TEST DRIVE: "A MÃE" - DESCULPE, AINDA NÃO FOI DESTA VEZ J-LO!

 O "Test Drive" de hoje deu uma olhada no filme "A MÃE", o número 1 do TOP 10 da Netflix! E trazemos em nossa matéria nosso veredito: voce deve assistir ou 'pular'? Leia a matéria e decida por si próprio...






Como já disse antes, inclusive gerando protestos! Estar no número 1 do TOP 10 da Netflix, não significa nada. Todo filme que é lançamento acaba lá. Por enquanto, "A Mãe" ocupa este lugar, mas "Synchronic" estrelado por Anthony 'Capitão América' Mackie, que estreou agora deve tomar seu lugar (embora eu ache o ator sem carisma)...Bem, este paragrafo já tem material o suficiente para protestos, vamos a matéria então...


Não é de hoje que Jennifer Lopez (J-Lo) tenta emplacar no cinema. Em 1998, fez um sucesso razoavel com o filme "Irresistível Paixão" onde co-estrelava com George Clooney. O que aparentemente lhe 'subiu a cabeça', já que depois ela exigia trabalhar com atores 'menores' ou 'insossos' para não ofuscar sua atuação...


Agora ela tenta novamente, estrelando o filme "A Mãe", do qual também é produtora (o que explica ser a protagonista). O filme é dirigido por Niki Caro (que não conheço) que dirigiu "Mulan" em live-action para a Disney em 2020. O roteiro foi escrito à 6 mãos, o que explica muito...


Uma das coisas que desanima logo 'de cara', é que o filme é muito, mas muito parecido com "Caçada Selvagem", estrelado por Gina Carano em 2019 e produzido pela própria Netflix. Para que voces não achem que é exagero meu, vou dar uma sinopse dos dois filmes a seguir, para que voces analisem. 




Vamos lá: em "Caçada Selvagem", Gina Carano faz uma veterana do exercito, que volta para casa após o falecimento do pai para reclamar sua herança e cuidar de seu filho. Ao chegar ela descobre que o filho foi raptado e seu instinto de mãe vem à tona e ela parte em seu resgate. O filme se passa no Alasca, em uma região meio selvagem onde ainda é possível encontrar lobos selvagens...Detalhe: em certo momento, o personagem de Gina encontra uma loba que protege seus filhotes. Se cria um vinculo entre elas de respeito e reconhecimento. Na parte final, Gina ferida dá de cara com a loba, que apenas a olha, há o reconhecimento que ambas são mães e protegem seus filhos a qualquer custo. Um leve aceno de cabeça e cada uma vai para seu lado. Gina parte para matar o resto do elenco que consiste em figurantes que fazem os bandidos....




Já em "A Mãe", J-Lo faz uma veterana do exército que após o tempo de serviço, acaba por se envolver com traficantes de armas. Engravida de um deles (que não é identificado, mas fica evidente qual é) e após fazer uma chocante descoberta (traficar armas e drogas não é chocante), resolve largar o grupo. Mas, não é tão fácil e após um sangrento conflito inicial, ela deixa a filha para a adoção e parte para o...Alasca! Lá vive durante 12 anos e acaba tento contato com uma loba (não estou brincando) que protege seus filhotes e por isto não é morta. Descobre então que a filha foi raptada e parte para o resgate. Perto do final, J-Lo ferida dá 'de cara' com a loba selvagem. As duas se olham, há um reconhecimento e respeito por serem ambas mães. Um leve aceno de cabeça...e lá se vão. A loba para sua vida selvagem. J-Lo para matar o resto do elenco que consiste em dubles não identificados que fazem os bandidos... 




Claro que não dá para se comparar as duas. Gina convence nas cenas de luta, mas tem dificuldades nas cenas emocionais. Já J-Lo não convence nas cenas de luta mas, apesar das dificuldades, se sai melhor nas cenas emocionais (não que ela demonstre muita emoção em "A Mãe"). 


O que incomoda mais no filme "A Mãe" é um certo amadorismo na direção e o completo descaso com a história e com os figurantes. Nenhum personagem, fora 'a mãe', é aprofundado. Nem mesmo o ator que faz parceiro da 'mãe' (inicialmente) na tentativa de resgate. O filme parece dividido em duas partes: na primeira há o rapto e a recuperação da menina. Apenas, para no meio do filme, ela ser pega de novo pelo terrível vilão que aparece pouquíssimo no filme e que faz apenas caras, bocas e ameaças...




