FalandoEmFilme: "CEMITÉRIO MALDITO" - mais do mesmo (2019)

Precedido de propagandas como "aterrorizante", "o medo domina o espectador" e "não assista sozinho", "CEMITÉRIO MALDITO" nos entrega apenas 'mais do mesmo'...





Ninguém pode negar que Stephen King tem muito material para ser adaptado para o cinema. O autor, que recebeu a alcunha de 'Mestre do Terror', tem de fato uma vasta obra, que oscilam entre o 'muito bom' e o 'mediano'. Mas, a verdade é que nem tudo funciona no cinema...




Podemos citar algumas obras de King que são ruins nos livros e ainda piores no cinema e na TV: "Cujo", que é um livro fraco e tem uma adaptação igualmente fraca para a TV; "O Apanhador de Sonhos", que tanto o livro quanto o filme são ruins; "Metade Negra", livro mediano com uma adaptação também mediana e "Cemitério Maldito", que já não funciona bem no livro e as duas adaptações para o cinema também...




Após 30 anos do lançamento da primeira adaptação, o cinema nos traz (como é bastante comum) um remake. E que vem com pretensões de de ser melhor que o original e fazer jus ao livro. Enquanto as filmagens eram realizadas, vários sites publicaram notas falando sobre o 'quão assustadora' seria a nova versão...




Porém, ao se assistir ao produto final, temos de concordar com o que o próprio filme prega: "As vezes estar morto é melhor..." 





E sim, "Cemitério Maldito" deveria ter sido deixado em paz...Li algumas críticas sobre o filme dizendo que um diferencial era que ele "se sustentou mais no roteiro e menos nos sustos".

De fato, existe toda uma preparação para o que viria no desfecho, porém o filme não tinha muito o que mostrar e precisava de longos diálogos e situações avulsas, que juntas preparariam o telespectador para os acontecimentos posteriores...

Por exemplo, o gato "Church" que é o 'gatilho' para tudo que acontece. Foi necessário alguma preparação para justificar a tentativa de 'retornar' o gato ao mundo dos vivos. E que preparação...


Usou-se uma desnecessária cena de um enterro ritual de um animal. Os traumas da esposa do personagem principal, cuja irmã tinha uma bizarra deformidade que a transformou em um monstro (o mais assustador o filme). O medo de traumatizar a filha do personagem com relação a morte...


O Doutor Louis Creed (Jason Clarke) é enganado pelo vizinho Jud Crandall (John Lithgow) e sofre graves consequências por isto, ao descobrir os estranhos poderes de um certo local...em sua propriedade!!


A certa altura o Doutor recebe um 'aviso dos espíritos' sobre "não quebrar o selo", que a "destruição de sua família" estava próxima, que o "terreno era podre"...ou seja, aquelas mensagens que ninguém entende a não ser quando já é tarde...


O diretor tenta surpreender com um final totalmente diferente do livro e do filme anterior, mas que sinceramente mais decepciona que assusta ou surpreende...

Podemos dizer que é um filme 'preguiçoso', que não ousa em nenhum  momento. As mudanças se limitam a vitima "da vez" e ao final sem sentido...(Há um incêndio no final que não tem explicação...)

Enfim, mais uma vez uma adaptação de King, sai muito aquém do esperado e olha que é a segunda vez que o mesmo livro é adaptado. Com certeza, as futuras adaptações de outros livros, já não terão as mesmas expectativas por parte dos fãs e do público em geral...



















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