Cara, 2017 quase acabando e eu não fiz uma análise de uma das coisas que eu mais gostei esse ano, que foi o álbum "Rise of Chaos". Já fazem meses que ele lançou, mas tentarei corrigir meu erro ainda antes do Natal, hehe. O ACCEPT tem mostrado um histórico impressionante desde quando retornou com uma nova formação com o álbum "Blood of the Nations" em 2010. Teve o "Stalingrad" em 2012 que conseguiu competir em ser ainda melhor que o anterior, eu lembro claramente que preferi, ouvia o tempo inteiro. No final de 2014 saiu o "Blind Rage" e agora temos o quarto dessa série, o "Rise of Chaos".
Desde o "Blind Rage" que eu espero que seja um pouco pior que o anterior, afinal... manter a qualidade com uma série dessas, um álbum atrás do outro... Acho previsível que a qualidade diminua. NÃO! Não de novo e de novo! Eles acertaram mais uma vez! Não vou falar sobre o lado conceitual, porque apesar deles sempre falarem que tem um conceito, acaba sendo tudo parecido. Os temas sempre são caóticos (guerra, fim do mundo, catástrofes naturais) então acaba parecendo a mesma coisa. Na primeira faixa, "Die by the Sword", você já tem a agradável impressão de que "o Accept voltou", porque é mais uma excelente música ao estilo da banda, você já nota logo na introdução que aquele é o estilo que tanto tem sido curtido nos últimos anos, a guitarra do Wolf Hoffmann é inconfundível.
Depois dessa vem "Hole in the Head" que é meio dispensável e a faixa-título que eu também vi nada demais. A partir daí o bicho pega. FICA INCRIVELMENTE BOM O NEGÓCIO! Sério! Sabe quando é uma faixa excelente atrás da outra? Então, é assim, como vários grandes álbuns, esse é um grande álbum dos mais recentes. "Koolaid" deve ter ido pra lista de preferidas de várias pessoas. Não precisei ouvir muitas vezes e o refrão já soava como um hino na minha cabeça, eu já tava apaixonadíssimo pela música. Depois tem uma sequência de "No Regrets", "Analog Man" e "What's Done is Done". Cara, as três são obrigatórias pra qualquer fã de rock. A "Analog Man" é uma herança absoluta do AC/DC, que influenciou bastante a banda. Eu sei que muita gente (inclusive eu mesmo) tem preguiça de ouvir álbum inteiro, então falo as faixas obrigatórias que dificilmente a pessoa não vai gostar, aqui são: Die by the Sword, Koolaid, No Regrets, Analog Man e What's Done is Done. Cinco músicas, vale bem a pena já aproveitar tudo, hehe.
As duas que vem depois dessas também são muito boas, mesmo a sequência dessas quatro sendo o auge do álbum. Conclusão? UM EXCELENTE ÁLBUM! Se curte o estilo não deixe de conferir, mesmo se não comprar você pode conferir pelo Youtube e pelo Spotify, hehe. Os caras chegaram a fazer show no Brasil mas eu não fui ver porque em São Paulo eles iam fazer abertura pro Anthrax, que eu ouço nadica de nada, então não quis ir pra ver show reduzido, já tinha visto o Alice Cooper abrindo pro Guns 'n Roses com set menor, mas Guns eu ainda curto bastante. Bem... na outra semana falei com uma menina da minha faculdade que tinha ido e ela disse que foi uma hora e meia de show... então não foi tão curto assim. Mas já assisti eles outras vezes, duvido que tenha sido a última vez. Tenho essa análise aqui do show do ano passado, imagino que a qualidade da performance não tenha mudado muito, hehe, se você quiser conferir o texto:
http://ozymandiasrealista.blogspot.com/2016/04/accept-passado-e-presente.html
Pra você poder curtir agora, deixo aqui uma das faixas mais marcantes, a "Koolaid". A letra é bem legal, pode ser conferida no próprio vídeo.
