FANFIC : Lanterna Verde No dia mais claro - Prólogo




Prólogo
" Há muito tempo, antes das estrelas brilharem...
 Quando a vida era nova e o universo ainda estava em sua infância...
Só havia caos.
Do caos existia a desordem, ódio morte para toda forma de vida.
Presenciando todos os eventos, os Guardiões do Universo julgaram que tal maldade não poderia ser mais tolerada.
Reunidos, eles conjuraram uma luz reluzente, originada da força de vontade, criando uma das armas mais poderosas em todo cosmo : A grande bateria esmeralda.
Desse artefato foram feitos anéis que eram extensões de seu poder.
Cada um foi passado para um candidato digno de cada setor do espaço, dando-lhe a responsabilidade de proteger a galáxia com poder limitado por vontade e imaginação.
E assim  nasceu a tropa dos Lanternas Verdes."





Das profundezas do espaço, um cruzador estaria se aproximando o espaço-porto do setor 2814. Já dando pra vê o planeta da ponte de comando, o pirata espacial Kanjar Ro se vira para o seu piloto. 

- Prepare para aterrissar na segunda plataforma do setor leste.

Obedecendo as ordens, os pilotos ajustam os controles da nave, e o veiculo desce sob uma plataforma do espaço porto.  As portas se abrem e Kanjar Ro desce do veiculo, ao lado de 4 dos seus homens, com dois atrás carregando uma caixa metálica. Ao colocar seu pé no chão do porto, Kanja Ro observa o ambiente, até que enxerga um trio de estranhos  indo em sua direção. Um deles estava escondido sob um capuz roxo, estando a mostra apenas quatro pernas, parecendo um inseto. Os outros dois tinham uma aparência alta,com pernas longas e olhos de gafanhoto, vestindo uma armaduras douradas com detalhes marrons. Kanja Ro e seus homens pareciam peixes humanóides. O próprio capitão tinha uma aparência baixa, um nariz pontudo, olhos  vermelhos e dentes afiados como os de um tubarão, e vestia um casaco azul e branco e um elmo de mesma cores.


Reconhecendo o lider do trio, Kanjar Ro daria um passo para frente de seus homens, ficando cara a cara com o inseto, estendo sua mão para cumprimentá-lo.

- Ah Z'Warp, meu amigo. Que bom que tenha aparecido.

A figura continuou olhando para Kanjar Ro, nem mesmo reagindo ao cumprimento do pirata, e com uma voz fraca e roca perguntou :

- Trouxe nossa encomenda?

- Bem aqui - disse Kanjar Ro, apontando para a caixa prateada - conforme combinamos...

- Não aqui - interrompeu Z'Warp, olhando para os lados, para garantir que ninguém estaria espionando-os - Sigam-me!

Kanjar Ro e seus homens seguiram Z'Warp e seus guarda costas até uma cantina, onde vários viajantes estariam bebendo e se divertindo, contando sobre suas aventuras nos vários planetas que visitaram. Quando fossem subir as escadas, Z'warp se viraria para Kanjar Ro.

- Ele está a sua espera lá em cima- disse Z'warp - Deixemos nossos homens também provarem um drinque.

- Guardem uma garrafa pra mim, rapazes - disse Kanjar Ro, fazendo um gesto para seus homens esperarem ali enquanto ele sobe as escadas acompanhado de Z'warp. Enquanto seus lideres discutem no andar de cima, os mercenários se divertem, bebendo a vontade, sem perceberem que um de seus camaradas não está presente.Saindo do bar, um dos homens de Kanjar Ro, daria a volta pela cantina, entrando num beco deserto. Ao ver uma janela, um anel verde na mão do pirata começa a a brilhar e, de repente, ele voa, entrando pela janela aberta. Ao escutar passos, ele se esconde num canto isolado, vendo Kanjar Ro e Z'Warp se aproximando de uma porta. Após dar 3 batidas, Z'warp tira seu capuz, revelando ter uma cabeça de formiga, com um elmo dourado e olhos pretos. O espião reconheceu que Z'Warp era um Armeiro, uma raça de seres insetos bastante inteligentes, especializados em criar invenções, principalmente armas.



Os dois entram na sala, fechando a porta. No entanto, o espião aponta seu anel para porta, conjurando uma energia verde que cria uma antena portátil e um par de fones de ouvido, permitindo-o escutar tudo que se passa por trás daquela porta.

- Então, conseguiu o elemento amarelo? - perguntou o Armeiro para Kanjar Ro.


- Claro - disse Kanjar Ro, fazendo um som de algo sendo jogado na mesa. O espião suspeitaria se tratar da caixa metálica - Bastante raro de ser achado nessa parte da galaxia. Por sorte, eu acabei encontrando uma mina deles num planetas habitado por Nidaras. Infelizmente tivemos uns... "desentendimentos". 

