Já tinha ouvido falar muito de Absolute Batman
e queria saber se todo o burburinho sobre a HQ se comprovava. Escrita por Scott
Snyder, é uma versão mais hardcore e exagerada do Cavaleiro das Trevas.
Em sua fase regular no Batman, Snyder já tinha algumas coisas bem exageradas,
mas agora ele levou o exagero à décima potência.
O vilão da vez é o Máscara Negra, e ele está por
trás da gangue dos animais festeiros, que está cometendo assassinatos
aleatórios na cidade. Esse é um Batman que, apesar de não matar, não tem
problema em aleijar. Tanto que decepa uma das mãos de um dos membros dos
Animais Festeiros. E, também, não tem receio de machucar seus oponentes. Até sua
capa é uma arma e as orelhas da máscara, facas. Ele ainda usa explosivos e ácidos
contra seus inimigos.
Alfred Pennyworth nessa versão é um agente do
governo que está em missão em Gotham. Oswald Cobblepot, o Pinguim, Harvey Dent,
Eddie Nigma, o Charada, e Waylon Jones, o Crocodilo, são amigos de infância de
Bruce e podem se tornar futuros vilões. O Coringa é que é um bilionário nessa
versão e um dos homens mais perigosos do mundo. Selina Kyle, a Mulher-Gato,
também é amiga de infância de Bruce.
A Gotham City de Absolute Batman é bem mais dark e violenta que a Gotham do Terra-1, a da continuidade principal, e olha que, nos últimos anos, nas HQs do Cavaleiro das Trevas, Gotham tem sido retratada progressivamente cada vez mais dark.
Absolute Batman sem dúvida
vai causar estranhamento ao batmaníaco mais raiz, mas, se considerarmos que é
uma HQ elseworld, dá para levar de boa. A bem da verdade, é uma HQ
divertida e me deu vontade de continuar lendo. A arte de Nick Dragotta é muito
boa, apesar de a gente ver que ele claramente imita Tim Sale. O preço da edição
da Panini está 19,90. Nota 7,5 de 10.