Eu havia visto uma entrevista onde o guitarrista Hoffmann comentava do que se tratava a ideia da faixa e eu achei bem interessante, já que o Koolaid é uma metáfora pra não aceitar as coisas que são sugeridas por terceiros, como imposições sociais, e tomar mais cuidado. Eu curti porque já tinha gostado da letra, quando vi que tinha toda uma história real achei mais legal ainda. Transcrevi aqui pra vocês a história dessa seita, do livro "Homens Maus Fazem o que Homens Bons Sonham". Não é uma história agradável, mas vale a pena conhecer pra ver (mais uma vez) até onde vão as insanidades humanas.
"No dia 18 de novembro de 1978, o Reverendo James Warren Jones convocou os mais de 900 membros do Templo do Povo, em Jonestown, na Guiana, para sua última comunhão, no pavilhão central, onde lhes disse que todos deveriam morrer. 'Se vocês me amam tanto quanto eu amo vocês', ele disse, 'devemos todos morrer ou seremos destruídos por forças externas'. Ao saber que o Armagedom estava próximo, mães abraçavam os filhos e perguntavam: 'O que eles fizeram?'. A uma ordem de Jones, a equipe médica trouxe o 'vinho sagrado' - uma velha banheira estava cheia com uma mistura de refresco de morango e cianeto. Enquanto guardas portando armas de fogo e arcos e flechas cercavam a multidão, prontos a atirar em qualquer um que tentasse escapar, Jones ordenava que os bebês fossem trazidos primeiro. Em seguida, vieram as crianças maiores, juntas, e seguiram suas ordens fazendo fila para receber a comunhão - canecas com veneno. Por fim, vieram os pais e os idosos. O pacto suicida chamado 'noite branca' havia sido treinado várias vezes antes desse dia. Envolvidas pela escuridão, as pessoas recebiam um pequeno copo de líquido vermelho, e Jones lhes dizia que a morte viria em 45 minutos. A última comunhão não foi um treinamento. Os membros da seita ouviam dizer que morreriam hoje, mas amanhã seria a ressurreição. Algumas famílias se apresentaram voluntariamente. Quando alguém resistia, os guardas arrancavam os bebês dos braços das mães e os seguravam para que as 'enfermeiras' injetassem o cianeto diretamente na garganta das crianças, com uma seringa hipodérmica. Uma mãe que insistia em manter seu filho de 1 ano de idade protegido em seus braços foi ameaçada pelos guardas, que colocaram o cano da arma nas suas costelas, gritando: 'Sua vaca estúpida. É melhor fazer isso logo ou vamos dar cabo de você'. Com as lágrimas escorrendo, ela mesma injetou a mistura de cianeto na boca da criança. Quase de imediato o menino começou a gritar e a ter convulsões. Um homem idoso que resistia de modo violento foi jogado no chão e teve sua boca aberta à força, sendo obrigado a engolir o cianeto. Durante todo esse tempo, Jones exortava seu 'rebanho' pelo alto-falante. 'Há muita dignidade na morte', ele dizia. 'Morrer é uma grande demonstração para todos'.
Os membros da seita que já haviam tomado o refresco envenenado eram levados pelos guardas e instruídos a se deitar no chão, formando fileiras. Famílias e grupos de amigos se davam as mãos. Alguns se abraçavam. Logo todos começaram a sufocar e a ter ânsias de vômito. O sangue escorria de seus narizes e de suas bocas. Jones não parava de dar sua benção, repetindo sem cessar: 'Eu tentei. Eu tentei. Eu tentei.'. Por fim, ele gritou 'mãe' seis vezes. Ouviu-se um tiro e Jones se curvou para trás, morto com uma bala na têmpora direita. Quando o silêncio total se abateu sobre a comunidade rural e o 'serviço' havia terminado, 914 membros da seita jaziam mortos."
Gente, quanta loucura e violência... Isso porque foi em 78, hein, nem tinha videogame na época (muahahahaha, eu não perco a oportunidade ;).
Gente, quanta loucura e violência... Isso porque foi em 78, hein, nem tinha videogame na época (muahahahaha, eu não perco a oportunidade ;).
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