TOP 10 MELHORES HISTÓRIAS DO BATMAN

 


TOP 10 MELHORES HISTÓRIAS DO BATMAN

Batman é um dos personagens mais icônicos da cultura pop.

Embora a DC atualmente tenha o hábito de dar muito destaque para o homem morcego, não tem como negar a popularidade do personagem assim várias histórias que ele teve durante todos esses anos, sejam as dramas policiais noir da Era de Ouro, as aventuras sci-fy da Era de Prata e principalmente as histórias como Cavaleiro das Trevas de Frank Miller e a Piada Mortal, que muitos fãs consideram responsáveis por mudar as hqs a partir da década de 80, que passaram abordar temas bem mais sombrios e pesados. É difícil falar de hqs sem pensar pelo menos uma história do morcegão.



Com tantas histórias marcantes em sua longa trajetória nas hqs fica-se a pergunta: Quais foram as melhores?

Na minha opinião, as histórias do Batman que eu considero as melhores são...

10) CORAÇÃO DE SILÊNCIO (Detective Comics nº 846 a 850)



Um dos vilões do Batman criado nos anos 2000, que se tornou bastante popular foi o Silêncio, alter ego de Tommy Elliot, um amigo de infância de Bruce que se tornou um vilão devido a sua inveja pelo bilionário, ainda mais depois que seu pai salvou a vida de sua mãe de um acidente que o jovem tinha causado para conseguir a fortuna de sua família.

Embora sua primeira aparição tenha mostrado o quão estrategista e manipulador o Silêncio era, é no “Coração de Silêncio”, que o vilão demonstra o motivo dele ser uma ameaça pessoal para o Batman. Escrita por Paul Dini, a trama mostra o retorno de Tommy, mais uma vez buscando eliminar Batman, atacando-o através do seu ponto fraco: Seus amigos e entes queridos.  O vilão invade o apartamento de Selina e, literalmente rouba seu coração, colocando o Batman numa corrida contra o tempo para poder salvar a mulher que ama.



Além de um bom desenvolvimento do Batman, mostrando quão o herói se importa com seus aliados e com a Selina (continuando o arco deles que já tinha sido estabelecido no primeiro conflito com Silêncio), Dini aproveita a história para apresentar uns flashbacks do passado do Tommy Elliot, mostrando sua relação com seus pais e como eles influenciariam sua inveja pelo Bruce, tornando um personagem com motivações bem mais profundas e compreensíveis ao seu ódio pelo herói.





9)  PÁSSARO DO AMOR (Batman Annual 11)



Ao contrário do que a DC tentou convencer os leitores nos últimos anos, Batman não é um herói perfeito ou infalível, tendo seus defeitos como qualquer humano. O principal é sua paranoia, a dificuldade do Batman em confiar nos outros, principalmente nos seus inimigos quando eles tentam reformar.

Um dos casos onde essa desconfiança causou sérios problemas foi na história “Pássaro do Amor”, envolvendo Batman lidando com seu inimigo, o Pinguim, tendo cumprido a pena na prisão e decidido a recomeçar uma nova vida após se apaixonar por uma moça.


 

Não acreditando que Pinguim tenha realmente mudado, Batman n fica de olho nele como um falcão, esperando o momento onde Oswald irá escorregar. Entretanto, coisas acabam não saindo da forma esperada pelo detetive, com Pinguim realmente tendo se reformado, mas sendo forçado a voltar pra prisão após quebrar uma regra de sua liberdade para oferecer emprego aos seus ex-capangas.



É uma história que distorce os papéis do herói e do vilão, mostrando Batman lidando com consequências de suas ações. Mas, ao mesmo tempo, ela não é deprimida, com um final bem tocante, que mostra não só um lado bem humano e simpático do Pinguim como também a habilidade do Batman em aprender com seus erros e tenta se redimir.

