Batman: Cruzado Encapuzado - Impressões do episódio-piloto


Pois é, assisti ao primeiro episódio de Batman: Cruzado Encapuzado na Amazon Prime Video. O desenho é uma produção de Bruce Timm, em parceria com J.J. Abrams. Também são produtores e consultores da animação o diretor Matt Reeves e o escritor de HQs Ed Brubaker. Como Kevin Conroy faleceu, a dublagem de Batman ficou por conta de Hamish Linklater.


Há algumas semelhanças com a série animada do Batman dos anos 90, principalmente a caracterização estética de uma Gotham City atemporal, que é moderna, mas apresenta características dos anos 40. É uma Gotham em estilo art déco, como era a dos filmes do Batman de Tim Burton e também a da série animada.




No entanto, o aspecto da Era de Ouro é enfatizado mais ainda, sobretudo pelo uniforme do Batman, que é idêntico ao uniforme de 1939 nos quadrinhos. Bruce Wayne também lembra sua versão daquele período. O Alfred da série é gordinho como o Alfred da Era de Ouro. Entretanto, há algumas coisas estranhas. Batman chama Alfred pelo sobrenome, Pennyworth, o que pode indicar um distanciamento e que nessa realidade Alfred não criou Bruce quando criança. É mais próximo do Alfred da Era de Ouro, pois o personagem não foi criado na primeira história do Batman. Alfred foi acrescentado depois, e ele foi criado para amenizar a aura de homossexualismo que o fato de Bruce Wayne e Dick Grayson, um homem adulto e um adolescente vivendo juntos em uma mansão, causava. Alfred é dublado na animação por Jason Watkins.







Claro que também há modernidades na animação, bem ao estilo da cultura woke atual. O comissário Gordon e Barbara são negros. O Gordon inclusive é uma versão do Gordon da Era de Ouro, mas negro. Barbara não é mais uma bibliotecária, agora é uma advogada, defensora pública, e rivaliza com Harvey Dent. O Pinguim virou a "a" Pinguim. Agora é a Oswalda Coblepott. E pior que ela dança e canta no Iceberg Lounge, dublada por Minnie Driver. Os policiais Harvey Bullock e Arnold Flass também ganharam suas versões na animação. Flass agora também é negro.

O enredo do primeiro episódio é simples: “a” Pinguim quer causar uma guerra de gangues por meio de subterfúgios para tomar o poder do crime organizado das mãos de Rupert Thorne. Batman deve impedir o banho de sangue. Um dos capangas da Pinguim quer fazer um acordo com a defensoria, e Batman tem de protegê-lo e também a Barbara Gordon. Ela também sabe se defender e mete bala nos bandidos. A série tem um pouco mais de violência que a série animada. Alguns gângsters são baleados, mas não sangram.

Ainda é cedo para dizer que a animação é boa ou não com apenas um episódio, mas devo dizer que achei esse primeiro episódio bem decepcionante. Na minha opinião, a pior série animada do Batman e The Batman de Jeff Matsuda. Beware The Batman permanece como a segunda pior. Obviamente, a melhor série animada do Batman para mim ainda é a dos anos 90. A segunda melhor série animada é The Brave and The Bold, apesar de muita gente criticar, e a terceira melhor é Batman do Futuro. Sinceramente, duvido que Batman: Cruzado Encapuzado consiga ficar em uma posição além do quarto ou quinto lugar de melhor série animada do Batman. Superar The Batman em ruindade é difícil.

Talvez faça um review do resto da temporada, mas o vídeo abaixo mostra como é desanimador.



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