A Argentina é a terra do cinema: filme El Ángel (comentário)





Aos que me conhecem, sabem que sou uma pessoa encantada com o cinema, escritores e música argentina. Com o povo de lá, também tenho maior apreço. Mas não é isso que venho dizer.
Não é de hoje que o cinema argentino tem mostrado ser um dos melhores produtores dessa arte. A capacidade e habilidade de fotografia, direção e roteiro, me impressionam e muito nas películas do país dos Darin's. Luis Ortega, por exemplo, é um baita de um diretor e articulador do cinema. É UM MAESTRO.
Assisti ontem a um filme chamado El Ángel, de 2018, dirigido pelo próprio Luis Ortega, com atores de excelente nível: Lorenzo Ferro, Chino Darín (filho do Ricardo Darín) e Daniel Fanego. Além de contar com a parceria de representantes da Espanha (desde o início da década essa parceria Argentina-Espanha no cinema tem sido espetacular).
Não vou descrever muito o filme. Basicamente, Carlitos (L. Ferro) é um jovem que encontra no roubo seu movimento de expressão; e não rouba pelo dinheiro, mas pelo prazer de não ver nas coisas o que chamamos de "posse". Em uma das frases do filme chega a dizer que para ele, não há diferença entre o que é dos outros e o que é dele, não via essa demarcação. O filme instiga pelo absurdo, faz pensar no habitual por meio de questionamentos simples, auxiliados pela filmagem (o diretor de fotografia é Julian Apezteguia) e movimentos sutis, deixando quem assiste atônito sem muitos artifícios (o contrário do cinema estadounidense).

No mais, assistam a película. O misto de assuntos sociais, tabus, metáforas e poesias vale mesmo o tempo disposto.

É fácil encontrar o link via torrent. A legenda em português (do filme) está no site do Insubs, então até quem não compreende espanhol, vai gostar.



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