Tesouros perdidos que vocĂȘ pode encontrar - parte 3 de 3


Por fim chegamos Ă  ultima parte da nossa super lista de tesouros perdidos. Vamos a eles:

SOB A ÁGUA

RelĂ­quias antigas milionĂĄrias - aos 9 anos de idade, Forrest Fenn encontrou uma ponta de lança que mudou sua vida para sempre. Fascinado pelo antigo, Forrest criou uma coleção milionĂĄria de artigos diferentes e muito antigos viajando pelo mundo. Em meados dos anos 80, ele descobriu um cĂąncer fatal e entĂŁo tomou uma atitude extraordinĂĄria: enterrou sua coleção em um lugar secreto e deixou pistas. Quem descobrir onde estĂĄ, poderĂĄ levar o que estima-se valer uns 3 milhĂ”es de dĂłlares. A concorrĂȘncia Ă© difĂ­cil, mas vocĂȘ ainda pode ter chances! HĂĄ um livro com todas as pistas e blogs de vĂĄrios caçadores relatando como andam as suas buscas, mas ninguĂ©m encontrou ainda. Ele sobreviveu ao cĂąncer no final das contas e deu outras pistas sobre o lugar, como por exemplo que estĂĄ nas montanhas Rocky ao norte de Santa Fe e escreveu atĂ© um poema pra ajudar. Em 2013 ele publicou um livro com um mapa da regiĂŁo de onde possa estar o tesouro e em 2015 revelou: “eu sei que o baĂș do tesouro estĂĄ molhado”.

Forrest Fenn e algumas relĂ­quias nĂŁo enterradas.

MemĂłrias de guerra - temendo os avanços das tropas aliadas jĂĄ no final da Segunda Guerra Mundial, soldados nazistas foram vistos enterrando caixas no fundo do lago Toplitz na Áustria, um antigo lugar de testes. Acredita-se que os conteĂșdos das caixas sĂŁo variados e provavelmente contĂ©m relĂ­quias de ouro e prata. NinguĂ©m conseguiu recuperar as caixas atĂ© o momento, mas o tesouro pode valer bastante ainda.

Imagem meramente ilustrativa.

SOB A TERRA

O mapa bizarro - tudo o que vocĂȘ vai precisar para decifrar este estranho mapa Ă© uma nota de um dĂłlar, gostar de cĂĄlculos matemĂĄticos e conhecer os sĂ­mbolos maçÎnicos. NĂŁo hĂĄ ruas, estradas, montanhas, lagos, oceanos ou qualquer outro tipo de estrutura ou elemento comum em mapas neste especifico mapa alemĂŁo. A coisa Ă© tĂŁo bizarra que jĂĄ virou lenda. Teoricamente os nazistas teriam trazido 14 toneladas de ouro para os Estados Unidos como parte de um plano de sabotagem da economia americana para forçå-los a desistirem de entrar na guerra (a ideia era injetar uma quantidade astronĂŽmica de ouro no mercado e fazer a economia quebrar pra valer). Por causa destes boatos, o governo americano criou uma lei que proibia a venda de ouro no mercado aberto (melhor prevenir do que remediar, certo?). Claro que toda essa quantia deveria ser muito bem escondida e para isto um engenhoso oficial criou um mapa chamado “Lue”. O problema Ă© que apenas ele podia decifrar o tal mapa, mas acabou morto prematuramente e nenhum outro nazista nos EUA conseguiu descobrir onde raios estava o tesouro. NĂŁo lhes restou outra alternativa senĂŁo embarcarem de volta para a Alemanha e enfrentar os americanos mais tarde. O governo americano usou seus melhores especialistas para decifrar os cĂłdigos, mas nenhum conseguiu. EntĂŁo decidiram publicar e ver se alguĂ©m do povo podia ajudĂĄ-los. AtĂ© hoje ninguĂ©m conseguiu desvendar o mistĂ©rio, embora existam infinitas teorias dos significados de cada elemento do mapa.



