My Heroes Have Always Been Junkies


Olá, sou o novo participante desse time maravilhoso do blog. Meu user é Blue Hammer, mas pode me chamar de Emanuel. Sou fã de Super Heróis e Quadrinhos desde que me conheço por gente, quadrinhos são minhas paixão, principalmente os de Supers. Mas hoje, vou comentar sobre um quadrinho mais "underground" publicado pela Image Comics em 2016 que é "My Heroes Have Alway Been Junkies." o que em tradução literal fica: "Meus Heróis Sempre Foram Viciados." Sim, eu sei... O título lembra muito a música Ideologia do Cazuza.



A dupla Ed Brubaker e Sean Phillips é uma união de peso, Brubaker já muito conhecido do mundo dos Heróis, pois foi o roteirista de Capitão América por uns bons anos e o responsável por reinserir Bucky Barnes como Soldado Invernal. Ed também é responsável por criar Gotham Central, com um outro grande roteirista, Greg Rucka! Mas isso, é história para outra resenha. 

Vamos lá... Brubacker e Phillips a principio se uniram para criar a hq "Criminal" uma história com a pegada de gangues e romance policial, característico das obras de Ed. A hq faz parte do universo de Criminal, mas não é necessário ter lido a obra, pois ela quase não possui ligações com a trama principal.

My Heroes Have Always Been Junkies, a princípio nos apresenta Ellie, uma garota totalmente manipuladora e cheia de si, a qual está internada em uma clínica de reabilitação para viciados, uma clínica belíssima e elitizada. Ellie debocha da maioria daqueles que estão internados, dizendo que todos os viciados contam mentiras, tirando por base sua própria mãe, e pelos casos que leu, ao invadir o escritório do reitor.


Ellie conhece Skip no meio da roda de conversa dos vícios, um reincidente que de início, já está perdidamente apaixonado por ela.
Ellie consegue influenciar Skip totalmente, manipulando o garoto a fugir junto com ela da clínica, e viverem esse amor louco e proibido, a base do sexo, drogas e pequenos furtos para se sustentarem, utilizando em vários momentos, o ódio do garoto sobre o pai, como ponto motivador.

A história é poética, com diversas passagens pelo mundo artístico e musical, comentando sobre Billie Holiday até Van Gogh, e afirmando que todos eram extremamente produtivos e qualitativos, enquanto estavam em "picos" e que após largarem as drogas, perderam muito a qualidade artística e musical.

As reflexões da protagonista, e o final extremamente impactante e poético, podem passar despercebidos se não forem lidos com atenção.


A arte de Sean e as cores feitas por seu filho Jacob, são de tirar o fôlego, de tão belas me deixaram com os olhos marejados ao fim da hq. A história é excelente, e que merece uma publicação no Brasil. Aliás, todos os trabalhos autorais de Brubacker e Philips num todo, precisam ser publicados no país. A dupla também é reponsável pelas obras: Kill or be Killed, Cruel Summer e a mais recente delas, Pulp.

Estou no instagram também, publico sempre pequenas resenhas e fotos de quadrinhos. @bluehcomics




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