8) UMA BALA PARA BULLOCK (Detective Comics nº651)



Nem toda história precisa ter o Batman como protagonista. As vezes ela pode ser contada através de personagens ligados ao cruzado encapuzado. Um desses personagens foi o detetive Harvey Bullock. Embora fosse um dos aliados mais leais ao Comissário Gordon, Bullock não compartilhava de sua confiança pelo homem morcego, sempre criticando o herói e expressando sua insatisfação por sua interferência no trabalho da polícia.



No entanto, “Uma bala para Bullock” mostra um lado diferente do Bullock quando ele pede ajuda ao Batman para descobrir a identidade de um criminoso que está tentando mata-lo. O fato de Bullock e Batman terem seus desentendimentos mas trabalharem juntos ajuda a dar mais profundidade para Bullock como um personagem. Ele pode ser um crítico do homem morcego, mas não é irracional, sendo capaz de deixar suas diferenças de lado e trabalhar com o detetive se necessário.



Essa hq faz uma boa abordagem do lado detetive do Batman, com arte contribuindo para dar uma atmosfera bem noir a essa história de drama policial.

7) JUSTIÇA CEGA (Detective Comics nº 598 a 600)



Quando se fala nas histórias mais icônicas do Batman, duas que são muito faladas são a Queda do Morcego (onde o herói tem sua coluna quebrada pelo Bane) e Corte das Corujas (que introduz um grupo de vilões que controla Gotham City nas sombras). O que muitos não sabem é que esse tipo de história já tinham acontecido antes com o cavaleiro das trevas em “Justiça Cega”.

Nesse arco escrito por Sam Hamm (o mesmo roteirista do Batman de Tim Burton), Batman investiga a aparição de uns assassinos super fortes (um deles sendo irmão de uma nova amiga que o herói fez), que se revelam sendo vítimas controladas por um cartel criminoso. Para piorar as coisas, esse projeto de super-mercenários tem sido realizado por cientista das Empresas Wayne, tornando a motivação do Bruce em derruba-los muito mais pessoal.



No entanto, os criminosos conseguem não só incriminar o Bruce de ser um espião russo (época da Guerra Fria), mandando-o para julgamento, colocando numa posição que onde ele não pode escapar facilmente sem revelar seu treinamento e sua identidade secreta.



Justo quando parecia que as coisas não podiam ficar piores, os criminosos tentam atirar no Bruce e acabam e deixando-o temporariamente numa cadeira de rodas, aumentando ainda mais o suspense de como Batman vai derrota-los nessas condições.

O final desse arco é um dos maiores exemplos da determinação do Batman mas também de seu lado trágico, com o herói tomando decisões bem questionáveis que resultam em grandes consequências, demonstrando os sacrifícios que Bruce realiza para ser o herói que ele é.



 

 

6) O NINGUÉM (Shadow of Bat nº 13)



Como eu disse antes, uma história do Batman não precisa ser contada somente pela perspectiva. Elas podem ser contadas através de outros personagens ao redor do herói, sejam seus aliados ou inimigos.

Isso também se aplica a um personagem introduzido somente para a específica história ou arco, como foi o caso do zé ninguém, um morador de rua que descobriu a identidade do Batman e acabou vendendo essa informação para um chefe do crime. Após ser traído e quase morto por esse criminoso, esse coitado, mesmo em suas últimas horas de vida, conseguindo chegar até o Bruce e alerta-lo do plano do vilão em expor seu segredo para os vilões.



Embora Bruce no final conseguia enganar o criminoso e salvar seu segredo, a morte do zé ninguém acaba tendo impacto no herói, com Batman refletindo sobre o questionamento que o morador de rua lhe fez, perguntando o motivo dele arriscar sua vida. A resposta pra isso no ultimo quadro apresenta muito do personagem do Batman, principalmente sua compaixão pelos outros, incluindo os ignorados e oprimidos.



