Às vezes a disponibilidade de tempo me atrapalha, mas gosto de sempre escrever um post com comentários quando faço algo diferente aqui. Acho interessante explicar e contextualizar. Eu tinha indicado que ia fazer mais uma coisa diferente e inesperada no blog antes do ano acabar quando terminei a série de 5 partes sobre o melhor jogo que não existe (você sabe qual é, não sabe? É "O jogo do Lanterna Verde").
Eu escrevi isso, acho que foi no final da minha adolescência. Na minha cabeça parecia óbvio que um crossover do Batman com o Death Note não só poderia ser feito, como poderia ficar épico. Amigos meus não conseguiam imaginar isso de forma muito cativante. Então em algum momento eu escrevi tudo no Word. Provavelmente estava entediado como um shinigami, precisando me ocupar. Gostei do resultado e mandei pra... 2 amigos. Os dois gostaram pra caramba, lembro que eles só tinham elogios, o que até me preocupava, porque eu achava que alguma coisa talvez não tivesse ficado boa. Um tempo depois enviei pra uma amiga que teve a mesma reação. Tem um outro que não leu, mas eu lembro que narrei verbalmente pra ele. A gente tinha voltado de madrugada do show do Kiss, em São Paulo. Estávamos quebrados e exaustos. Aí por alguma razão comentamos sobre o que havia sido carinhosamente apelidado de "Bat-Note". Ele insistiu um pouco que eu contasse a história, aí ao invés de dormirmos após um dia tão cansativo esperando show de rock em baixo do Sol, ficamos acordados conforme eu contava a história inteira verbalmente quase sem ele me interromper.
Lembro que ele só perguntou do Caçador de Marte em uma parte, porque ele ainda não tinha aparecido, mas eu falei pra ele esperar um pouco. Ao final ele também gostou muito. Eu fiquei feliz de ter conseguido desenvolver uma história que eu, como fã do Batman e do Death Note, tinha curtido bastante. Naquele tempo comecei a apreciar a história como se fosse uma joia, e resolvi que tentaria usá-la para entrar no mercado de quadrinhos quando tivesse a oportunidade. Como vocês podem ver, fazem quase dez anos e eu não entrei pro mercado editorial da DC ou de qualquer outro que você possa imaginar. Eu era muito otimista naquela época e acreditava que poderia conseguir, mas a real é que nem no Brasil eu consigo, imagina em outro lugar? Por isso me pareceu que seria um desperdício manter a história nos meus arquivos quando podia ser compartilhada por mais pessoas no blog, então resolvi postar. Até porque tinha o tempo disponível.
A parte com menos visualizações teve 123, eu temia que podia ser menos. Houve poucos comentários, mas pelo menos teve alguma coisa, e o melhor: foram muito positivos. Eu me senti verdadeiramente animado, tanto que refiz o final, que sinceramente, achei que ficou bem inspirado, eu curti muito. Posso não ter retorno financeiro, mas essa satisfação já me recompensou bastante. Fiquei feliz de ter voltado a essa história, anos depois. Portanto, agradeço pelo espaço. E pelos que apoiaram lendo, comentando, possivelmente compartilhando.
Bat-Abraço
Não peguem cadernos na rua...
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