Uma Crítica Com Bastante Parcialidade

O JULGAMENTO DO JUSTICEIRO


A pedido de um caro amigo, venho através deste humilde texto, dar minha (também) humilde crítica a um dos melhores momentos de um dos meus personagens preferidos da literatura gráfica: O Justiceiro (The Punisher). E com todo esse alvoroço da segunda temporada de Daredevil, fico feliz em dedicar minhas poucas palavras de puro êxtase a esse cara tão insano.

A série em questão é O JULGAMENTO DO JUSTICEIRO (THE TRIAL OF THE PUNISHER). Escrita por Marc Guggenheim e ilustrada por Leinil Francis Yu e Mico Suanyan, a série contem insatisfatoriamente, somente duas edições, somando um total de, mais ou menos, 45 páginas. Porém, mesmo curta, o enredo te envolve fervorosamente, o que, na minha opinião, é a melhor série da MARVEL KNIGHTS. Mas antes, pra quem não está bem familiarizado com esse impiedoso "mocinho", vamos a um pequenino resumo.

Frank Castle, seu verdadeiro nome, era um militar; condecorado inúmeras vezes por honra e habilidades fenomenais perante à guerra; é certeiro dizer que ele é absurdamente disciplinado e implacável. Esse lado extremista dele foi bem retratado na série NASCIDO PARA MATAR... que eu também recomendo.

Vindo de uma família tradicional e religiosa, Castle foi criado com valores honestos e diligentes, obviamente, pondo a família acima de tudo. O que contribuiu à transformação dele nessa "maquina de matar" foi o assassinato de sua esposa e seus dois filhos numa guerra de gangues. Devastado pela grande perda, e incapaz de levar os assassinos à Justiça (ou fazer terapia), Castle declara guerra contra mafiosos, traficantes, pedófilos, estupradores, políticos e policiais corruptos, opressores e etc; aqueles que se acham intocáveis pela Lei, ele julga merecedor da morte.

Apesar de ser um lobo solitário, seu conhecimento em varias técnicas de combate e diversas armas, torturas e artes marciais, tornam-o uma ameça para qualquer um, gangue ou exercito na sua lista negra. Sua perspectiva das priões, é de que são apenas áreas de lazer para aqueles que não merecem segundas chances. Sua ideia do combate ao crime é o total e completo extermínio de todos. O que deixa opiniões divididas em relação a ele.

Agora, O JULGAMENTO DO JUSTICEIRO, devo dizer que me deixou bastante pensativa sobre minhas perspectivas de algumas coisas. Não que eu vá começar a exterminar também, nada disso. Isso seria muito além da minha zona de conforto (Risos). O que quero dizer é que Guggenheim , de forma bastante discreta e sem enrolação, deixou bem claro quem é o Justiceiro, fazendo-nos admirá-lo de forma passional ("quase"). Mas me deixe ressaltar que essa série não se trata da ação que costuma-se ver nas histórias desse vigilante. Essa mini-serie se trata, especificamente, de uma mente calculista, fria e paciente.

Logo nas primeiras páginas, vemos o Justiceiro narrando que entrará na delegacia mais próxima. E ao entrar, ele diz que precisa confessar um crime. Onde na mala que ele carrega, está um promotor morto. Daí então se inicia o suspense, pois o roteiro é retratado no presente, nos deixando somente com o pensamento atual, O Julgamento de Frank Castle. Mas o mais intrigante, é a indiferença do personagem com toda a situação; nos dando várias teorias a discutir: "Ele quer se redimir com a Lei?" e "Quem ele quer matar e como?"... como sempre, misterioso. Mas o esclarecimento vem somente nas últimas páginas, numa conclusão genial, deixando a leitura implacável.


E pra quem é fã, é admirável como essa história foca naquele Justiceiro clássico e tradicional, experiente e metódico: de perspectiva bastante bruta e direta. Pessoalmente, eu consegui imaginar com bastante clareza a voz do Justiceiro que gosto. E sem contar a ilustração! Até hoje, sou muito fã do Yu, adoro o trabalho dele. E eu, com certeza, apreciaria a volta de Punisher MAX.



brhenda

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