5) LONGO DIA DAS BRUXAS



Jeph Loeb e Tim Sale são uma minhas duplas de criadores favorita. Além de terem feito histórias como “Superman Quatro Estações” e “Homem Aranha Azul”, eles também foram responsáveis por criar uma das histórias mais influentes do Batman.



Nessa trama, Batman, ainda em seus primeiros anos, forma uma aliança com o ainda capitão Jim Gordon e Harvey Dent para derrubar Carmine Falcone, o “intocável” chefe da máfia de Gotham. Porém, um assassino começa a matar os mafiosos em cada feriado, criando tensões entre os mafiosos que irão gerar uma grande mudança em Gotham, com os mafiosos aos poucos sendo substituídos pelos vilões insanos e fantasiados.



Essa história é um perfeito drama noir, tendo mistérios, reviravoltas e um desenvolvimento surpreendente de personagens, principalmente o Harvey Dent, conforme o promotor vai aos poucos seguindo por um caminho que termina com sua trágica transformação no Duas Caras, representando não só a perda de um amigo próximo para Batman como também de um homem que representava a esperança de uma Gotham melhor.




4) O REI DOS MEDOS



Existem muitas formas de desafiar um herói além do combate físico. No caso do Espantalho, ele sempre desafia o Batman num nível mais psicológico, usando suas toxinas para atormenta-lo com ilusões de seus piores medos.

Em “O Rei dos Medos”, o Espantalho escapa do Arkham para executar mais um plano contra o cavaleiro das trevas, atraindo para uma armadilha e expondo o herói ao seu gás do medo. Até até aí é um típico plano do Espantalho, até ser revelado seu objetivo: Ele quer que o Batman confesse e encare seus medos para assim derrota-lo curando-o de seus traumas.



Isso dá ao Espantalho muito mais personalidade como um vilão, e a forma como ele vai plantando sementes de dúvida na mente do Batman, influenciado as ilusões dele ajuda a tornar o Espantalho muito mais assustador, pois mesmo sem seu gás do medo, ele consegue ser um perigoso manipulador.

Até no fim da história é diferente dos outros conflitos do Batman com o Espantalho, com o herói ainda refletindo sobre medos e duvidas que desenvolveu, comprovando que mesmo na derrota, o mestre do medo conseguiu deixar grandes cicatrizes no Batman.

3) ESTRANHAS APARIÇÕES & O CASO DOS PEIXES RISONHOS OU A FASE DE STEVE ENGLEHART (Detective Comics vol 1 nº 469 a 479)



De todos os escritores do Batman, meu favorito é Steve Englehart, que assumiu o Detective Comics por volta da década de 80, com suas histórias restaurando vários personagens clássicos do Batman e modernizando eles para nova geração de leitores.

O maior exemplo foi em seu primeiro arco “Estranhas Aparições” que marcou o retorno do vilão Hugo Strange após décadas sumido das hqs. Nessa história, Batman descobre que o vilão estava atraindo bilionários para um falsa clínica médica e os transformando em seus homens-monstros. Ao confronta-lo, o herói acaba caindo numa armadilha e tem sua identidade secreta descoberta por Strange. 



A forma como Strange vai de querer vender o segredo do Batman para guardar o segredo devido a sua obsessão do herói é muito bem escrita deu muito mais camadas para Strange. Se não fosse por essa história, Hugo Strange não teria tido tantas aparições nas hqs e adaptações atuais.

Outro personagem que Englehart deu uma boa abordagem foi o Coringa, restaurando os planos insanos dos palhaço do crime (nesse caso envolve envenenar os peixes de Gotham para depois exigir dinheiro por direitos de sua marca) ao mesmo tempo preservando o trabalho de Dennis O’Neil e Neal Adams em trazer o Coringa de volta a ser o assassino astuto da Era de Ouro (algo que o Englehart até faz referência, com Coringa anunciando seus crimes pela televisão).



