WOLVERINE ORIGENS #01 - #25 parte 01 de 02



Para o post de estréia do Reynaldo Leopoldino, resolvi ler e resenhar a primeira metade da fase do Wolverine Origens, que ele não leu por não gostar do Steve Dillon. Eu, como fã confesso do desenhista (embora antigamente detesta-se), resolvi cobrir essa parte, mesmo não sendo tão grande fã do Wolverine. A leitura até que foi fluida, e acabou me esclarecendo algumas dúvidas que eu tinha até hoje, sobre a “ameaça do Wolverine ao Presidente”, citada em Guerra Civil #01 (2006) e a origem do seu insuportável filho Daken. Li algumas coisas anos atrás do Daniel Way, se destacando a mini do Falcão para o selo Max (nunca perde a graça!) e a do Mercenário, bem duvidosa, pelo selo Marvel Knights. Tentar passar alguns resumos, com download no final, dos arcos cinco arcos que compõem essa primeira metade:


#01 - #05 - Nascido em Sangue

“Cala a boca, Frank. Tu nem existe.”


Um arco inicial um tanto indigesto para quem enxerga a figura de herói em Logan, mostrando sua relação intrínseca com a existência do transtornado “Agente Simpson”(mais conhecido como “Bazuca”), sendo o vilão mais uma cria dos “tempos malvados” de Logan, do que uma escolha do próprio. Por mais que Way dê pistas dos transtornos infantis do futuro ciborgue, com a mente presa no Vietnam. Logo, o Capitão-América (presente em bastantes edições, verdade seja dita), com certa “ingenuidade”, toma parte no conflito com o carcaju, resultando em uma batalha notável, principalmente pelos detalhes da ligação entre eles, explicados futuramente. A arte de Dillon fica um tanto lenta, quando trabalhando com supers, visto que sua especialidade são materiais mais adultos, como seus trabalhos para a Vertigo, em especial o sempre mencionado Preacher. Mas ele consegue imprimir a verve de humor que os roteiros de Way pedem, mesmo que não de forma insana, como em outros trabalhos, para não estragar a proposta inicial da série, que é basicamente vingança e conhecimento de si no processo.




#06 - #10 - Redentor

“Eu quero saber quem está por de trás disso. Eu quero saber para quem eu venho matando todo esse tempo.”


Provável que o arco mais esquecível do pacote, ao ponto de eu ter que abrir novamente o arquivo, para lembrar contra quem era: Omega Vermelho. Um personagem que funciona melhor em fliperamas (quem jogava nas antigas o X-Men VS Street Fighter deve recordar bem!) e para ser zoado pelo Aranha em Ultimate Spider-Man. Por mais que as capas do Joe Quesada ainda embelezem bastante, coisas como o Wolverine com um corte da espada “ex-machina” que o Way pôs na história não convence muito, outra coisa que não me cativou muito.






#11 - #15 – Rápido e Terrível

“Fraco... Eu pensei... Que tinha um filho.”


Cyber entra na equação, e se mostrará um antagonista recorrente durante a próxima fase. Arranjando um desajeitado hospedeiro, embora ele também fique em segundo plano para mais “enfodonamento” de Daken. Aqui ele tem o primeiro confronto direto com o pai, e revelado o que ele faz em suas “horas vagas” quando não está bancando o adolescente –fora de idade- revoltado. O principal do enredo, para mim, foi explicar a origem do marca passo que Cyber ostentava de uns anos pra cá...








#16 - #20 – Nossa Guerra

“Gostei da roupinha. Ideal para brincar de esconde-esconde.”


Segundo melhor arco. Na “vibe” da época da Marvel em se homenagiar o Capitão-América, que havia sido “assassinado” ao fim da Guerra Civil, Logan relembra como conheceu o “bandeiroso”, e ganhou sua confiança, embora que para fins nada nobres, e com um Buck com personalidade mais próxima de Soldado Invernal (mesmo que naquela época estivesse cronologicamente longe de ser), do que um alegre menino estilo Robin, como creio que tenha sido na linha oficial. Lembra de uma forma amena um pouco da primeira metade de “Fury – Minha Guerra se Foi”, e apesar de não trazer nada muito denso, serve mais como uma bem amarrada história de segunda guerra dentro do universo Marvel.




#21 - #25 – O Grande Final

“Mas, sério, de qualquer forma... Ele roubou teu estilista, né? Por isso que ta tão irritado com o Wolverine.”


Aqui se engana pela ideia ser só da diversão gratuita em ver Deadpool e Wolverine ficarem tendo aquelas lutas de despedaçarem de forma engraçada, embora tenha muito disso, serve como uma distração para a real aproximação de Logan com o seu filho. Nessa época, o Pool tava na lamentável fase “excessivamente desenho animado”, com alucinações, diabinhos e anjos na cabeça, e as vozes desconexas. O que, seguido pela lógica, não faria dele um adversário bem estrategista contra Logan, ao ponto de tecer várias armadilhas. De longe o melhor arco, já que os demais prometiam profundidade e não cumpriam, enquanto esse, entrega tudo a que se propõe, e realmente faz rir. O que já é um lucro...



Nota final: 5,8


E ai? Gostou? Odiou? Deixe nos comentários e compartilhe o post. 

Até o próximo.



Me siga no Instagram: @ozymandiasrealista

Postar um comentário

0 Comentários