Castlevania e seu Quadrinho Obscuro

 

Capa de Simphony Of The Night.

UM POUCO DA MINHA EXPERIÊNCIA COM A FRANQUIA


Minha relação com jogos antigos não é de hoje, desde a minha infância eu tive videogames como Mega Drive, PS2 e um console paralelo (daqueles que tinham a aparência de console “moderno” mas vinham com uma capacidade de rodar 8 a 16 bits no máximo) , sendo nestes aonde baseei a maior parte da minha infância gamer, a partir disso iniciou o meu grande amor e interesse por coisas Retrô, sempre estou afim de ir atrás e conhecer mais e mais jogos que marcaram época ou que estão esquecidos no tempo. 


 

Sonic de Megadrive, de longe o personagem que mais adorei na infancia.(De novo o ouriço num texto aqui)


Castlevania é uma das franquias mais poderosas e atemporais dos videogames, tendo iniciado em 88 com o título original “AKUMAJOU DRACULA” lançado no japão. Logo após seu lançamento se tornou um enorme sucesso, com seu clima de terror bem marcante (que fugia do teor infantil da maioria dos jogos de sua época) baseado em filmes como Drácula, Frankenstein, entre outros que foram influentes nesse gênero. O protagonista do jogo original é Simon Belmont, um guerreiro que utiliza a lendária Vampire Killer (o chicote trevoso da família Belmont) usado para enfrentar o temido Drácula, o antagonista principal.


Capa japonesa do primeiro game. 


A primeira experiência que tive com a série foi no jogo Aria of Sorrow de Gameboy Advance em 2017, mas eu não avancei muito no jogo e desisti após alguns chefes, pois o julguei na época ser muito difícil para mim que até então não havia jogado nenhum jogo daquele estilo metroidvania, que se baseia muito em você ir jogando e aprendendo com o jogo, passando por muitos momentos de explorar para evoluir o personagem, sem muitas dicas, sendo um estilo considerado bem “OLD SCHOOL”.


Olha o Soma com toda sua beleza nos traços de Ayami Kojima

No final do ano passado eu voltei a ter uma sede por videogames, revi canais e sites sobre o tema e me aprofundei bem mais, sendo influenciado a me aventurar em muitos títulos que eu não costumava jogar antes, como Final Fantasy(RPG), Manhunt (Survival Horror), Doom(FPS) entre outros.


Final Fantasy 1 me abriu as portas para o mundo de JRPG



Manhunt é mais um jogo problemático da Rockstar, mas que possui uma trama boa

e ambientações dignas de uma obra do Garth Ennis.


Sendo assim, por consequência dessa sede por experiências diversas em jogos acabei indo de encontro a franquia castlevania novamente, e eu senti que precisava acabar o que eu havia deixado para trás, exterminar um demônio do meu passado(literalmente).


Jogando Aria of Sorrow novamente consegui ir até o final em poucos dias, pois o jogo me cativou bastante, tendo uma gameplay sólida com inimigos e chefões que fornecem um desafio justo, sua trilha sonora era fantástica (composta magistralmente por Michiru Yamane) e seu senso de progressão muito bem feito que valoriza a exploração e dedicação do jogador com o jogo, transformando uma experiência realmente prazerosa e gratificante.




Na minha opinião é uma das melhores compositoras de jogos, até hoje sinto arrepio quando ouço

trilhas como Castle Corridor e Clock Tower, que ficaram eternizadas na minha playlist.


Após finalizar ele com todos os finais possíveis, procurei me aventurar pelos outros jogos da franquia, desde os primeiros até os mais atuais, sendo uma experiência extremamente gratificante e divertido conhecer a diversidade de jogos que a franquia possui.


Mas não é sobre o jogo que eu venho exclusivamente fazer esse post, e sim sobre  o seu quadrinho que descobri esses dias depois que cansei de jogar e comecei a buscar derivados da franquia.