- Seus esforços  serão bastante recompensados- disse Z'warp. Pelo som de algo pesado sendo arrastado no chão, oque poderia ser um baú.

- Ah sim!. - disse Kanjar Ro animado, como se estivesse vendo algo inacreditável em sua frente.O som de moedas indicava que ele tinha recebido seu pagamento

- Acrescentei um bônus pelo seu silêncio sobre esse nosso encontro. - disse Z'warp - Essa nossa conversa nunca aconteceu.

- Aprovado - disse Kanjar Ro - Embora não posso esconder minha curiosidade sobre o motivo de estar procurando por esses cristais.

"É agora" pensou o espião, chegando um pouco mais perto da porta, ajustando seu aparelho para ouvir melhor a conversa dos criminosos. De repente, ele ouve uns passos vindo do outro lado do corredor. Ao se virar ele é atingido no abdômen por um relâmpago. Sendo jogado contra parede e sentido uma dor agonizante, o espião se levanta, percebendo que atirador foi um dos soldados de Z'warp, que o encara apontando sua luva dourada para o espião. O guarda tenta disparar de novo, porém o espião desvia.

Antes que possa disparar outro relâmpago, o soldado se espanta ao ver o alien com uma aparência laranja, com grande olhos amarelos e pinças de caranguejo no queixo desaparecer e em seu lugar estaria um homem com pele avermelhada, olhos amarelos e um uniforme preto e verde. Nessa hora, se escuta um som vindo da sala.


- O que está acontecendo aí?

A porta se abre e Kanjar Ro observa chocado o espião, reconhecendo-o pelo uniforme. 

- É ele! Um Lanterna Verde!

Antes que o soldado de Z'warp volte sua atenção para o Lanterna, ele lança um raio repulsor de seu anel, jogando o guerreiro contra Kanjar Ro, distraindo-o tempo o bastante para que o Lanterna conseguisse pular da janela. Graças ao seu anel, ele pousa em segurança, porém ainda sente a dor dos ferimentos causados pelo soldado do Armeiro. Ferido demais pra voar e com sangue caindo no chão, o Lanterna correria em direção ao hangar das naves. Quando ele vê a nave mais próxima, o Lanterna não perde nenhum momento e nocauteia o piloto, entrando no veiculo e ativando suas turbinas, deixando Kanjar Ro e seus homens para trás. Os piratas tentam disparar contra nave, porém seus tiros mal atingem o veiculo, que deixa a atmosfera do planeta.

Tendo deixado o espaço porto, o Lanterna, cujo nome é Abin Sur, ajusta o navegador da nave, programando ela para ir em direção a OA, o planeta central do universo e quartel-general da Tropa dos Lanternas Verdes, para informar os guardiões do resultado de sua missão.

Antes que entre em hiper-espaço, o veiculo sofre um tremor, como se tivesse sido atingido por alguma coisa. Intrigado, Abin Sur decide investigar, andando calmamente em direção a saída da ponte de controle. Ele ainda sente dor do ferimento, mas tenta ignorar colocando uma de suas mão sobre o abdômen e tendo seu anel pronto para qualquer tipo de combate.

Do nada, Abin Sur é jogado pra longe, contra os painéis de controle, devido a uma explosão. Ao olhar de volta para a saída, ele vê um gigante entrando na sala. É um ser alto, musculoso, lembrando Abin Sur de seu colega Killowog, com a principal diferença sendo a pele cinzenta e o rosto reptiliano. O invasor estaria vestindo um traje parecido com de Abin Sur, porém ao invés de verde, seria amarelo.

- Ora, ora... - disse o invasor com uma voz grave, com um tom de satisfação - Somos chamados para lidar com um espião e oque encontramos, Karu-Sil? Um Lanterna verde sozinho e indefeso.


- Que bom, faz tempo que desejo devorar a carne de um Lanterna Verde - disse uma voz sinistra e fina. Do lado do monstro saiu uma moça vestindo um uniforme parecido com o dele. Apesar de parecer uma mulher bonita, seu rosto assustador como de uma besta, com sua mandíbula cheia de dentes afiados e olhos que expressavam puro desejo de matança.


- Quem é vocês?

- Somos apenas parte da ruína de você e de todos aqueles que servem os guardiões -disse o grandalhão.

- Então isso faz de vocês meus inimigos. - disse Abin Sur, que rapidamente, aponta seu anel pra o gigante, disparando uma rajada verde, apenas para o inimigo repeli-la com um escudo de energia, conjurado por seu anel amarelo.

Abin mal sequer piscou, estando chocado ao ver que os invasores possuíam anéis semelhantes aos dele. Ele mal podia imaginar que isso era possível.