Contudo, Englehart não trabalhou apenas com personagens antigos, tendo criado personagens novos que agiam como link de suas histórias, incluindo o chefe do crime Rupert Thorne e a Silver St. Cloud, um interesse romântico do Bruce cujo final é bem trágico, demonstrando o preço que o Bruce paga por ser um vigilante.



2) BATMAN ANO UM (Batman vol 1 nº404 a 407)




Não tem como falar Batman sem citar Frank Miller, cuja hq do Retorno do Cavaleiro das Trevas é uma das obras mais influentes não só nas histórias do Batman como também de hqs em geral. Entretanto, embora Retorno do Cavaleiro das Trevas seja sua obra mais icônica, Ano Um é a melhor história que ele fez do Batman, tendo apresentando uma nova versão da origem do morcego.



Como diz o título, a história se passa no primeiro ano do Batman, com Bruce tendo retornado de seu treinamento e começando aos poucos adotar a identidade do homem morcego. Simultaneamente, Jim Gordon também chega na cidade e começa a trabalhar como Sargento do Departamento de Polícia, lidando com a corrupção de Gotham. A partir daí a história passa a focar na relação do Batman com Gordon e como o vigilante e o policial vão desenvolvendo sua aliança.


A trama parece simples, porém é nos pequenos detalhes que ela se destaca desde a retratação de Gotham como essa cidade escura, pobre e dominada pela corrupção (justificando a necessidade de um vigilante como Batman) ao arco de personagens como a Selina Kyle e, principalmente, o Jim Gordon, com ambos sendo influenciados pela presença do homem morcego, mostrando como a influência que o cavaleiro das trevas tem nas pessoas de Gotham.

1) GUERRA AO CRIME



Quando se fala no maior inimigo do Batman, muitos citam vilões como Coringa, Duas Caras, Ra’s Al Ghul, mas ignoram um inimigo recorrente em grande partes das histórias: A corrupção de Gotham.  Não importa quantos criminosos Batman prende, Gotham continua a ser uma cidade marcada pela pobreza e crime organizado, com mafiosos e milionários corruptos conseguindo escapar da lei. Então por que Bruce se esforça tanto por uma cidade que se provou estar além da salvação?



Paul Dini e Alex Ross trabalham esse dilema no Guerra ao Crime, mostrando o Batman combatendo criminosos num bairro de Gotham, enquanto, como Bruce Wayne, tenta impedir que a região seja demolida por um empresário corrupto. Durante suas patrulhas ele acaba se encontrando com Marcus, um garoto que teve seus pais mortos, algo que Batman consegue facilmente se relacionar. 



Porém, por ser pobre e não ter alguém para cuidar dele, diferente do Bruce, o garoto das ruas acaba se unindo a uma gangue, fazendo o Batman pensar numa forma de salva-lo desse caminho sombrio.

Essa hq é lembrada pelo clímax, com Batman inspirando Marcus a desistir dessa vida de crime não por meio da força mas sim de sua compaixão, porém eu acho que essa história é muito mais do que apenas essa cena. 



Dini e Ross conseguem capturar a atmosfera de Gotham e representar o conflito principal do Batman de tentar dar um futuro melhor para uma cidade dominada pela corrupção e injustiça. O próprio homem morcego admite no final que sua luta nunca terá um fim definitivo. Mas sua vitória em ajudar o bairro e Marcus ter se redimido o inspira a continuar, dando-lhe esperança de suas ações não foram em vão e poderão ter uma influência no futuro.

Essa é a essência do Batman: Um herói que cresceu de um desejo de vingança para uma promessa altruísta de proteger os inocentes e evitar que eles sofram as perdas e traumas que ele sofreu.

Por esse motivo que Guerra ao Crime é uma das melhores histórias do Batman, assim como uma das minhas favoritas.


Então é isso! Quais são suas histórias favoritas do Batman? Sintam-se a vontade para colocar suas opiniões e ideias nos comentários abaixo.


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