QUADRINHO DE CASTLE



Vamos começar pelo início, o quadrinho de Castlevania inicia a partir de uma cena impactante onde vemos o antagonista Drácula (velho boss conhecido dos games) fazendo um ato cruel tirando sangue de um garoto que após algumas páginas se revela sendo filho de nosso protagonista Christopher Belmont, porém toda a cena era apenas um sonho do herói.


Com isso já pode-se notar que o jogo de inspiração para o enredo é o Castlevania de Gameboy original ( o primeiro portátil da Nintendo) onde o herói também era o Christopher do lendário clã dos Belmont.


O pesadelo acaba e o protagonista começa a se preparar para seu casamento com Illyana, uma jovem e destemida garota. A partir disso, aparece os antagonistas da historia, um cara chamado Bartley que é fissurado pelas histórias do conde Drácula e que faria de tudo para renascer o homem para que a lenda se concretize.



Nosso herói acordando (um pouco bizarro a coloração do cabelo dele ser tão claro)


Após alguns diálogos, acontece o casamento de Chris, mas ao mesmo tempo também rola algo maligno, o ritual para reencarnar o Conde das Trevas.




Referência

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As duas imagens acima são menções a dois Belmonts antecessores a Christopher, Trevor e Simon, protagonistas dos jogos clássicos de Nes (Simon aparece nos dois primeiros enquanto Trevor só vai ser protagonista no terceiro jogo).

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Fim da primeira edição


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Na noite de núpcias, o nosso protagonista infelizmente é atrapalhado para lidar com problemas sérios referente ao ritual que aconteceu na noite passada, Chris entra em desespero pois atacaram o cemitério e mexeram nos túmulos de seus parentes.



Referência ao Richter Belmont?????


E agora uma parte muito foda, quando aparece a lendária VAMPIRE KILLER, a arma chicote que o clã lendário dos Belmont usam durante os jogos.





De resto, nada tão interessante nessa segunda edição, apenas um diálogo de Girl Power com um machista que tenta desmerecer a Illyana (que é uma personagem bem mais ou menos)


Após essa segunda edição, eu vou acelerar pois existe pouquíssimo a falar das próximas edições.


Assim, depois que o lorde volta, ele apenas aparece pra roubar sequestrar Illyana e colocar nosso herói em uma busca incansável atrás dele.


A partir disso, se torna um quadrinho de amigos aventureiros lidando com os perigos do dracula, mas pouco disso é realmente interessante e digno de nota.


O quadrinho não foge disso até o final, com poucas páginas de destaque, sendo uma aventura bem previsível e sem grande emoção.




A batalha com o Drácula é extremamente decepcionante, principalmente pra quem sofria nos jogos enfrentando ele como Boss, principalmente em Dracula X (considerado por muito a boss fight mais tensa da franquia.




Sinceramente, achei esse quadrinho de Castle bem pior do que o Doom, pois ao menos esse era rápido e bizarramente engraçado, rendendo memes e sendo uma experiência muito divertida para mim.





Já o Castlevania Belmont Legacy é apenas entediante, tentando ser uma aventura emocionante com base na trama dos jogos mas que não aproveita a ótima lore que a franquia possui (um bestiario tão vasto e influente sendo pouco explorado no quadrinho) e seus diálogos rasos apenas deixam tudo enfadonho, não conseguindo chegar a lugar algum, sem trazer nada relevante, unico proveito dessa foram alguns fanservices bacanas que já citei antes.


Por fim, acredito que caso alguém queira entrar no mundo do Castlevania sem ser pelos jogos, eu indico a série da Netflix, mais elogiada e bem feita do que esse quadrinho, que só indico a leitura se você tiver interesse em Christopher, o herói dos jogos de gameboy (que não são muito bons diante a limitação de seu hardware) pois querendo ou não, a HQ serve como um prólogo desses jogos.




Até o próximo post.





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Fontes:


https://www.tecmundo.com.br/voxel/236188-castlevania-conheca-historia-jogo-deu-origem-serie-netflix.html


https://observatoriodegames.uol.com.br/retro/castlevania-faz-35-anos-confira-7-curiosidades-sobre-a-franquia






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