SobreSérie: STRANGER THINGS - mudanças e um 'gostinho de fim de festa"...

"Stranger Things" entrega uma temporada superior a anterior, mas terá folego para uma quarta e uma...quinta temporadas? 

Quando surgiu em 2016, "Stranger Things" era como um 'ar fresco' na 'mesmice' das séries em exibição. O que mais agradou ao publico foram as referências a clássicos da TV e do cinema e o charme dos anos 80 exalado pelo seriado...

Mas, os criadores, ao que parece, também queriam mostrar as mudanças que as pessoas (e o mundo) tiveram durante o passar dos anos. E nesta terceira temporada, isto fica explicito nas mudanças dos quatro personagens centrais...

Mas, nem tudo 'são flores', é preciso paciência nos três primeiros episódios da temporada, que realmente são difíceis de aguentar, mesmo tendo nas partes finais (e as vezes iniciais) o desenvolvimento do que se tornaria a grande ameaça da temporada. 

Ironicamente, os tres primeiros episódios giram em torno das mudanças entre os quatro amigos: Dustin, Will, Mike e Lucas, dois deles agora em 'um relacionamento sério' (como se diria hoje...) e enfrentando problemas em lidar com o 'sexo oposto' ('espécie diferente' como eles chamam...).

Dustin não aparece de inicio e quando aparece é como o 'elemento cômico' que não funciona muito bem, em minha opinião claro! 



Mudanças...

Para superar as temporadas anteriores, nesta tudo é ampliado: o terror, o suspense, o monstro escatológico, o plano do 'Devorador de Mentes', o drama (entre personagens diferentes) e as criticas sociais...


Nancy por exemplo, enfrenta o machismo no trabalho, ao ser relegada a simples entregadora de cafés e lanches e ao ter todas as suas ideias e iniciativas menosprezadas pelos 'colegas' do jornal...


Depois de três anos de série, os produtores cedem a pressão e apresentam a primeira personagem LGBT. Aliás, finalmente uma personagem LGBT super interessante! Robin é interpretada por Maya Hawke, filha de Uma Thurner e Ethan Hawke, e protagoniza as melhores e mais engraçadas cenas junto com Steve (Joe Keery).

Robin (esquerda), Steve (centro) e Dustin - protagonizam cenas hilárias...
Além de Robin, também há uma insinuação que Will seria gay. Durante uma discussão Mike lhe diz que "não tem culpa se ele não gosta de meninas"...

Mas, a maior mudança vem no final...E é possível que inconscientemente seja o que mais agradou ao público. Afinal, todos nós temos saudades da época em que éramos mais jovens e não tínhamos as preocupações que temos agora. 

E a série mostra isto acontecendo ao grupo de amigos. Alguns percebem as mudanças que estão ocorrendo, que estão crescendo e se tornando adultos. E que no processo se perde algo importante: a própria inocência...Uns sentem mais do que outros, mas as mudanças vem e são inevitáveis...



Momento hilário...


Os que ainda não assistiram, com certeza vão vibrar na cena em que a até então 'namorada de mentira' de Dustin, aparece. É um momento crucial e Dustin precisa de uma informação vital. Porém a menina exige que ele faça algo e é o melhor do episódio....



Futuro...

Segundo informações a Netflix renovou a série até a quinta temporada, porém por melhor que tenha sido esta terceira temporada, precisamos pensar se a série realmente tem 'folego' para mais duas...

O final da nova temporada dá uma sensação de 'fim de festa', de uma história que acabou, mesmo com a cena pós-créditos que dá margem para a próxima, não há como negar que há uma repetição das situações...

Nesta terceira temporada os irmãos Duffer conseguem contornar, mas até quando vão conseguir? Até quando o público ira aceitar os constantes retornos do "Devorador de Mentes"? 

Conforme todos já devem ter lido por ai, o final da temporada também trás a morte de um dos personagens centrais. Mas, a cena da morte em si, deixa uma 'brecha' para que o personagem não tenha morrido realmente....só o tempo, ou a próxima temporada dirá...







Postar um comentário

0 Comentários