TOP 10 MELHORES HISTÓRIAS DO HOMEM DE FERRO

 


TOP 10 MELHORES HISTÓRIAS DO HOMEM DE FERRO

Hoje em dia o Homem de Ferro é um dos personagens mais icônicos da Marvel, com o filme de 2008 tendo elevando a popularidade do herói e tornando-o conhecido pelo grande público e o ator Robert Downey Jr tendo definido a imagem que muitos tem do Tony Stark e seu maneirismo.



Mas, curiosamente, nem sempre foi assim.  O personagem criado por Stan Lee na década 60 era bem menos sarcástico e fanfarrão que o Tony do Downey Jr. e não tinha o mesmo nível de popularidade, sendo pouco conhecido pelo público geral comparado com outros vingadores principais como Hulk e Capitão América. Porém, isso não significa o personagem era um completo fracasso, tendo tido uma histórias bem escritas e que desenvolviam o Tony e seus dilemas.



Que histórias eram essas?

Para responder essa pergunta... eis o meu top 10 melhores histórias do Homem de Ferro

10) O Mais Procurado do Mundo / Tony Stark A Queda (Invencivel Homem de Ferro  vol 2 n°8 a 24)



Um dos eventos que afetou bastante a imagem foi o Guerra Civil, onde o personagem se tornou bastante antipático, tomando várias decisões questionáveis, desde criar um clone do Thor que assassinou o herói Golias a recrutar super vilões para caçar heróis contra a lei de registro, que tornaram difícil criar empatia por ele. Diante disso o autor Matt Franction buscou consertar erros, não apagando-os da continuidade mas sim mostrando as consequências das ações do Tony e o efeito que elas tem em sua vida pessoal.

A maior de todas veio após o evento Invasão Secretas, onde os Skrulls se infiltraram Terra e quase conquistaram o planeta se não fosse pela intervenção dos heróis e aliados. Por ter omitido informações do governo, Tony foi destituído do seu cargo como diretor da SHIELD, que por sua vez foi dissolvida e substituída pela MARTELO, uma organização liderada pelo Norman Osborn.



Para evitar que o vilão tenha acesso aos arquivos contendo as identidades dos heróis registrados, Tony, com ajuda de aliados como a Maria Hill e a Pepper (que se tornar Resgate nesses arcos), tenta apagar todas as fontes de informação, se tornando um fugitivo e sendo caçado pelos Vingadores Sombrios.



Enquanto o primeiro arco do Fraction explorou bem o Stark e os questionamentos sobre as decisões que ele tomou, foram essas duas histórias que mostram lidando com as consequências de seus atos, com o final tendo o Tony realizando um grande sacrifício, demonstrando os limites que está disposto a ir para garantir a segurança de seus amigos.

9)  Se eu devo morrer que seja com honra ( Tales to Suspense n° 69 a 71)



Tendo sido criado durante a Guerra Fria, é natural que os inimigos do Homem de Ferro (que representa capitalismo), fossem comunistas como russos e chineses. Um desses vilões que enfrentou nessa época foi o Homem Titânio, um general russo que, com auxilio de cientista, criou sua própria armadura para eliminar o Homem de Ferro, desafiando assim o Vingador Dourado para um duelo, sendo transmitido para o mundo todo.

Embora a luta deles seja uma propaganda nada sutil da Guerra Fria, o ponto alto dessa história é o desenvolvimento do Happy Hogan. Apesar de agir como um alívio cômico e um rival para o Tony num triangulo amoroso com a Pepper Potts, o motorista do Stark tinha momentos em mostrava sua valentia para proteger seus amigos, mesmo não tendo poderes ou armadura que nem seu chefe. Essa história é um dos maiores exemplos disso, quando Homem de Ferro acaba tendo problemas devido à perda de um dispositivo, é Happy quem vai atrás do objeto, chegando entrar no meio da luta do herói contra o Homem Titânio para salva-lo, sendo gravemente ferido no processo.



O arco também demonstra o lado simpático do Tony, com ele se culpando pelo que aconteceu e tendo que lidar com as consequências de sua identidade secreta (Obs: Na época ninguém sabia que o Tony era o Homem de Ferro), com muitos incluindo a Pepper julgando que Tony é realmente um milionário sem coração, quando na realidade ele se importa com seus amigos.

8) Resoluções (Homem de Ferro vol 1 n° 200)



Entre todos os vilões do Homem de Ferro, meu favorito é o Obadiah Stane, o Monge de Ferro. O motivo se deve ao fato dele ser o perfeito contraste ao Tony Stark, visto que ambos são empresários ricos e inventores, porém enquanto um passou a usar sua ciência para ajudar as pessoas, o outro utiliza suas invenções para seus fins egoístas. Ele é praticamente um reflexo do que o Tony poderia ter se tornado se não aprende-se a encarar as responsabilidades dos seus atos.

