Tudo isso dito, aqui estou escrevendo só para tecer loas e enaltecer o grande filme romântico do ano, e acrescento sem medo de exagerar, possivelmente da década. Que coisa, hein? Mas A Culpa é das Estrelas merece todos os elogios. É único, é um feito, é impressionante. Acrescento um adjetivo que raramente emprego: É brilhante. Olha aí, chato como sou, mais fácil é ganhar na loteria do que arrancar um "brilhante" da minha boca. Mas dou o braço a torcer aqui, esse é, a história é brilhante. No cinema é a maior história romântica contada desde do Titanic de James Cameron, e merece ser colocado na prateleira do lado deste, de Ghost, Uma Linda Mulher e o Guarda-Costas. Direção nota dez, fotografia dez, trilha sonora dez e todos os aplausos para a performance de Shailene Woodley.
Não entendo nada de histórias românticas. Estou tão próximo de ser um especialista nesse assunto quanto de ser um astronauta. Mas entendo um pouco (leia-se por "entendo", um "gosto muito e consumo bastante") histórias em geral e arte e ficção. Vou deixar os méritos sobre a parte romântica para quem manja e ficar na minha área, é bem feito, bem escrito e bem bolado. Os diálogos são bons. Essa visão inovadora é um jorro de luz num oceano de mesmisse e falta de criatividade. Não sou talhado para classificar o valor enquanto história romântica, atesto aqui o valor literário e o artístico.
Mas considerando o que eu disse no início sobre a lula gigante, arrancar tantos elogios é alguma coisa, não é? Só ter conseguido me prender até o final APESAR de ser uma história romântica já é. Se comigo, que não curto, teve esse efeito, nem alcanço conceber o estrago que fez nos miolos dos apreciadores do gênero. Veredicto do Ozymandias Realista? Numa escala de zero a dez, o filme A Culpa é das Estrelas leva um dez. Qualquer outra coisa seria um injustiça.