Para mostrar quão 'barra ´pesada' é a protagonista e o vilão, no inicio a 'mãe' (desculpem mas o nome nunca é dito!) esta em uma 'casa de segurança' do FBI. Ela insiste em dizer que os caras maus sabem onde estão e que vão chegar matando. Como sempre, há um agente clichê que é esquentadinho e fica fazendo ameaças e duvidando do que ela diz. E morre primeiro é claro! Depois do massacre ficam a 'mãe' e o grande vilão. Há uma revelação naquele momento: a mãe ainda esta com a criança no ventre. O vilão é mau e para provar dá uma facada no ventre da mãe. Ela queima seu rosto parcialmente e é salva. 


No hospital, aparece uma agente de lugar nenhum, que não é identificada, mas que parece ser chefe. Ela traz papeis para que a 'mãe' abra mão da criança, pois "se elas ficassem juntas, os bandidos as achariam e matariam"...E completa: "há muitos vazamentos no FBI quando estão envolvidas pessoas que causaram a morte de agentes federais"!?!? Ou seja, se ficar com a menina nós deixamos os caras saberem onde estão...Era isto que quis dizer?? Enfim, a 'mãe' desiste da menina (para protege-la. Com muita dor!) e vai para o Alasca, onde vive um cara que serviu com ela! Ora, não seria uma pista para os vilões? Não, porque se passam 12 anos!! 




Não se sabe como os caras descobriram onde e quem a menina é. Resolvem pegá-la, justamente quando um dos agentes que sobreviveu entra em contato com a 'mãe', para dizer que sua filha estava em perigo e a leva para 'dar segurança' a criança. A partir dai esquece o roteiro. Tiros, sangue, perseguições, torturas, mortes, pancadarias e recuperação da menina. 




Parecia o final do filme, a 'mãe' devolve a criança ao agente e ele vai levá-la aos pais adotivos. Que estavam com agentes do FBI desde o inicio esperando...A 'mãe' não diz quem é, mas a menina intui que ela seja sua mãe biológica. A 'mãe' parte, negando que seja a sua verdadeira mãe e rouba uma moto, indo aparentemente em sentido contrário. No meio do caminho o agente que havia sobrevivido ao massacre do inicio não tem a mesma sorte novamente. E milagrosamente, aparece a 'mãe' com direito a Harley Davidson derrapando em camera lenta, explosão de veículos e fuga espetacular... 




Na segunda parte, vamos para o Alasca! A 'mãe' ensina coisas importantes para a menina, como atirar para matar, esfaquear alguém repetidas vezes e comer coelho ensopado...Ai a diretora mostra que é fã de perseguição com moto-esquis. Que é maneiro desde "007 A Serviço Secreto de Sua Majestade"...Morrem vários figurantes, ou poderiam ser os mesmos, já que eles estavam cobertos dos pés a cabeça com roupa de camuflagem...


Há alguns anos, li em um site que J-Lo havia criado um grande problema com as imagens de divulgação de um de seus filmes, porque havia sido usado photoshop para...diminuir seu traseiro! Ela teria exigido que o tamanho real fosse devolvido...Na época achei que fosse só fofoca, mas este filme me fez pensar que talvez não fosse...


Há uma cena inteiramente gratuita (com narrativa em 'off'), pois não faria a menor diferença estar lá ou não, em que J-Lo aparece rapidamente com um vestido mais justo que Deus. O vestido tem um decote extremamente generoso nas costas. O decote faz ligação direta com o traseiro de J-Lo! Ela se aproxima do vilão Joseph Finnes e ele lhe aperta o traseiro. Fim de cena. Nada contra o traseiro de J-Lo, muito pelo contrário! Mas, a cena não acrescenta nada! A não ser claro a insinuação que o vilão seria o pai da filha. O que não faz diferença, pois não é discutido no filme...




Enfim, respondendo a pergunta inicial se deve ser assistido ou não...A conclusão é que pode ser 'pulado' sem prejuízos. A direção é frouxa; o roteiro é raso; as interpretações são caricatas. E se voce assistiu o filme com Gina Carano, já assistiu este...


Para encerrar: vi em site nacional o questionamento se haveria um "A Mãe 2"...Primeiro,  não há história para isto; segundo, a mulher matou TODO mundo que a perseguia. Se for feita uma continuação, será algo extremamente forçado e desnecessário...






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