Desta vez, nós do MEMÓRIA MAGAZINE vamos falar um pouco de QUADRINHOS e o assunto de nosso post é o ESQUADRÃO ATARI, uma excelente estratégia de marketing que produziu em parceria com a DC Comics, um grupo de aventureiros intergalácticos que teve 2 versões; a primeira (nunca publicada no Brasil) composta essencialmente por seres humanos de várias nações que singram o multiverso em busca de um novo planeta para a humanidade e a segunda turma, formada 25 anos depois e composta de humanos e de várias raças alienígenas que ao longo de empolgantes aventuras, encaram o terrível vilão: Destruidor Negro. Conhece? Lembrou? Nunca ouviu falar? Sem Problemas! Continue conosco nessa gostava viagem nostálgica e descubra muitas divertidas curiosidades sobre este tema. Boa leitura!
Esse é o tipo de quadrinho que pode tanto ser uma viagem induzida pela nostalgia, quanto ser algo de fato bom com um timing absurdamente perfeito e que jamais se repetirá. Vamos aos fatos: em 1982 a Atari queria uma forma de vender ainda mais seus jogos, e numa jogada de marketing encomendou com a DC Comics uma minissérie chamada Atari Force, no Brasil virou o Esquadrão Atari, que viria com seus jogos de temática espacial, e pra saber o final da mini só comprando todos os jogos, pq cada capítulo vinha com um jogo. Acontece que era uma época em que quadrinhos tinham grande relevância na cultura pop, e o sucesso foi grande, com roteiro e arte muito bons que acabaram dando continuidade na série lançando uma revista mensal que dava continuidade direta aos eventos da mini.
Basicamente a história da primeira fase , lançada com os jogos da Atari, era a de uma equipe escolhida para descobrir um local no multiverso que pudesse abrigar a população da Terra, que no longínquo ano de 2003 sofria com todo tipo de problemas devido a tragédias ecológicas que tornaram o planeta inabitável.
A equipe, então formada por Martin Champion, comandante da equipe; Lydia Perez, piloto e primeira-oficial; Li-San O”Rourke segunda oficial, o médico Lucas Orion; Mohandas Singh o engenheiro de voo; e Hukka a mascote do grupo, saiu com a sua espaçonave Scanner One até encontrar um lugar habitável, não sem antes enfrentar perigos diversos e a ameaça do Destruidor Negro, na figura 02, uma espécie de Darth Vader marombado.
Sucesso de vendas, hora de lucrar mais com uma revista mensal. Salto de 25 anos no tempo, e o Capitão Martin Champion agora vive recluso em um satélite, enviando sondas pelo multiverso . Essa parte da trama é interessante por lembrar outro personagem da DC que monitorava o multiverso DC na tentativa de prevenir uma tragédia, no caso o Monitor criado na época da Crise nas Infinitas Terras. Mas voltando ao Esquadrão Atari, Martin Champion descobre que seu antigo inimigo o Destruidor Negro está vivo, e que a Nova Terra está em perigo.
Para combater o seu nêmesis, Martin Champion reúne um grupo de combatentes e tripula novamente a Scanner One. Nessa tripulação, temos Dart, uma mercenária mais ou menos precognitiva; Paco Rato, um rato antropomórfico e obviamente um ladrão habilidoso; Morfea, uma telepata alienígena, Bebê, um alienígena imenso de uma raça que ao envelhecer vira uma montanha; e Tormenta, que podia ser o vocalista de uma banda dos anos 80, mas era mesmo o filho do Martin e tinha poderes de teleporte através do multiverso.
Equipe reunida, roteirista fenomenais e arte que serviram de referência para muitos outros artistas com painéis diferentes de tudo que se via na época, a série teve 20 edições e um final definitivo, foi lançada no Brasil pela então Editora Abril nas revistas Heróis em Ação e Superamigos, que compilavam duas a três revistas em uma estratégia de vendas que segue até hoje no país, te obrigando a gastar mais do que o necessário pra acompanhar uma série que interessa.
Agora você deve estar se perguntando, e como eu leio essa maravilha hoje? Não lê! A não ser que compre pelo mercado livre, ou que baixe alguns Scan das revistas, porque a Atari encerrou a parceria e requisitou os direitos dos personagens sumindo com eles para sempre no limbo. Tem uma lenda que a Dynamite Comics comprou os direitos em 2015 e pretendia lançar um encadernado em 2019, mas como podem perceber estamos em 2022 e nada. É isso. Algo pra guardar na lembrança e fazer inveja pra quem não leu ou tem Alzheimer.
Texto do amigo: ohomemaleatorio (Siga-o no Instagram!)
Para outras informações sobre o ESQUADRÃO ATARI, visite nosso Blog parceiro: Enquanto isso na PONTE DE COMANDO.
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