Ontem, fiz uma coisa que há mais de dez anos não fazia, no shit, que é ir a um evento de animes. Fui à edição do Anime Summit-DF deste ano. Estava meio desatualizado quanto ao cenário de convenções de animes em Brasília, cidade na qual moro. No entanto, Brasília passou anos com um cenário meio árido para quem gosta da cultura pop japonesa, principalmente quando o Kodama, o maior evento de animes da cidade, chegou ao fim, anos atrás. Esse Anime Summit na realidade não é só o maior evento otaku de Brasília, como também é o maior evento geek, uma vez que a cidade não tem tanta tradição nisso, ao contrário de São Paulo e outras cidades. Não temos uma CCXP por aqui.
Quanto à organização e à infraestrutura do evento, achei boas; porém, houve certa desorganização na abertura dos portões. Lá dentro, contudo, estava tudo até que bem organizado. Foi no Parque de Exposições do Parque da Cidade aqui. Local até que razoavelmente acessível. No entanto, estava tudo muito caro, como era esperado nesses eventos. A cultura nerd/geek é basicamente de consumo.
Havia muitos stands de
souvernirs nerds e otakus, como estatuetas, camisas,
pôsteres etc. A parte de vendas de mangás é que achei ruim, pois havia apenas
um stand da Leitura, sem muitas novidades. Comprei um Junji Ito e dois
mangás de SpyxFamily. Uma coisa que sinto falta é de salas de exposições
de animes, coisa que era comum antigamente. Porém, hoje em dia, o acesso a
animes é bem fácil. Antigamente, nos anos 90 e até parte dos anos 2000, era uma
dificuldade para conseguir ver animes. Tínhamos de comprar animes em
fitas VHS de fansubers, ou então assistir nas mostras. Hoje em dia, há
vários sites de streamings piratas de anime, fora streamings
pagos, como o Crunchyroll. Na Netflix, há diversos animes no catálogo. Na Amazon
Prime Video, também. Na Max, igualmente. Só não assisti a animes quem não quer ou
quem não pode pagar internet banda larga. A parte de alimentação, até que tinha
bastante coisa. Muitos stands, mas a comida estava cara. Eu comi um yakisoba
e uns doces.
No palco principal, na
abertura, o que surpreendeu foi a presença de alguns políticos. O deputado Kim
Kataguiri estava lá, bem como a representante da senadora Damares, que saudou a
todos com um “bem-vindOs”, com ênfase no “O”, para dar destaque à norma. De fato,
no português normativo, tanto a declinação do gênero feminino quanto a do gênero
neutro do Latim foram absorvidas pelo gênero masculino. Então, falar “bem-vindos”
abrange homens, mulheres, não-binários etc. O Kataguire estar lá, até entendo,
porque ele é desse meio geek/otaku/gamer, os comerciais
políticos dele até fazem paródias de músicas de anime etc., mas a representante
da Damares é que achei meio perdida ali. Engraçado é que os políticos de
direita conseguem capitalizar em cima da cultura dos animes porque sabem que esta
tem grande ressonância entre os jovens, mas os políticos de esquerda não têm competência para isso,
apesar de tentarem, como são os casos recentes do Load tentando comparar os saiyajins
com os negros e o Gaiofato tentando fazer uma tier-list de Dragon Ball e
passando vergonha. Está certo que Load e Gaiofato não são políticos no sentido de
terem cargos, mas aposto que nas próximas eleições eles devem se candidatar a
alguma coisa. Também estava lá o embaixador do Japão, vestido de Goku para homenagear
o Toriyama. No meu Instagram, postei um vídeo com parte da fala do Kataguiri,
no link abaixo.
https://www.instagram.com/p/C5_1qApPU8I/
https://www.instagram.com/p/C5_1zF4vzTJ/
https://www.instagram.com/p/C5_1_pkPbTY/
https://www.instagram.com/p/C5_2HaGv8y1/
https://www.instagram.com/p/C5_2TuePKxB/
https://www.instagram.com/p/C5_2eC1voVC/
No geral, foi um evento
divertido, mas não quis ficar mais porque estava meio cansado e moro
razoavelmente longe. Porém, vou querer ir às próximas edições do Anime Summit, a despeito de estar meio velho para isso, mas é um jeito legal de gastar um sábado,
quando não se tem mais nada para fazer.
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