Não tendo tempo para enigmas, Abin Sur desvia das rajadas de seus oponentes, se aproximando deles para atacá-los com seus punhos. A moça avançou contra Abin Sur, conjurando duas foices amarelas, mas Abin se defendeu conjurando duas espadas verdes. Ao atingir Karu-Sil no rosto com um chute, Abin se abaixou para desviar do grande punho de Arkillo. Abin Sur tenta contra atacar, conjurando um construto de um punho verde, acertando Arkillo bem no rosto. Porém a criatura apenas volta seu olhar para o Lanterna, com um sorriso no rosto, indicando que seu golpe não fez efeito. Então, Arkillo ataca Abin, chegando a feri-lo com o construto de um soco inglês. Quando tenta esmagá-lo com um martelo, Abin Sur escapa e usa seu anel para derrubar uma luminária em cima do grandalhão.

Entretanto, Karu Sil se aproveita que o Lanterna está distraído e conjura uma criatura parecendo um cão selvagem, que pula em suas costas como um agil macaco, mordendo seu pescoço até que Abin destrói o construto  com um raio de seu anel. Arkillo tenta atacar Abin mas uma vez, com Karu Sil imobilizando seu braço com uma garra amarela. Sem poder se defender, Abin é atingido pelo punho de Arkillo, sentindo como se tivesse sido atingido por um martelo gigante. Karu Sil ajuda o companheiro, arranhando o peitoral do lanterna com suas unhas afiadas, e Arkillo procede jogando Abin Sur contra uns painéis. Caindo no chão e com seus oponentes se aproximando, Abin Sur tenta se levantar, vendo um botão ao seu lado, reparando que ele pode ser sua chance de salvação.

- Olha só isso, Arkillo - disse Karu-Sil - ele ainda quer lutar?

- Então só falta decidiremos - disse Arkillo - Quer que eu esmague os ossos do corpo dele ou  vai devorá-lo vivo?


- Prefiro deixá-lo para minha família - disse Karu-Sil conjurando uma alcateia de predadores.

Antes que as feras pudessem alcançá-lo, Abin Sur aperta o botão, disparando um alarme na nave. Uma escotilha se abre, causando uma descompressão que suga os Lanternas amarelos para fora da nave, lançando-os para bem longe. Conseguindo se segurar num construto de um gancho, Abin Sur consegue desativar a descompressão. Ele senta em sua poltrona e respira aliviado por ter sobrevivido, porém ainda se sente bastante fraco com os ferimentos.

Do nada a nave começa a treme. Ao olhar para a janela, Abin Sur percebe que o veiculo chegou perto demais do campo gravitacional do planeta Terra. A nave está caindo muito rápido. Embora seu sistema propulsor tenha sido danificado na luta contra os Lanternas Amarelos, Abin Sur tenta ao máximo puxar os freios da nave, usando a energia de seu anel, para criar uma aura que impede o veiculo de ser destruído pelo calor da atmosfera.

- Anel, qual o ponto estimado de impacto da nave? - perguntou Abin Sur para o anel

- Centro de Portland. Hemisfério Norte. Perda de vida estimada : 2.478 terráqueos.

- Muito bem, então vou forçar o pouso em outro lugar. - disse Abin Sur, virando ao máximo o volante da nave, mudando a rota de colisão.

Como um meteoro, o veiculo cai numa região do deserto, batendo num rochedo e depois atingir chão. Todas as paredes da nave estariam esmagadas pelo impacto. Entre seus destroços, Abin Sur se rastejaria. Ele estaria bastante exausto. Seus ferimentos teriam ficado piores. Embora não queira admitir, ele sabe que não tem mais forças.

- Enviar mensagem para... cof cof... OA. Os lan... cof cof... lanternas precisam ser avisados... cof cof

Sentindo sua vida deixá-lo, Abin olha para o seu anel. Só de vê-lo lhe traz lembranças de quando o recebeu em seu planeta, quando foi escolhido para ser um membro da Tropa e das aventuras que viveu, com esse pequeno instrumento tendo o tirado de inúmeros perigos. Sabendo que não poderá salvá-lo dessa vez, Abin Sur tira seu anel e ergue para o céu.

- Vá... encontre outro... escolha sabiamente...- disse Abin Sur.

- Busca por substituto no setor espacial 2814 iniciada - disse o anel, atendendo ao comando. Assim o anel brilharia e sairia voando da mão do Lanterna, partindo em direção ao céu.

Conforme o anel se afasta, os olhos do Lanterna caído aos poucos vão se fechando, conforme ele dá seu ultimo suspiro. No seu ultimo momento de vida, Abin Sur teria apenas esperança de que a Tropa receberia sua mensagem e de que seu anel estaria nas mãos de alguém digno. Alguém capaz de superar medo e que ajudará a Tropa a manter a ordem no universo. Esse individuo será um novo Lanterna Verde.




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