Excalibur japonesa - durante os rituais de coroação dos imperadores japoneses, uma espada simbĂłlica era usada. Seu nome Ă© Kusanagi-no-Tsurugi ou Ama-no-Murakumo-no-Tsurugi ("espada que colhe as nuvens do cĂ©u"). Este interessante artefato tem o valor que a Excalibur tem para os britĂąnicos, pra se ter uma ideia da importĂąncia da coisa. A lenda diz que o deus Susanoo encontrou a famĂ­lia Kunitsukami enlutada e quando indagou o que tinha acontecido, eles disseram que uma serpente de oito cabeças chamada Yamata no Orochi tinha matado alguns membros da famĂ­lia. Susanoo se compadeceu da triste situação e decidiu ir atrĂĄs da malvada serpente. Quando a encontrou, nĂŁo pensou duas vezes e decapitou as 8 cabeças e as 8 caudas da serpente. A espada estava no corpo dela e o seu nome na quarta cauda. Apesar de haverem rĂ©plicas que sĂŁo usadas nos rituais, a espada original se perdeu no fundo do oceano depois de uma batalha no sĂ©culo XII. Alguns teimam em dizer que na verdade a original estĂĄ muito bem guardada no templo Atsuta, mas nĂŁo Ă© verdade. A relĂ­quia em si tem um valor incalculĂĄvel e certamente quem a encontrar se tornarĂĄ um “herĂłi” para os japoneses.


Os souvenirs de NapoleĂŁo - depois de abandonar Moscou, NapoleĂŁo trouxe consigo alguns “souvenirs” russos que incluĂ­am ouro, relĂ­quias religiosas e uma coleção de armas antigas. O problema Ă© que suas tropas eram constantemente atacadas pelo caminho e nĂŁo sĂł houve uma redução significativa de soldados, como tambĂ©m da carga que levavam, pois “Napo” foi forçado a se desfazer de parte do tesouro para poder retornar para a França mais rĂĄpido. Acredita-se que ele tenha arrastado o tesouro atĂ© o rio Berezina, ainda na RĂșssia. Uma parte foi encontrada no rio Nara, mas sabe-se que ainda podem haver vestĂ­gios em aldeias de Zhernovka e Velisto, nos lagos Kasplya, Svaditskoe, Semlevskoe e no distrito Demidov, na regiĂŁo de Smolensk, na RĂșssia. VocĂȘ pode procurar lĂĄ, se quiser!

"-Deixem essas porcarias aĂ­ e vamos embora logo porque os russos estĂŁo chegando!"

Ouro asteca - apĂłs uma terrĂ­vel batalha contra os espanhĂłis liderados por Cortez, o rei Montezuma foi morto. O poderoso asteca tinha uma fortuna em ouro que enchia os olhos dos europeus, mas seu prĂłprio povo decidiu que nenhum homem branco tocaria naquilo e interceptou os espanhĂłis antes que fugissem com tudo. A historia diz que grande parte do ouro sumiu, mas em 1914 um garimpeiro encontrou um mapa antigo esculpido em uma rocha em Utah, nos Estados Unidos. Freddy Crystal encontrou um descendente de astecas para interpretar o mapa e convenceu uma cidade local a ajudĂĄ-lo na busca em troca de parte do ouro encontrado. Entretanto, a Ășnica coisa que encontraram foi um sistema de cavernas e tĂșneis cheios de armadilhas. O ouro ainda estĂĄ sumido e hĂĄ quem diga que os astecas jamais guardaram algo ali na regiĂŁo, que talvez todo o tesouro possa estar bem debaixo da Cidade do MĂ©xico.

Cortez e Montezuma

Suprimento de guerra - estava para começar uma das mais sangrentas batalhas do Álamo, um antigo forte no Texas. Prevendo isto, foram enviados ouro e prata para montar um poderoso exĂ©rcito e dar-lhe suprimentos necessĂĄrios para a batalha, mas nĂŁo deu tempo. O grande exĂ©rcito mexicano de Santa Ana atacou com todas as forças contra os 188 homens de Álamo. SĂł lhes restou tempo mesmo para enterrar toda essa fortuna sob o forte e batalhar. Como todo mundo morreu, ninguĂ©m sabe onde estĂĄ enterrado o tesouro atĂ© hoje. Alguns caçadores atĂ© escavaram e analisaram a regiĂŁo ao redor, mas nada encontraram. É conhecido como tesouro de “San Saba”.

