O Batman que Ri no 1 - Review


Última leitura. Pois é, voltei a escrever para esse blog. Na verdade, tencionava fazer resenhas de Rambo V e do filme do Coringa , mas, enquanto elas não saem, tem mais uma resenha de HQ saindo do forno, O Batman que Ri no 1, publicada pela Panini.



O engraçado é que, sim, eu sei que o Batman que Ri surgiu na saga Batman Metal, mas a questão é que, apesar de ter comprado os encadernados dessa saga, eu ainda não a li. Então, não sabia muito a respeito do Batman que Ri, fora o buzz da internet. Sinceramente, para mim, esse Batman que Ri teve o design chupado do arqui-inimigo do Juiz Dred, o Juiz Morte. Ele é um personagem que tem muito a cara do exagero dos anos 90 nos quadrinhos, é muito “massaveismo”.
O Batman que Ri é basicamente uma versão do Batman que se tornou o Coringa depois de assassinar o vilão. Scott Snyder, o roteirista, inventou que, quando o Coringa é morto, uma toxina em seu coração faz com que a pessoa que o mate se transforme no próximo Coringa. E, óbvio, foi exatamente isso que aconteceu com o Batman desse universo.
Tenho a teoria de que em cada década tentam criar um novo arqui-inimigo para o Batman, para ver se cai no gosto dos fãs. Nos anos 90, foi Bane; nos anos 2000, Silêncio; e nos anos 2010, é esse tal Batman que Ri.
E, a rigor, essa revista do Batman que Ri é outra enganação, pois na verdade não é uma história do Batman que Ri, mas do Batman contra o Batman que Ri. O Cavaleiro das Trevas está na pista de uns contrabandistas de corpos, quando ele descobre que uma das cargas é uma versão mais velha de Bruce Wayne. Naturalmente, é o Bruce de outra terra. Batman não demora para deduzir que isso é coisa do Batman que Ri, que quer trazer desgraça para Gotham da Terra 0. A motivação do Batman que Ri é meio confusa; parece que ele quer apenas vencer os outros Batmen, ou então Scott Snyder não conseguiu escrever uma motivação direito para ele.
Não demora para Batman também deduzir que o alvo do Batman que Ri é o Coringa, e realmente o Batman que Ri invade o Arkham com seu sidekick, o Cavaleiro Sinistro, que é um Batman tipo uma amálgama de Rambo e Justiceiro. O Batman que Ri racha o coco do Coringa com sua foice. No entanto, na realidade, era um Coringa fake. Enquanto isso, o verdadeiro Coringa aparece na Batcaverna e atira contra si mesmo. Então, o Batman é que fica “coringado”, visto que ele era a pessoa mais próxima ao Coringa quando o vilão “se mata” e aciona a toxina.
Batman só não fica “coringado” de vez porque, graças às habilidades cirúrgicas de Alfred, a vida do Coringa é salva, mas fica por um triz. E, para não ser “coringado”, o Cavaleiro das Trevas tem de fazer uso de todas as antitoxinas Coringa que conhece. Fica parecendo um junkie, com injeção até no reto. Pois é. Está ruim, né? Mas vai piorar. Batman segue a pista de outro cadáver de Bruce Wayne de outra terra, enquanto o Batman que Ri faz um ataque à Torre Wayne e bota o prédio no chão, a despeito dos esforços do morcegão. Entrementes, Gordon procura seu filho, Jim Jr., que virou psicopata, mas que pode ajudar contra o Batman que Ri.
Enfim, Scott Snyder é um escritor que começou a escrever o Batman bem nos Novos 52, mas depois só fez cagada. Esse gibi do Batman que Ri é outra. Pelo menos, está dando emprego para Jock, que é um desenhista fenomenal, com seu estilo rebuscado. Provavelmente, vou continuar comprando esse quadrinho por causa do vício. Não recomendo essa HQ para todo mundo. Só para quem está bem habituado à complexidade no universo dos quadrinhos do morcegão.  Não é à toa que pouca gente lê quadrinhos hoje em dia, com esse tipo de história. Nota 5 de 10.


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