Desde que apareceu nas hqs, Stane se mostrou um vilão a altura do Stark, manipulando eventos que atormentaram o Tony tanto fisicamente quanto emocionalmente, fazendo-o perder sua empresa e se afogar no alcoolismo e depressão. No entanto, Tony aos poucos foi superando seus problemas, deixando Stane irritado. Diante o possível retorno de seu rival, Stane sequestra as pessoas mais próximas do Tony, cabendo a ele resgata-los, travando sua luta definitiva contra o Monge de Ferro.

Embora eu curta a versão do filme, o Stane das hqs conseguiu ser superior, com um arco muito bem desenvolvido e final do conflito dele contra o Stark reflete muito da personalidade do Stane e a ideologia que o tornou no vilão que ele é no presente.

7) A Máscara do Homem de Ferro (Homem de Ferro vol 3 n°26 a 30)



Uma dos tipos dos conceitos presente no gênero de sci-fy (ficção científica) é o de inteligência artificial e a capacidade de maquinas desenvolverem uma consciência própria. É claro que esse tipo de história seria abordada nas hqs do Homem de Ferro, considerando a ligação do herói com invenções e tecnologia.

Nesse arco feito pelo Joe Quesada, Tony, após sofrer um dano numa luta contra o Chicote Negro, descobre que sua armadura ganhou uma consciência própria. Apesar de parecer ter boas intenções, é a forma como a obsessão da I.A em querer proteger o Tony e imita-lo, que acaba fazendo com que ela seja corrompida, forçando Tony a descobrir uma maneira de derrotar uma vilã que ele mesmo criou.

O fato da armadura ter seus padrões mentais baseados nos de Tony torna a luta deles bem mais pessoal, com ela representando não só uma invenção do Tony que se voltou contra ele mas também os seus defeitos e piores aspectos, como inveja e arrogância.



Outro ponto alto da hq é o conflito final entre o Tony e a armadura, onde o herói, privado de suas armas, invenções e aliados, confronta sua inimiga usando recursos do ambiente, mostrando mais uma vez que seu grande poder no final, não é sua armadura mas sim sua inteligência e engenhosidade.

6) Demônio da Garrafa (Homem de Ferro vol 1 n° 120 a 128)





O maior inimigo que o Tony já enfrentou não é um vilão como Mandarim ou o Monge de Ferro, mas sim um problema bem mais sério: o Alcoolismo.

A primeira vez que esse aspecto do Tony foi explorado foi pelas mãos da dupla David Michelinie e Bob Layton. Nela, a armadura do Tony é sabotada por seu inimigo, Justin Hammer, que faz o herói matar um senador, virando a população contra o herói. Enquanto tenta provar sua inocência, Tony vai se afundando na bebida, usando como um método de ignorar seus problemas e essa decisão acaba grandes consequências para seus relacionamentos.


Mesmo com as cenas de ação e luta, o ponto alto dessa história é o drama do Tony e a dificuldade passa para lidar com o alcoolismo, com a hq tratando o problema de forma bem real, com Tony passando por muita coisa até conseguir lidar com esse vício, se tornando um personagem bem mais desenvolvido e relacionável.



5) A busca do Destino (Homem de Ferro vol 1 n°149 a 150)



Meu vilão favorito das hqs é o Doutor Destino e um dos motivos disso é o fato dele funcionar na história de qualquer herói, incluindo o Homem de Ferro, considerando como os dois são gênios, inventores e usuários de armaduras hi-tech.

Entre todos seus encontros, o mais icônico foi nesse arco feito também por Michelinie e Layton, onde durante um conflito, os dois inimigos acabam acidentalmente indo parar nos tempos do Rei Arthur, com o Homem de Ferro se unindo aos cavaleiros da Tavola Redonda para confrontar Destino, que se aliou a feiticeira Morgana Le Fey, sob a promessa de que ela o ajudaria a resgatar a alma de sua mãe.



Só a descrição dessa trama já indica que é história é pura aventura quadrinesca, com as interações entre o Stark e o Destino resultando em vários momentos divertidos.

4) Duelo de Ferro (Homem de Ferro vol 1 n° 190 a 192)



Tony Stark não foi o único Homem de Ferro da Marvel. Muitos outros chegaram a usar a armadura do herói, com um dos mais importantes sendo James Rhodes, que assumiu após Tony ter perdido sua empresa para o Stane. De início Rhodes faz um bom trabalho como um sucessor do Stark, porém, os programas da armadura começam a corrompe-lo, afetando seu cérebro e tornando cada vez mais invejoso e violento, cabendo ao Tony ter que lutar contra seu velho amigo e recuperar seu manto.