Forte do Álamo

Os tesouros hebreus - em 1952 dois manuscritos foram encontrados numa caverna em Qumran, prĂłxima ao Mar Morto, mas estranhamente estavam escritos em cobre. Geralmente sĂŁo de couro ou papiro. Observando-se a escrita arcaica, sabe-se que provavelmente foram escritos antes da era cristĂŁ. O conteĂșdo registrado? Nada mais, nada menos do que descriçÔes detalhadas de localizaçÔes de 64 tesouros de ouro e prata enterrados. HĂĄ uma hipĂłtese de que estes tesouros sejam parte do primeiro templo de SalomĂŁo (destruĂ­do pelo rei Nabucodonosor) e parte do segundo templo de SalomĂŁo (destruĂ­do pelos romanos). O terceiro tesouro do terceiro templo sĂł Edir pode nos dizer!hehehe Alguns caçadores estĂŁo tentando encontrar, mas em 2 mil anos a geografia mudou bastante, nĂŁo Ă© mesmo? AlĂ©m do mais, os arqueĂłlogos afirmam que sĂł os manuscritos jĂĄ sĂŁo por si sĂł tesouros valiosĂ­ssimos para a histĂłria.


Tesouro jurĂĄssico - hĂĄ fĂłsseis por todo o planeta, mas poucos valem uma fortuna. Um deles Ă© de um animal chamado Archaeopteryx. Teoricamente o bicho sanaria algumas dĂșvidas quanto Ă  evolução das espĂ©cies e de como diabos um dinossauro poderia ter virado uma galinha, por exemplo. HĂĄ apenas 11 amostras completas. Os fĂłsseis ficavam no museu Maxberg e por isso acabaram sendo conhecidos como “Maxberg specimen”. O dono do museu era Eduard Opitsch e ele mesmo tinha descoberto os fĂłsseis. Na Ă©poca atĂ© cogitou em vendĂȘ-los para que pudessem ser estudados, mas quando descobriu que teria que pagar impostos astronĂŽmicos pela venda, desistiu rapidinho e escondeu tudo em sua casa. Ele morreu e nem mesmo seu sobrinho conseguiu encontrĂĄ-los, para a infelicidade dos cientistas.


Laråpio das antigas - faraós egípcios sempre levavam parte de sua fortuna para a tumba. Tutancamon, por exemplo, tinha uma das tumbas mais recheadas que jå foram encontradas. Por outro lado, muitas tumbas foram encontradas com pouco ou nenhum tesouro. Aparentemente foram saqueadas, mas quem faria isso? LadrÔes do deserto? Talvez a resposta seja bem mais complexa. Acredita-se que nenhum faraó se opunha à reutilização de tesouros funerårios, ou seja, talvez fosse comum no Egito antigo pegar o tesouro de um faraó morto para botar na tumba de um outro que tivesse morrido recentemente. Resumindo: eram saques legalizados. Acontece que um homem em especial levanta suspeitas enormes a respeito do sumiço de uma quantidade colossal de tesouros funerårios. O alto funcionårio da corte egípcia chamado Herihor se aproveitou da morte do faraó Ramsés e usurpou o trono na cara dura junto com seu genro, o Piankh. Teorias sugerem que ele se aproveitou desta pråtica para saquear o måximo de tumbas possíveis e finalmente ser enterrado com um tesouro inacreditavelmente valioso. Sua tumba ainda estå perdida.

  
CĂłdigos piratas - o francĂȘs Olivier Le Vasseur, tambĂ©m conhecido como “La Buse” (o urubu), era um tĂ­pico pirata e acumulou muitas riquezas. Seu maior feito foi o assalto a um navio portuguĂȘs ancorado para consertos onde ele conseguiu muito ouro, relĂ­quias religiosas e pedras preciosas. Seus companheiros gastaram suas partes em rum e prostitutas, sendo que muitos acabaram indo para a prisĂŁo nesse meio tempo. JĂĄ Olivier guardou a sua parte. Em 1730 acabou sendo capturado e condenado Ă  execução, mas antes de ser enforcado ele gritou Ă  multidĂŁo que o assistia: “meu tesouro para aquele que conseguir decifrar!”. Em seguida jogou um pergaminho no ar com cĂłdigos que supostamente revelavam o local onde estaria todo o seu tesouro que estĂĄ estimado em cerca de 500 milhĂ”es de reais. Muitos que o assistiram acabaram virando piratas, mas o pergaminho havia sumido. Cerca de 200 anos depois o dito cujo reapareceu e o cĂłdigo nele Ă© praticamente indecifrĂĄvel: 17 linhas sem cifra e totalmente criptografadas. Nem mesmo um dos maiores experts em criptografia dos anos 40, Reginald Cruise-Wilkins, conseguiu decifrar e olha que ele tentou por 27 anos! A Ășnica coisa que ele constatou Ă© que os cĂłdigos sĂŁo na verdade uma sĂ©rie de charadas complexas como “deixe Jason te guiar e o terceiro cĂ­rculo se abrirá”. Seu filho, John Cruise-Wilkins, ainda estĂĄ tentando decifrar.

