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10 Histórias do Batman pra ler no Halloween
Feliz Halloween,
pessoal!
Um dos heróis que mais associados com as temáticas de terror e monstros dessa data comemorativa é o Batman. Enquanto a maioria de suas histórias são histórias urbanas de detetive com um clima bem noir, algumas possuem uma pegada de filme de terror, principalmente os clássicos do expressionismo alemão e Batman já encarou umas ameaças sobrenaturais, além de trabalhado ao lado de heróis do ramo como Zatanna e Deadman. Até mesmo as histórias de seus inimigos demonstram serem influenciados por filmes de terror gótico, já que a maioria deles são pessoas que, devido a circunstâncias trágicas, são transformados em monstros deformados e rejeitados pela sociedade.
Mas quais histórias
foram essas?
Para responder essa
pergunta, eis o meu top 10 histórias do Batman para ler no Halloween
10)
O monge louco (Detective comics 31 e 32)
A primeira vez em que o
Batman lidou com um caso sobrenatural foi em suas primeiras edições, quando se
encontrou com o Monge, um vampiro que tinha desenvolvido um interesse em Julie
Madison, noiva do Bruce Wayne. Para impedir salva-la, Batman saiu numa jornada
pelo mundo, passando por várias armadilhas até finalmente conseguir encontrar a
tumba do Monge e derrota-lo.
A história consegue
introduzir muito bem o lado sobrenatural do mundo do Batman, fazendo muitas
homenagens a filmes clássicos de horror (ex: castelo assombrados, armadilhas,
uma donzela vítima de interesse do vilão, etc....)
9)
Asilo Arkham (Batman Asilo Arkham)
Uma das temáticas
trabalhadas nas hqs do Batman são as semelhanças entre o herói e seus inimigos.
Apesar de defender a lei, Batman não tem como negar como ele e seus inimigos
são muito parecidos, fazendo encarar a possiblidade dele também ser uma pessoa
insana, que deveria ser presa junto dos criminosos que ele capturou. O conflito
com esse medo se manifestou nessa obra de Grant Morrison, onde os vilões
(liderados pelo Coringa) conseguem tomar controle do Asilo Arkham e convencem o
morcego a tomar o lugar dos reféns.
Além da história ser um
estudo da mente do Batman e de seus inimigos, a arte de Dave McKean ajuda a dar
a história uma atmosfera bem sombria com muitos personagens, incluindo os
vilões tendo designs bem apavorantes.
8)
Trilogia do Batman Vampiro (Batman Chuva Rubra, Tempestade de Sangue, Bruma
Escarlate)
Na luta contra o crime,
a principal arma do Batman é o medo, com ele tentando fazer com que seus
inimigos pensem que ele é uma criatura sobrenatural. Mas e se ele fosse? Nessa
trilogia de elseworlds, é mostrado um conflito do Batman contra o príncipe das
trevas, Conde Dracula, que resulta no herói sendo forçado a se transformar num
vampiro para poder derrotar o vilão. No entanto, conforme sua sede de sangue
cresce, Batman vai percebendo que ele libertou Gotham de um monstro apenas para
condena-la a uma criatura pior: Ele mesmo.
7) Batman Longo Dia das
Bruxas (Batman Longo Dia das Bruxas)
Difícil fazer uma lista
dessas sem citar O Longo dias Bruxas, uma das histórias mais importantes da
mitologia do Batman. Embora seja considerada mais um história de mistério e
drama noir a lá “Poderoso Chefão”, ela tem muitos elementos ligados ao
Halloween e ao gênero de terror. Não só a história se passa durante o dia das
bruxas (assim como muitos outros feriados, mas apresenta muitos elementos de
filmes de terror: Pessoas sendo assassinadas, um assassino misterioso, pessoas
tentando descobrir quem foi o responsável pelo crime e Batman confrontando
vários vilões bizarros de sua galeria, incluindo o Coringa e Solomon Grundy,
todos representados com um visual bem estranho e gótico feita pela arte icônica
do Tim Sale.
6)
O Caça Ratos (Detective Comics 585 e 586)
Um dos vilões mais
subestimados do Batman é o Caça Ratos, um assassino capaz de controlar os
roedores de esgoto. Em seu primeiro conflito com o cavaleiro das trevas, o
vilão sequestrou os responsáveis por sua prisão anos atrás, deixando-os
apodrecer em celas nos esgotos de Gotham. Para salvar essas pessoas, Batman é
forçado a ir no habitat do Caça Ratos, tendo que sobreviver as armadilhas do
criminoso.
Embora a ideia de um
vilão capaz de falar com ratos parecer boba, a história de Alan Grant e Norm
Breyfogle ajuda mostrar o quão assustador o conceito realmente é. O Caça Ratos
não só controla um número pequeno de ratos mas colônia inteira, que juntos são
capazes de matar e devorar uma ou mais pessoas não importa o tamanho. O fato da
história se passa nos esgotos torna a ameaça ainda maior e passa uma sensação
de claustrofobia e suspense.
