Inomináveis Saudações a todos vós, Realistas Leitores!
A Coleção Soleil Celtic visa a publicação de obras inspiradas nas Mitologias Celta/Nórdica e é um belo caminho de entrada nos Quadrinhos Europeus para os interessados em diversificar suas leituras. Walkyria é o primeiro título que leio da Coleção, uma história direta, eletrizante e que não escorrega em furos de Roteiro ou queda na parte gráfica. Aventura sanguinária que, entretanto, não deixa de ser uma história de Amor e de Sobrevivência frente aos perigos que surgem contra os personagens principais.
Quando se fala em Mitologia Nórdica nos Quadrinhos, a referência mais direta se concentra no Thor e no Povo de Asgard da Marvel. Nos Aesires, mais precisamente dizendo, que pulsam coloridos e pasteurizados nas histórias que vivenciam naquela Editora. Já em Walkyria, Hermod, o Aesir que mais se destaca, é apresentado como o oposto daqueles, assim como os demais habitantes de Asgard: nunca mostra o rosto, ocultado por uma máscara que faz parte do elmo que usam; não se expressam labialmente, apenas através de Contato Telepático; e não utilizam vestimentas coloridas.
Os desenhos de Drazen Kovacevic e as cores de Simon Champelovier são contidos e discretos. Isto resulta em cenas memoráveis nos momentos de luta, seja entre dois personagens ou grupos grandes. Não há economia alguma nas cenas violentas, as quais merecem ser lentamente apreciadas. E um grande acerto de Sylvain Cordurié foi o de utilizar um Aesir não-tradicional em Quadrinhos para participar como um elemento principal da história. Particularmente, não usar o Thor foi uma excelente decisão tomada para fugir de uma obviedade que seria dar destaque ao mais conhecido e popular dos Deuses Nórdicos entre os leitores. Gunhild se expressa veemente e livremente, tem uma participação importante no enredo não ficando atrelada ao fato de ser uma "Valquíria Caída". Mas, é o amado dela que mesmo sem dialogar verbalmente vem a ser o destaque maior desta obra. E outra sacada genial de Cordurié foi não ter expresso a Comunicação Telepática dele em balões de pensamento, algo que ultimamente muitos Quadrinhos estão abandonando.
Amaldiçoados por Odin, os dois não podem se tocar e em angústia permanecem isolados em Midgard. Com relutância, eles decidem acompanhar Alrik e o grupo de companheiros do mesmo até Asgard, a fim de levar até Odin em pessoa um pedido de clemência para cessar o Inverno cruel que se abate sobre as terras deles. Entre os personagens humanos, Alrik se destaca pela personalidade impetuosa, a coragem e a audácia diante de perigos sobrehumanos. Ele é o único personagem mortal que não se diminui diante das presenças de Imortais e com toda satisfação segue confiante na viagem em direção ao Pai Dos Aesires.
Entretanto, o que era para ser uma viagem simples para um humilde pedido de clemência pela Humanidade se tornou um pesadelo para cada um dos viajantes e para a própria Midgard. Uma grande tragédia se abateu sobre Asgard e a segurança de todos os Nove Mundos ficou comprometida. Uma grande aliança em nome de uma vingança alimentada por um ódio milenar lança a todos os inimigos de Odin e dos Aesires contra estes e a Humanidade. Sozinhos, Hela, Elfos Brancos e Gigantes do Gelo, os antagonistas da história, não poderiam contra o Poder daqueles que odiavam. Por isso, fazem uso do grade Poder Místico de um Artefato Multimilenar, que promove tanto o Inverno feroz como tudo que se abateu sobre Asgard.
Maiores detalhes sobre o Artefato, assim como o desenvolvimento da trama, apenas lendo Walkyria vocês poderão apreciar. Resenhar não é contar tudo de algo lido ou assistido, se trata de direcionar a quem interessar para o que é sinteticamente apresentado em postagens como esta. E com toda a minha integridade e honestidade como Resenhador, garanto a quem tiver o interesse de ler esta obra que a mesma é imperdível por diversas naturais qualidades.
Saudações Inomináveis a todos vós, Realistas Leitores!
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