Primeval: Portais & Britânicos (E estragos)



As vezes é refrescante variar um pouco e sair de uma determinada "zona" que você pode está. Por exemplo: que tal eu assistir um filme do diretor tal ao invés desse? Que tal eu jogar aquilo,e não aquilo lá? E que tal..eu assistir série tal ao invés dessa? Bom,as vezes você pode acabar se deparando com algum exemplar ehh...ou bom.

E um desses casos meus foi há alguns anos,com uma série em especifico que eu acabei gostando: Primeval. Não era um espetáculo,mas era divertida (e bem desconhecida quase sempre). Então,eu decidi comentar um pouco sobre a mesma,e porque não,fazer uma "análise" bem rápida. Então,vamos nessa...

Do que se trata?
  
Bom,vamos começar pelo básico: o que é a série? De forma direta,na trama há várias anomalias não explicadas que estão abrindo passagens no tempo (em formato de portais) permitindo assim que criaturas pré-históricas,e até mesmo de um futuro "provável",atravessem e cheguem ao presente para criar confusão em plena Inglaterra.

Enquanto isso (se referindo ao começo da primeira temporada) o professor Nick Cutter (Douglas Henshall),seu assistente Stephen Hart (James Murray) e o estudante/metido a hipster nerd Connor Temple (Andrew-Lee Potts) falam sobre uma possível criatura perambulando pela Floresta de Dean,fora de Londres. Mais o interesse de Cutter é mais do que simplesmente profissional,visto que sua esposa desapareceu naqueles bosques oito anos atrás.

Eles então saem para investigar esperando nada mais do que uma brincadeira de mal gosto de alguém,mas logo descobrem seu primeiro portal,do qual duas criaturas pré-históricas já saíram: um deles é um Coelurosauravus
(resumidamente um pequeno réptil voador inofensivo),mas o outro é um...

Gorgonopsid,uma grande besta faminta por sangue.

A descoberta então faz o trio entrar em contato com a herpetóloga Abbie Maitland (Hannah Spearritt) e Claudia Brown (Lucy Brown),uma misteriosa agente do escritório do governo. Juntos,eles devem trabalhar para conter e devolver os animais ao seu devido tempo (ou se necessário matá-los) ao mesmo tempo em que precisam manter o que está acontecendo escondido do grande público. Mas ao longo que as coisas vão se desenvolvendo,as dúvidas aos poucos nascem:

* Por que as anomalias estão aparecendo? É possível prever seu comportamento ou influenciá-las?

* O que ocorreu com a supostamente desaparecida esposa do Prof. Cutter?
Thumbnail

* Se só seres pré-históricos deveriam estar vindo,porque criaturas do futuro estão vindo também?

*E o que acontece se o homem atravessar a anomalia e mudar alguma coisa?

Mas fora essas questões,o divertido é justamente ver o trabalho do grupo na prática,onde em (quase) todo episódio eles tem de lidar com dinossauros,pássaros Dodôs,vermes gigantes,enxames de insetos e outras ameaças. Aliás,isso é a palavra-chave de Primeval: como um "show de monstro da semana",o seriado decide levar esse "rótulo" não como um problema,mas como um pró.

Isso porque uma vez que os portais são baseados em tempo,toda a zoologia as vezes é aplicada "corretamente" quando é possível,onde como ele trabalha para frente e para trás no tempo,se abre espaço para criaturas criptozoológicas, híbridos e até criações originais,onde o traço comum entre eles é que todos parecem fantásticos na tela. O que não chega a ser uma surpresa se você conhece mais a fundo os envolvidos na produção (mais especificamente) os criadores Tim Haines e Adrian Hodges,que já mostraram saber "manjar" de seres primitivos com a série "Walking With" do início dos anos 90 e 2000,que foi ao ar com grande aclamação na BBC.

Assim,os efeitos especiais (para padrões de TV) são bem satisfatórios,onde o episódio 6 da 1T apresenta dois destaques especialmente legais na forma de como eles são bem usados...nem sempre na verdade,mas nada que incomode.

E apesar do enredo simples,o seriado tem uma continuidade e um mistério a resolver decentes,mas sem ser uma série fechada como Lost por exemplo (em que você tem que assistir todos os episódios de todas as temporadas para tentar ter uma idéia do que talvez esteja acontecendo) visto que cada episódio pode ser curtido separadamente,sem pretensão. E as temporadas são curtas ainda,evitando enrolação,onde foram 6 episódios na 1ª temporada,7 na segunda,10 na terceira,7 na quarta e,por fim,6 episódios na quinta e última.


Falando dos personagens (ao menos dos principais) o elenco é bem equilibrado na parte variedade de personalidade dos personagens: Hannah passa charme e inteligência,Henshall um bom equilíbrio entre o estoico e o divertido,enquanto Murray é o mais próximo que o programa tem de um "protótipo de herói de ação". Já Potts faz um bom trabalho,apesar de seu personagem alternar entre divertido e irritante com certa frequência. A personagem de Julie Brown por fim faz um trabalho ok mostrando seus interesses profissionais.

No fim,Primeval (ou Invasores Primitivos no Brasil...e sim isso passou no Brasil) é uma série que dá pra entreter,com algumas boas intrigas e principalmente com seus efeitos (e uma loi..ahh esquece). Enfim,não é perfeito,longe disso,mas é um bom entretenimento mais descompromissado.

Obs: Por fim,vale destacar que a série ainda ganhou um spin-off chamado de "Primeval: New World",que...não tem o mesmo apelo da série original (tanto que foi cancelada após apenas 1 temporada).

Mas pow,alguém faça um reboot disso! Tem potencial!


Texto escrito por: RiptorBR
Originalmente publicado em:https://disqus.com/home/channel/familiamarvel/discussion/channel-familiamarvel/primeval_portais_britanicos_e_estragos/

Postar um comentário

0 Comentários