Legal como a história não torna o Rhodes num zumbi sob controle da armadura, mostrando como sua corrupção é um resultado de suas inseguranças que vieram a tona quando ele assumiu o manto, tornando sua mudança de atitude muito compreensível e o fato do Tony derrota-lo apenas conversando com Rhodes demonstra o quão profunda é amizade dos dois e como Tony cresceu após tudo que passou.

3) Libertação (Homem de Ferro vol 1 n° 182)



Como expliquei nos itens anteriores, o Tony passou por um período difícil no seu arco com Stane. O vilão não só tomou a empresa dele mas fez com que Stark voltasse a se afundar no alcoolismo, chegando a níveis piores que em Demônio da Garrafa a ponto que o Tony se afastou dos seus amigos, passando a viver como um homem pobre e quebrado. A única pessoa que ele teve como amiga foi uma moça grávida chamada Gretl.

A relação dos dois acaba chegando numa conclusão bem trágica, quando são pegos por uma tempestade de gelo justo quando Gretl está preste a dar a luz. Mesmo realizando o parto, Gretl acaba morrendo perante o frio, com Tony prometendo proteger a criança.

Embora o nascimento do bebê seja um simbolismo nada sutil, a história faz um bom trabalho em mostrar a compaixão que o Tony tem por trás de sua atitude arrogante e descontraída e como na hora decisiva, ele demonstra se importar com os outros, dando seus grandes passos para superar sua depressão e poder derrotar Stane.

2) Extremis (Homem de Ferro vol 4 n° 1 a 6)



Uma das maiores inspirações por trás do filme do Robert Downey Jr foi essa minissérie de 6 edições, feita por Warren Elis e com a arte de Adi Granov, onde Tony tem que lidar com Mallen, um terrorista que tomou o Extremis, um soro que o transformou num super humano.



Na primeira luta, Mallen deixa o Tony bastante ferido. Só tendo uma chance de derrota-lo, o herói toma uma decisão ousada e também recebe o Extremis, ganhando novas habilidades que ele consegue utilizar para travar sua revanche contra o criminoso.


Além da arte bem cinematográfica de Granov, a hq é um excelente cartão de entrada para qualquer fã que queira conhecer o Homem de Ferro, abordando sua origem (agora num contexto mais atual) e modernizando o personagem, ao mesmo tempo em que explora o Tony como um homem marcado pelos erros e tentando se redimir e ser uma pessoa melhor.



1) Guerra das Armaduras (Homem de Ferro vol 1 n° 225 a 232)



Apesar de ser um herói, Tony não é perfeito. Para proteger seus amigos, Tony é capaz de tudo para garantir a segurança deles, incluindo tomar ações questionáveis, cujas consequências sempre afetam Tony e sua vida pessoal. Uma das histórias a explorar essa personalidade do herói muito bem foi o icônico arco da Guerra das Armaduras.



Nessa história, também escrita pela dupla do Michelinie e Layton (já tá claro que os dois são os melhores escritores do Homem de Ferro) Tony descobre para seu horror que sua tecnologia foi roubada pelo Justin Hammer e vendida para criminosos. Incapaz de recuperar sua tecnologia legalmente e carregando a culpa pelas ações dos criminosos, Tony passa a caçar todos aqueles que estão usando sua tecnologia e desativa-los, mesmo que pra isso tenha que ir contra o governo e heróis como o Capitão América.





Embora tenha tido outras histórias que abordaram essa atitude do Tony, Guerra das Armaduras é que conseguiu representar esse aspecto do herói sem faze-lo perder a empatia. A história faz com que o leitor compreenda as motivações do Tony e torça pra que ele tenha sucesso, porém mostra as consequências de suas ações e os danos que isso causa na reputação do Tony, de sua empresa, e em seus relacionamentos, principalmente com Steve Rogers (essa história é uma das primeiras a mostrar um conflito ideológico entre esses dois rivais, plantando as sementes do que seria visto depois em eventos como Guerra Civil e o Vingadores do Hickman). Até o próprio Stark reflete sobre o que fez, e questiona sobre o preço de suas ações, demonstrando o conflito interno presente no herói, tornando-o uma figura muito mais simpática e compreensível.

Por essas razões que essa hq, pra mim, é a melhor história do Homem de Ferro de todas.



Então é isso! Quais são suas histórias favoritas do Homem de Ferro? Sintam-se a vontade para colocar suas opiniões nos comentários abaixo.

 


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