A Polícia Prende, a Justiça Solta (Ou : Vermelho é a Cor do Luto Nacional)



Esta sempre foi a lei máxima e inflexível a vigorar no país desde a promulgação da Constituição de 1988, a chamada Constituição Cidadã - a bola esquerda do meu saco é muito mais cidadã do que qualquer vagabundo que encontra guarida em nossa Carta Magna. A única cláusula verdadeiramente pétrea do resultado da Constituinte capitaneada pelo safado Ulisses Guimarães : a polícia prende, a justiça solta.
Verdade seja dita, ainda que lamentável, é lei democrática e extensiva a todos os níveis de bandidagem. Desde o ladrãozinho de fundo de quintal, passando pelo traficantezinho rastaquera de porta de escola, até ex-presidentes quadrilheiros.
Hoje, mais um safado, mais um mafioso, mais um bandido, ganha a liberdade para andar entre os cidadãos de bem. Mais que um bandido : um condenado.
Hoje, o maior saqueador dos cofres públicos de toda a História, não só do Brasil como do mundo todo, foi libertado.
Bandido por bandido, Fernandinho Beira-Mar, se liberto, me causaria muito menos medo e apreensão que Lula; na falta de outra opção, antes o Comando Vermelho do Fernandinho do que o Comando Vermelho do Lula.
Tenho certeza de que é apenas neste país de merda e de merdas que tal descalabro ocorre : um condenado pela Justiça ser solto por ela sem ter sido absolvido, sem que tenha aparecido nenhuma nova evidência que provasse sua inocência, ou que colocasse em dúvida sua condenação, sem que sua pena tenha sido cumprida, extinta ou anulada.
Só neste país de merda e de merdas é que a "justiça" declara um sujeito como criminoso e depois dá a ele o direito de circular em liberdade.
Hoje, todo o árduo, investigativo e valoroso trabalho das equipes da Lava Jato e do juiz Sérgio (e antes deles, é bom que não nos esqueçamos, do juiz Joaquim Barbosa) foram deitados esgoto abaixo, como acontece em todos os níveis e em todas as esferas dos podres poderes públicos.
Hoje, o Brasil sério, honesto e trabalhador está de luto. Hoje, o Brasil sério, honesto e trabalhador veste vermelho : daqui em diante, a cor do luto nacional.
Eis o condenado, o corrupto, o quadrilheiro, solto em meio à aclamação de seu séquito de vagabundos e encostados. Todos ávidos e afoitos por uma Bolsa Família, um sanduíche de mortadela e um bonezinho do MST.

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