimento à comunidade transgênero.
Honestamente, a quem isto pode ofender?
Arrumaram até um nome, um rótulo novo (logo a esquerda que diz ser contra rótulos e pré-conceitos) para o Bloco das Piranhas : é o transfake! Transfake : tucanaram o Denorex : parece mas não é aquele que é e não parece. Pãããããta que o pariu!!!
Enfim, a querer agradar a tirania esquerdista do politicamente correto, não pode se fantasiar de nada, todo mundo teria que sair pelado às ruas durante o carnaval, em trajes de Adão e Eva. Ops, melhor que nem em trajes de Adão e Eva, pois poderia melindrar alguma ala mais conservadora dos católicos.
Sinceramente : isto é coisa de desocupados. Ô povinho à toa, este da esquerda
Nem Solange Hernandes, a Dona Solange para os íntimos, a mais draconiana censora dos tempos do regime militar, devidamente homenageada por Léo Jaime em sua canção homônima, Solange, quis proibir tanta coisa durante o seu período de exercício na função.
A esquerda grita, estrebucha, vocifera e cospe na cara (esquerdista adora cuspir na cara; vide Jean Wyllys em Bolsonaro ( e se tivesse sido o contrário?), Zé de Abreu num casal anônimo em um restaurante carioca e até Chico Buarque em Millôr Fernandes) diante da tentativa de censura a livros, peças teatrais e exposições em museus. Mesmo que a tal peça seja a Os Macaquinhos, cuja trama shakesperiana é basicamente um grupo de "atores" pelados, dançando em roda no palco e um enfiando o dedo no cu do outro. Mesmo que a tal exposição "artística" traga como a sua "mona lisa" uma obra intitulada "Criança Viada". Nestes casos, a esquerda chama os pretensos censores de fascistas, de nazistas, de... e só, que o vocabulário esquerdista não é dos mais ricos e sortidos.
Não à censura de livros, peças teatrais e exposições de "arte", brada em alto e bom tom, e em chuva de perdigotos, a esquerda. E, neste raríssimo caso, concordo com ela. Mas sim à censura e ao veto a marchinhas de carnaval que ela - e só ela - julga ofensivas? Já há alguns carnavais, foliões esquerdistas tentam proibir a execução de marchinhas que eles - e só eles - julgam ofensivas a alguma das infinitas minorias vitiminhas deste nosso Brasil dantes mais varonil, como Maria Sapatão, Cabeleira do Zezé, Índio que apito etc. Mas sim à censura e ao veto de fantasias, pelos mesmos "motivos" alegados em relação às marchinhas?
A esquerda, que tanto prega, em discurso, a liberdade de ideias, a pluralidade de pensamentos e outras tantas conversas pra boi dormir, quando lhe é conveniente, consegue se mostrar e ser mais repressora que a direita, a quem assim adjetiva. Quando um esquerdista xinga de fascista àlguém de ideologia oposta à sua, é a si mesmo que ele ataca, é contra o seu próprio reflexo em Espelho de Obsidiana que investe, é o cachorro tentando morder o próprio rabo.
Proibir uma roda de atores fazendo fio-terra e ligação direta um no outro, uma suruba falangica-reto-anal, não pode. Banir a Cabelereira do Zezé e a Odalisca e a Baiana do carnaval, sim? Qual a diferença? Assusta-me por demais - sempre me assustou - esse duplo padrão da canalhada vermelha.
A esquerda não quer proibir apenas certas fantasias. Quer proibir a Fantasia, quer proibir o Imaginário, quer castrar o Sonho. Para a esquerda, até a Fantasia, o Imaginário e o Sonho - únicos territórios em que somos verdadeiramente livres - deve seguir e se moldar à sua cartilha ideológica sarnenta. Mesmo porque o sonho da esquerda é simples, pobre e tacanho : viver a vida toda às custas do Estado, viver como sanguessuga do dinheiro dos impostos do capitalista opressor, macho, branco, heterossexual e de direita.
Cara-pálida usa cocar é apropriação cultural. E índio de calça jeans, tênis Nike e wi-fi na taba, é o quê? E mesmo pessoas publicamente de esquerda, ou declaradamente simpáticas a ela, podem ser pegas em "fogo amigo" das patrulhas ideológicas, podem ser vítimas das balas perdidas das gestapos vermelhas das redes sociais.
A mais recente e famosa vítima da hidrofobia repressora da esquerda - e o motivo desta postagem - foi a bela, gostosa, suculenta e curvilínea Alessandra Negrini. Bastou a beldade, assumidamente feminista, empoderada, de esquerda e outros blás-blás-blás, desfilar suas voluptuosas formas em trajes de Ceci para deflagar a ira vermelha das redes sociais.
Rajadas de hastags de insultos e impropérios foram metralhadas contra a atriz. Não tenho facebook, twitter, ou qualquer outra rede social, mas li algumas das reações negativas à fantasia da atriz, publicadas em alguns jornais.
E percebi algo : todos os julgamentos e condenações sumários feitos contra a bela partiram e foram desferidos por internautas mulheres. Não havia, ao menos nas fontes em que li, um único homem a criticar e a crucificar Alessandra Negrini.
O que me leva a uma única e irrefutável conclusão : neste caso, especificamente neste caso, o "crime" da bem fornida Alessandra Negrini nem foi, exata e principalmente, o de apropriação cultural. Neste caso em particular, haja vista a origem de toda a revolta e esperneio, o delito maior de Alessandra Negrini foi o de ser gostosa. Muito da gostosa!!! Crime imperdoável, inafiançável e imprescritível de acordo com o Código Penal das Mocreias Feministas, um dos tentáculos mais recalcados e pegajosos do politicamente correto.
A fantasia de índia de Alessandra Negrini serviu tão-somente de pretexto, de pano de fundo para as suvacudas e muxibentas destilarem sua intolerância sem parecerem o que de fato o são, despeitadas.
Alessandra Negrini usar cocar na cabeça e urucum nas faces não é apropriação cultural! Apropriação cultural é feminista usar buceta! Pãããããããããta que o pariu!!!! E tenho dito!!!
Índio pode nem ser fantasia, mas a Alessandra Negrini vestida de índia, com certeza, o é! É a minha Fantasia! E a de todos os machos das antigas! Imagino a Alessandra Negrini, vestida de índia, chegando pra mim e falando : índia quer apito! Isto sim é que é fantasia!!!!! Pãããããta que o pariu se é!!!!!
Alessandra Negrini, a Ceci que todo Peri pediu a Tupã!!!

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