JOIAS BRUTAS, A RESENHA


Antes de começar a falar sobre o mais recente filme de Adam Sandler, constatei que fazia um tempo que não via um filme interessante do comediante, aquele cujo trailer te fazia querer assistir.


O último filme legal dele foi Zerando a Vida, no longínquo ano de 2016. Tirando a parte que destrói uma das melhores músicas da Madonna, de resto tudo funciona muito bem. Inclusive David Spade faz muito bem o papel do fracassado que não tem uma vida a perder.


Antes disso, Sandler acertou em Eu os Declaro Marido e Larry – em 2007! E entre 2007 e 2016? 

Ahn, Hotel Transilvânia?!

Eu tenho uma queda por Hotel Transilvânia porque na animação há um personagem hilário que é uma geléia semitransparente. Bastava ela aparecer que eu caía na risada. E como na parte 2, a geléia ganhou mais destaque, acredito que eu não tenha sido o único a perceber o potencial.

Enfim, a carreira de Adam Sandler estava em queda livre – assim como a maioria dos comediantes da atualidade.

Então, surgiu Jóias Brutas, muita gente falou que era O filme de 2019 e que seu astro era indicação certa para o Oscar.




Então, fui conferir, certo? Não tem como dar errado.

Adam Sandler, interpretação surpreendente, filme denso, sujo, personagens marginais. Wow!
Esqueça! Não tem nada disso.

Eu deveria assistir ao filme novamente para fazer essa resenha com mais propriedade, mas, e a coragem? O filme é tão chato que eu não conseguiria perder minhas sacrificadas horas livres por isso.

Dito isso, vamos lá, do jeito que eu me lembro mesmo.
Sandler é Howard Ratner, proprietário de uma joalheria em Nova York, judeu e parece estar preso num loop do tempo nos anos 90.




Tem um casamento falido, com filhos distantes e carentes e uma amante gostosa.
Ratner é um pilantra de mão cheia, dá golpes nos clientes e tenta passar-lhes a perna sempre que pode. Tem uma espécie de “quadrilha” que trabalha para ele.

Seus--- tentáculos vão até minas de diamante na África.
Julia Fox, a pin up girl







































E justamente por alguns diamantes em estado bruto é que se dá todo o enredo do filme.
Ratner está promovendo um leilão e quer vender uma jóia – diamante não lapidado – por um preço substancial e pagar suas dívidas com agiotas, que estão literalmente lhe tirando a paz.

Nesse molho, ele é apresentado a um jogador de basquete da NBA, que cai na sua conversa de que a jóia em questão tem poderes mágicos.

Daí em diante, as coisas só se complicam e, embora eu não tenha gostado do filme, não quero estragar as surpresas quando você assistir.

A pergunta é: Adam Sandler merecia um Oscar pela interpretação? Não. Mas o Brad Pitt também não e, mesmo assim, ganhou.

Howard Ratner é um personagem peculiar, dos diversos peculiares que Sandler já interpretou. Se você fizer um paralelo com seu Dave Buznik, de Tratamento de Choque, encontrará muitas semelhanças.

Ou mesmo Paul Crewe de Golpe Baixo.

Enfim, não vi um Adam Sandler surpreendente ali. Apenas um filme, que parece mais um telefilme barato, com personagens decrépitos e uma história que se arrasta, sem nenhuma surpresa.

Julia Fox, como a amante gostosa, é linda! E fica como o ponto alto, junto com Judd Hirsch, e o filho do meio de Sandler, numa única cena hilária. Julia, aliás, nos faz imaginar como se dará a sua carreira, pois ela tem tudo para conquistar Hollywood.

Se você ainda não assistiu a Jóias Brutas e nem Zerando a Vida, te aconselho a ver o segundo; é um filme do Sandler, é divertido e também tem um personagem diferente dos outros.

Jóias Brutas quase foi protagonizado por Jonah Hill. Não creio que daria certo também.
Se fosse o Jim Carrey, talvez, a escolha faria sentido. Carrey tem uma verve diferente. E ele já fez bonito em papeis sérios, como em Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças.

Fica a seu critério. Se você assistir, deixe suas considerações aí em nossos comentários. Se não, veja, sei lá, Circulo de Fogo 2. Ou John Wick 3. Bons filmes!





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