Olivier Le Vasseur

Santa fortuna - em meados do século XIX, as colÎnias espanholas da América do Sul começaram a se rebelar contra o império. Temendo uma guerra, a igreja Católica decidiu proteger toda a fortuna que tinha acumulado na região de Lima, no Peru. William Thompson e seus homens foram designados para levar e guardar todo aquele ouro, joias, eståtuas, prata e pedras preciosas (estima-se que a quantia valesse a bagatela de 300 milhÔes de dólares). Como a cobiça fala mais alto, Thompson matou os guardas católicos e junto com seus comparsas fugiram para a Costa Rica. Eles enterraram o tesouro, mas foram capturados pelos espanhóis. Thompson e um companheiro foram poupados da forca para revelarem onde estava o tesouro e levå-lo de volta à Espanha em segurança, mas eles conseguiram escapar pela floresta e sumiram do mapa para sempre. O tesouro nunca foi encontrado. Ah, e só por curiosidade, eis uma pequena lista de itens que estavam incluídos neste tesouro: 113 estatuetas religiosas de ouro, 200 caixas de joias, 273 espadas com punhais de joias, 1.000 diamantes, 2 eståtuas de ouro em tamanho real de Maria segurando Jesus, coroas de ouro sólido, 150 cålices e centenas de barras de ouro e prata.



OUTRAS OPÇÕES

E agora as 3 Ășltimas dicas de caças viĂĄveis:

O mundo das opalas – opalas nĂŁo sĂŁo apenas pedras lindĂ­ssimas, como tambĂ©m existem em grande quantidade em uma certa regiĂŁo da AustrĂĄlia. A cidade subterrĂąnea de Coober Pedy (tambĂ©m falei dela aqui no blog uma vez na postagem de cidades subterrĂąneas) foi feita nĂŁo sĂł para escapar do calor infernal do deserto, mas tambĂ©m para dar abrigo Ă s famĂ­lias e aos mineradores de opala. Entretanto, turistas tambĂ©m podem garimpar o local.



JurĂĄssico para aventureiros – na MongĂłlia hĂĄ um deserto chamado Gobi, onde estĂĄ outro sĂ­tio arqueolĂłgico lotado de fĂłsseis. Tudo que vocĂȘ tem a fazer Ă© ir atĂ© lĂĄ e escavar, mas atenção: Ă© proibido levar os fĂłsseis para fora do paĂ­s. De qualquer forma pode ser uma aventura!

Imagem meramente ilustrativa e ainda bem né? Jå imaginou encontrar uma coisa dessas?

Valiosas ilhas britĂąnicas – quando for dar um passeio pela Inglaterra, lembre-se de que em certos lugares vocĂȘ poderĂĄ escavar e conseguir relĂ­quias Ășnicas, em sua maioria moedas. O rio TĂąmisa guarda segredos incrĂ­veis e muita coisa jĂĄ foi encontrada nas suas margens, mas para caçar lĂĄ vocĂȘ precisa de autorização do governo britĂąnico. Em regiĂ”es como as de Northumberland e de Exeter a escavação Ă© livre. Em 2010 um britĂąnico encontrou um recipiente com mais de 50mil moedas. Havia uma sĂ©rie na TV chamada “Enfiados na lama” (MudMan) em que 2 rapazes procuravam pelas margens do TĂąmisa e encontravam relĂ­quias interessantes, depois explicavam a histĂłria delas. Passava no History Channel (nĂŁo sei se passa ainda).


Lembrou de mais algum tesouro para adicionarmos Ă  lista? Diga-nos nos comentĂĄrios!

SAIBA MAIS:
Relação de blogs de caçadores e outras informaçÔes sobre o tesouro de Fenn: link 
Opala, a pedra arco-Ă­ris: link 
ConstruçÔes subterrùneas pelo mundo: link

Confira a parte 1.
Confira a parte 2.

Postar um comentĂĄrio