5)
A bela e a fera (Asilo do Coringa II
Crocodilo)
Apesar de ser retratado como um brutamontes sem cérebro, o Crocodilo teve muitas histórias que retratam um lado humano e trágico por trás de sua aparência bestial, revelando seu desejo de querer encontrar um lar onde ele pode ficar em paz. Uma desses exemplos é essa história onde Croc, após fugir do Asilo Arkham é salvo por um gangster e os ajuda a tomar controle do submundo de Gotham. Ao mesmo tempo, Croc desenvolve uma relação com a esposa do mafiosos, sem saber que ela está apenas o manipulando contra seu marido, tornando o final dessa história bem trágico.
Essa é uma história de Frankenstein no mundo do Batman, abordando questão sobre quem é o verdadeiro monstro. O fato de Croc não falar até a última página ajuda destacar o lado animal durante a história e ainda mais seu lado humano quando ele finalmente se expressa.
4)
Barro (Detective Comics Annual 1)
Outro vilão do Batman
que pega muita inspiração de filmes de terror é o Cara de Barro. Sua versão
mais conhecida é Basil Karlo (nome inspirado em Boris Karloff, o eterno
Frankenstein e a Múmia), um ator que enlouquece após descobrir que um dos seus
filmes está tendo um remake, fazendo com que ele comece a matar o elenco. Essa
origem foi modernizada pelo roteirista James Tynon, que acrescentou elementos
de outras versões do vilão metamorfo.
Nessa nova origem, Basil
também sofre um acidente que deixa seu rosto bastante deformado acabando com
sua carreira. Desesperado, o ex-ator acaba se expondo a uma substância química
que lhe permite assumir qualquer aparência. No entanto, sua dependência desse
produto o leva ao um conflito com Batman e sua transformação no Cara de Barro.
É um grande exemplo de
como modernizar uma história clássica, homenageando o passado e acrescentando
algo novo. Ao invés de ser apenas obcecado por seus filmes, Karlo é retratado como
uma figura trágica com motivações muito compreensíveis, de querer salvar sua
carreira, o que torna sua transformação nesse monstro de lama num momento
chocante.
A hq também constrói bem
a evolução de Karlo por meio de flashbacks, mostrando sua relação com seu pai,
Vincent (uma homenagem ao ator Vincent Prize) que aconselha o filho a não
revelar o monstro interior enquanto estive no palco, indicando o destino trágico de
Karlo.
3)
Trilogia do Morcego Humano (Detective comics 400, 402 e 407)
Se cada vilão do Batman
representa um reflexo de um traços de sua personalidade, então o Morcego Humano
representa seu desejo de querer ser um monstro da noite que traz terror ao
coração dos seus inimigos. Contudo por trás da aparência monstruosa, o Morcego
Humano é o doutor Kirk Langstrom, um pacato cientista que acabou fazendo
experiências consigo mesmo e acidentalmente se transformou nessa criatura
alada.
Com muita influência de
clássicos como Lobisomem, Os primeiros conflitos do Morcego Humano com Batman,
juntos são um filme de 3 atos, com cada edição mostrando Langstrom sendo cada
vez mais corrompido por sua transformação, indo de um monstro incompreendido
que apenas busca por uma cura, para um vilão que tenta transformar sua noiva
num Morcego Humano para ficarem juntos.
2)
Cavaleiro das Trevas, Cidade das trevas (Batman 452 a 454)
Atualmente, os fãs do
morcego tão ansiosos pelo The Batman de Matt Reeves, cujo vilão será uma versão
mais sinistra do Charada, vivido por Paul Dano. Essa abordagem para o mestre
dos enigma tem inspiração não só da hq Batman Terra Um vol 2 mas também da
histórias “Cavaleiro das Trevas, Cidade das trevas” onde o Nygma inicia uma onda
de crimes brutais em Gotham, fazendo Batman ter que desvendar suas pistas
enigmáticas para descobrir seu objetivos, mal sabendo que as ações de Nygma
estão ligadas com uma lenda sobrenatural evolvendo o passado de Gotham City. É
uma hq que demonstra o quão assustador o Charada pode ser como um vilão e um
exemplo de como ele é um dos poucos a desafiar a inteligência do cruzado
encapuzado.
1)
Ego (Batman Ego)
De todas as temáticas abordadas
nas hqs do Batman, uma das principais é sobre dualidade, envolvendo a dinâmica
do herói com seu alter ego de Bruce Wayne, as diferenças entre eles e como um
afeta o outro. O ponto alto disso foi nessa obra de Darwyn Cooke, onde Batman,
após falhar em salvar uma vida, acaba tendo um conflito mental com seu alter
ego, com suas interações se tornando um estudo da mente do Batman suas dúvidas,
arrependimentos e medos, tudo trazendo a questão mais importante sobre quem é a
personalidade dominante: Bruce Wayne ou Batman?
Destaque também para a
arte de Darwyn Cooke na hq. Embora seus trabalhos como Nova Fronteira e Mulher
Gato tenham pegada mais noir e clássicas de hqs da Era de Ouro e de Prata, em
Ego ele arte dele segue por uma direção bem surreal, com os visuais sombrios e
distorcidos contribuindo para a representação da jornada do Bruce Wayne em sua
mente e seu duelo psicológico com o Batman, tornando essa hq é uma boa
recomendação para o Halloween.
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