MORREM FRANCO COLUMBU AOS 78 ANOS, E PAL BENKO AOS 91...




Perda de dois ícones dos meus dois esportes preferidos nos últimos dias, apesar de ambos amargarem a “sina do coadjuvantes” – Porque ao final do dia, a maioria faz a seleção em cima apenas de quem está ganhando –, cada qual deixou sua marca.





Franco Columbu foi boxeador, ator e fisiculturista. Apesar de sua baixa altura (1,60, se não me engano), era um homem de proporções físicas e força absurdas. Como registrado no clássico documentário “Pump Iron” (disponível no You Tube e Netflix), o atleta em seus tempos áureos conseguia até levantar carros de pequeno porte, fora alguns recordes para a época, como 220 kg no supino. Arnold era parceiro de treino, bem como – ao menos, segundo ele – seu melhor amigo, mesmo tendo ridicularizado o amigo no citado documentário, e depois alegado que era só promoção de evento. Em sua autobiografia, Arnold até que dedica um bom pedaço a Franco, narrando como ambos saiam impressionando e pegando a mulherada em bares e praias, motivavam um ao outro, e claro, jogavam quase diariamente xadrez após os pesados treinos. Não há dúvida que os dois, junto a Lou Ferrigno (o eterno Hulk dos seriados e filmes antigos) estão entre os atletas mais célebres dos anos 80.


 -------------------------------------------------------------------------------


Pal Benko, por outro lado, foi um longevo guerreiro dos tabuleiros, criador do “gambito Benko” (também conhecido como “gambito Volga”), autor de vários livros didáticos sobre aberturas, meio-jogo, finais e composições de xadrez, bem como desafiante no torneio de candidatos em duas ocasiões, em 1959 e 1962. 



Teria sua última chance de disputar esse mesmo torneio de elite, que garantia a vaga a enfrentar o campeão mundial (na época, Bóris Spassky, com seu “estilo universal” e elegante) em 1970, representando os Estados Unidos (país o qual ele foi campeão nacional OITO VEZES (!!), mas, em um gesto de humildade, cedeu sua vaga a Bobby Fischer – que se queixara da maneira baixa com que os russos agiam em campeonatos, a exemplo de empatarem jogos de propósito uns com os outros a fim de manter sua soberania, bem como ajudar em análises as posições de jogos que paravam em um dia para continuar no outro –, e Fischer de fato se tornou o campeão mundial em 1972, embora em sua egolatria, nunca tenha agradecido de verdade o sacrifício que Benko fez por ele. 


O placar deles, aliás, em 19 partidas entre 1958 – 1966 foram de 7 empates, 3 vitórias para Benko, e 9 para Ficher. Mas, finalizemos o post com a primeira vez que os dois gigantes se enfrentaram, onde ele esmagou o jovem talento em 41 lances:



E uma curiosidade final, que vi no Xadrez Brasil, foi o problema de mate em 3 que Benko criou, que nem o próprio Fischer conseguiu resolver, quiser tentar e deixar nos comentários, eis ele:

Brancas jogam e dão mate em 3!:


E ai? Gostou? Odiou? Deixe nos comentários e compartilhe o post. 

Até o próximo.



Me siga no Instagram: @ozymandiasrealista

Postar um comentário

0 Comentários