Morte
como Prêmio! – Quando o Motoqueiro Fantasma competiu com a morte
Sendo um dos heróis sobrenaturais do universo Marvel, o Motoqueiro Fantasma já se deparou com vários tipos de assombração que podem imaginar, desde fantasmas, vampiros e demônios.
Mas vocês sabiam que
ele já se encontrou com a própria morte?
Esse encontro aconteceu na história “Morte como Prêmio!”. Escrita pelo icônico Jim Starlin, e publicada em Ghost Rider vol.2 nº35 de janeiro de 1979, a trama dela girou em torno do anti-herói flamejante se encontrando cara a cara com a personificação da Morte e sendo forçado a competir com ela numa disputa de motociclismo. Isso é o puro surrealismo de quadrinhos!
Mas, para explicar
melhor essa história, e o porquê ela é tão especial, melhor falar dela em
partes.
Trama
Durante sua viagem pelo
deserto, Johnny Blaze se transforma no Motoqueiro Fantasma, o que, para ele,
indica que alguma ameaça está próxima. Do nada o céu é coberto por nuvens e
acontece uma tempestade, o que Johnny percebe de cara ser algo não-natural.
Ao se deparar com outro motoqueiro na estrada, o caveira flamejante vê que o estranho também é um esqueleto vivo como ele. Esse ser misterioso diz ser a personificação da morte e, decidiu vir até ele para desafia-lo a uma disputa de três corridas de moto, com a vida dele em jogo.
A princípio Johnny não tem interesse algum em
participar desse jogo. Porém, ao perceber que a morte irá colocar vidas
inocentes em risco nessas corridas, ele acaba não tendo escolha exceto participar
dessa disputa mortal, para salvar tanto sua vida quanto dos inocentes
envolvidos.
O
que é a morte?
A morte ter uma
personificação não é uma ideia nova. Existem vários exemplos
desses tipos de personagens na cultura pop, incluindo as grandes editoras como
DC e a Marvel. O que diferencia esses personagens são as abordagens que as
histórias dão para eles, podendo serem representados como algo assustador e
antagonista, cômico ou uma figura neutra.
No caso da morte nesse quadrinho, ela é mais próxima do assustador e um pouco da figura neutra. Durante a corrida fica claro já do início que a morte é impiedosa, imparável e imprevisível, nunca hesitando em trapacear e matar qualquer um no seu caminho.
Seria fácil coloca-la no mesmo patamar que vilões como Coringa ou Carnificina.
Mas, durante essas ações, sempre há uma certa ambiguidade na atitude do
personagem. Ao invés de mostrar prazer ou diversão com seus atos, Morte age de
forma indiferente. Não importa se seu jogo irá matar alguém ou se ela fazendo
algo que muitos diriam que é trapaça. Ela apenas determina seu alvo e não deixa
que nada fique em seu caminho. Pode-se evita-la, mas nunca destruí-la ou
escapar para sempre. Essa é a natureza da morte.
Essa personalidade
contribui para a história trazer umas interessantes reflexões sobre essa
personificação da morte e o motivo dela ter desafiado Johnny Blaze. Ela
realmente deseja matar o Motoqueiro Fantasma, ou está ensinando algo para ele?
É uma questão que o quadrinho não explica de forma clara, mas deixa aberto a
interpretações.
Isso fica bem
representado no final, quando Johnny, mesmo tendo vencido e enganando a morte a
cair de um precipício, fica traumatizado, sabendo que o jogo dos dois irá
continuar, com a Morte sempre no seu encalço, algo que ele nunca considerou.
Considerações
finais
Essa edição é uma das
melhores histórias do Motoqueiro Fantasma, capturado aquele clima de terror
sobrenatural do personagem, sem nunca perder o charme e a criatividade dos
quadrinhos. Mas, sua grande força é como explora um lado mais vulnerável do
Motoqueiro, mostrando-o enfrentando um dos poucos oponentes que conseguiu
faze-lo temer por sua vida. É uma recomendação que faço para muitos,
principalmente aqueles que procurando uma histórias para introduzi-los ao
Espirito da Vingança.
Nota:
8/10
Então é isso! Qual a opinião
de vocês quanto Morte como Prêmio? Sintam-se a vontade para colocar suas
opiniões e ideias nos comentários abaixo.











