Nosferatu, Babygirl, O Auto da Compadecida 2 e Sonic 3 - Reviews curtos e grossos (filmes)

 

Este post vale como um resumo do que assisti nos cinemas nas últimas semanas, pois nem todos os filmes rendem reviews muito longos. Já existe o reviews curtos e grossos de quadrinhos, e agora estou estreando o de filmes. Sem mais delongas, ei-los.

Nosferatu ­– Esta é a aguardada versão do clássico Nosferatu, que já teve duas versões anteriores: a de F. W. Murnau, de 1922, e a de Werner Herzog, de 1979. Como é bem sabido, Nosferatu é basicamente uma versão genérica de Drácula, uma vez que não conseguiram de Bram Stoker os direitos autorais para adaptar sua obra para cinema na época. Então, só mudaram os nomes dos personagens e alteraram um pouco a história. Drácula teve seu nome mudado para Orlok.

Pessoalmente, gostei bastante dessa versão de Robert Eggers, que é conhecido por ser um diretor bem autoral, com filmes carregados de simbolismos. Nota-se, sim, seu estilo neste filme, porém não é lá muito complexo. Desde O Homem do Norte que ele vem se tornando mais comercial, a despeito de seus filmes terem uma aura cult. O elenco nesse longa é de destaque, Bill Skarsgard está irreconhecível como Orlok, em razão da maquiagem pesada. E é uma versão bem diferente do vampiro, bigodudo e tal. Ainda atuam no filme Willem Dafoe como von Franz (o genérico do professor Van Helsing), Nicholas Hoult, Aaron Taylor-Johnson e a filhinha de Johnny Depp, Lily-Rose Depp, como Ellen, a novinha por quem Orlok é apaixonado. A fotografia do filme também merece menção, excelente. Há mais conteúdo sexual neste Nosferatu que nas outras versões, inclusive a representação da pulsão de sexo e morte. Nota 9 de 10.

Babygirl – Tenho como regra nunca fazer uma resenha de um filme que não consegui assistir até o fim, mas irei fazer uma exceção com esse filme estrelado por Nicole Kidman. Digo isso porque fui assistir a esse filme com uma amiga, e ela simplesmente detestou e fomos embora no meio. Nicole interpreta uma executiva que vive uma vida aparentemente perfeita com seu marido vivido por Antonio Banderas e suas duas filhas. Tudo muda quando ela conhece um novinho e passa a ter um caso tórrido com ele. Na verdade, esse filme lembra muito A Professora de Piano, com Isabelle Huppert; é basicamente a mesma história. Bom para quem quer ver Nicole Kidman fazendo sexo depravado e submisso. Não vou dar nota porque não vi até o final.

O Auto da Compadecida 2 – Não sou um grande fã do primeiro O Auto da Compadecida, apesar de gostar da peça de Ariano Suassuna. A bem da verdade, até prefiro a versão dos Trapalhões que a de Guel Arraes, mas achei essa sequência sensivelmente pior que a primeira, apesar de ter praticamente a mesma história, mas com tons diferentes. João Grilo (Mateus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello) voltam a se reunir e aplicar golpes em Taperoá e são envolvidos na disputa política da cidade. O diferencial desse filme é que carregaram mais na CGI e os personagens estão meio diferentes do filme anterior: João Grilo antes dava golpes para sobreviver, mas agora o faz para se dar bem; Chicó agora tem uma fala mais rebuscada, apesar de ser um analfabeto; e Rosinha abandonou Chicó, virou caminhoneira “empoderada” e saiu por aí “distribuindo”. O filme ainda conta com Eduardo Sterblicht e Humberto Martins no elenco. Nota 5 de 10.


Sonic 3 – Uma coisa a gente tem de admitir sobre a franquia Sonic: ela é bem honesta a que se propõe, que é entretenimento honesto, dirigido para as famílias, principalmente as crianças. Não entendo muito de videogame e não conheço muito sobre os jogos do Sonic, mas sou velho o suficiente para ter conhecido o porco-espinho ainda em seu primeiro jogo, no saudoso Mega Drive, nos saudosos anos 90, quando eu era criança. Nesse terceiro filme, a ameaça vem na forma de Shadow, que para o Sonic seria a mesma coisa que o Venom é para o Homem-Aranha ou o Bizarro é para o Superman. Uma versão deturpada do herói. Jim Carrey está muito à vontade no papel do doutor Robotinik, e agora ele pode se interpretar duplamente, como o avô do Robotinik também. Para um ator que às vezes é bem exagerado na sua atuação, isso é ótimo. Destaque para Krysten Ritter, a atriz de Jessica Jones, que interpreta uma militar no filme. Nota 7 de 10.

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